Encaminhamos
tardiamente a um modo de pensar algo que nos remete a uma plataforma em que não
saberemos mais nada se não dermos pausas no crescimento colunar de nossas
ideias. Não é de dizer nada, que propriamente neurologicamente quiçá possamos
estar mais por detrás, mas justamente é o insight permanente que nos torna um
pouco dogs de rua... Os cães o sabem,
como o sabe a poesia de detrás dos montes, de um muro que respira, de outra rua
e outras ruas. Um gato sobe soberano pelo alpendre, sustém o seu movimento por
dentro de uma alcatifa, retrai a cilada e prossegue, subindo pelas paredes!
Algo meio louco se passa. A coluna jônica de seus capitéis não revela tanto, mas
o fato de estarmos a meio dela mostra o aqueduto subterrâneo que leva o
esgotamento para nossas águas. Se sabemos, enquanto crianças, de tantas as
informações, mesmos adultos ignoramos a necessidade de pausas enquanto vírgulas
a estarem presentes em nossos predicados. A ação, caros amigos, ocorre em um
tempo em que devemos insurgir a nossa plácida consciência a que permaneçamos
serenos enquanto ações ocorrem, na miríade de sermos capitães de nossos atos,
enquanto e porquanto na embarcação de nossas desditas. A água-marinha manda
assim, mesmo a partir de tempos em que fora uma joia, dada por um cavaleiro à sua
dama, em legítimo e consignado, mesmo em derrotas, a um legítimo casamento.
Mas que não, procede que não sejamos algo mais de isso assim? A fala é curta, pois
que se curta a fala.
Quem
não compreende o voo do pássaro não pode contar muito quando este assombra uma
estrela. Não pode prescindir que, enquanto vê o pássaro noturno se perder por
entre o mar de um céu morno, sabe que na manhã que não viu uma borboleta
solitária pousou na planta que não existiria enquanto surgimento da aurora.
Porque não sejamos essas informações que, como diz um livro sagrado, quando da
sacralidade de podermos vê-lo na página do vento, partem em direção ao
conhecimento em que nada nos atalha a percepção mais espiritual da situação
verbalizada, pois, até então?! O que faria um observador noturno se a imagem
camarada aparecesse em seu binóculo de lentes inquietas na algibeira, de se
enxergar apenas uma semântica que poderia parecer creditada ao perscrutador,
mas que não passaria de uma palavra de apelo ao gentil: ao camarada. Seria o
surgimento de uma comuna, ou propriamente uma tocha que se traduz na luz da
solidariedade que dela necessita para continuar acesa?
A
quantos mundos viveremos, ou em quais estaremos para continuar conversas que
outros sabem que interpõem na caldeira de seus próprios fracassos? Nada,
companheiros, se diz isso mesmo: companheiros, de jornada, de janelas abertas,
de grades encostadas, esperando visitas, de um homem que carrega latas e lhe dá
uma de presente de natal. Nada é mais camarada do que a generosidade de um
símbolo concreto de um ato, e perdoem se nessa curta caminhada do saber algo se
diz que não se deve, pois outros viram e pretenderam mudar o status, disto de
não saberem como, pois que não se saiba, que saber não é um ato. Que se saiba
depois de agir, como um cavalheiro que pousa o seu olhar na ignomínia e
escarnece de seu próprio descaso, já que estamos falando de crianças a tira
colo de seus próprios padrões acessíveis ao mais próximos e distantes de si
mesmos... Seríamos fatalistas ao ponto de acreditar que um escritor reside na
memória de outros, como se a fatalidade de suas penas ainda assim não lhe incluísse
na cidadania plena de leis e outras leis, como tantas são estas? Creiam-me,
tudo na interpretação roga que se pense antes na paz, pois esta palavra é a
sursis do poeta. E quem verdadeiramente tece a poesia neste século sabe que a
secularidade anda rara no mundo, e o que se pensa ser a energia cerebral não
passa de introito para socialmente adoecermos mais e mais: espiritual e materialmente. O que fazemos de um passado
é justamente o que queremos de um futuro, mas esquecemos que o tempo que
vivemos agora abarca os erros de um tempo e projeta a sua repetição majorada no
que dispõem alguns querendo, na temática ruidosa, antipacífica e antidemocrática de um modal gerenciado por foguetes
e seus olhos amestrados. Podemos estar quedados a níveis de compreensão, mas
pensarmos no que é de energia, como diria o Gita, pensemos melhor em modais
tais como o da Bondade, o da Paixão e o da Ignorância, este último francamente
exacerbado nos tempos da atualidade. Passamos a ter que conviver com esse fato,
e o seu viés é transcendermos não na ausência de ação, mas na ação em
consciência de Krsna. Que seja, a consciência em si... Porventura descobrirmos o
véu de uma pequena e insignificante luz nos monstros sociais em que muitos se
tornam, sabendo-nos condizentes, pois enquanto estamos cônscios dessa Natureza
Material, o espírito se espelha onde quer que coloquemos o nosso olhar. Este
olhar de magnitude máxima, não que o tenhamos sempre – ao olhar – mas que se
revele na superfície do mundo apenas a consagração de uma paz que atravesse até
mesmo a renitência da maldade. Justamente porque por vezes nos parece lindo
sermos tiranos, perdemos a ternura, claudicamos os nossos movimentos, pescamos
certos augúrios, e que no entanto devemos saber que são etapas de um
conhecimento que vem escalar, na ida e volta, no intervalo ou pausa
necessários, mais ida, posto o tempo que temos dela necessite, quando essa ida,
por um exemplo mais cabal, é querermos alimento, educação e saúde para todos,
no término da primeira ida, pois sem isso nunca seremos e nem iremos para
nenhum lugar. A que simplesmente pensemos nisso como um parâmetro societário,
pois isso seria algo de uma etapa tão bela que a Nação brasileira sorriria como
um todo, porquanto sem mais pausas, pois um momento de reflexão para começar a
construir é de todos um sentimento que aflora desde em um pássaro à flora, de
um guri que sorri a ver a flor, ou de um velho que vê em segurança e em um país
livre toda a sua progenitura!
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