Atravessamos por decênios e decênios
a promessa de vermos algo de secular, na forma de sabermos que nem sempre os
verbos ditaram tanto de não termos muito a nos saciar nossas sedes em que
passamos a partir em pequenos goles, como passos tíbios que damos em cada
empreitada... De não sabermos exatamente quem somos e, como dizia Sartre, em
que nos tornamos. A princípio vemos alguns diálogos pontuados como algo de
reflexo, no que está melhor está, no que pior estará não nos daremos conta,
pois não importa mais, olhemos para os nossos empreendimentos, aliás, as novas
palavras para negociatas. Falta combustível em nossos idiomas: que falaremos
antecipadamente, em primeiro, que seja, não queremos doses de neurônios
sobressalentes, nem de drogas que nos alterem a percepção, pois o ilícito é
duro e temos que conviver com leis que nos ditam e “devem” estar presentes
serenamente, em todos os espectros, nos cantos, nas suas pronúncias mais
internacionalizadas com os modais atuantes, posto que não emascarem o que
ocorre no país, e que a lava-jato não se transforme em chuveirinho corona, conforme velhos e cansados tempos para o povo
brasileiro onde nada vinha à tona, e agora urgem por perdoar apenas os crimes
de colarinho já manchado pela sujidade de quem trabalha com ardor madrugada a
dentro no parlamento brasileiro, para poder em surdina corromper o coração de
nossa República. Em realidade, não contaria muito que fosse desse modo, mas a
proporção dos abusos da classe política que agora está mandando com o poder nas
mãos, tornou-se de uma venalidade extrema, e vários são os “funcionários” do
caos e desumanidade que fazem diuturnamente por retirar conquistas da
democracia e do povo brasileiro, este como totalidade e força matriz do país.
Se imiscuem, negam a fazer parte de nossa população, arvoram serem
representantes de seus currais e empoderam
a cristalização de seus ócios e privilégios, em um tipo de casta verborrágica,
como uma imensa verruga reacionária e macilenta que se apodera do modal
político brasileiro.
O idioma principal que essa gente
fala é o seu Deus, tal como algo enigmático, as suas famílias já no elã de uma
linguagem fluida e igualmente criminosa, pois suas riquezas passam a ter mais
valor agora, devidamente patrificadas...
Torna-se inevitável gostarem, para esses homens e mulheres: mais homens. Obviamente,
ser o mais esperto, o que rouba mais, aquele que engana o Supremo Tribunal,
aquele que escamoteia da PF todas as preocupações enquanto livres, ligados por
seus poderes, apenas. E faz-se o papel, transtorna-se o país, de um tipo de
idioma que se torna sem a circunflexão de um dito qualquer, mas na falácia da
podridão estabelecida em instituições que até esta República “geneticamente
modificada” traça paralelos com os tecidos moles sem compostura de um cancro sifilítico.
Caros da medicina: quais são os
nossos sintomas? O da nação brasileira? A que destinam o padrão de suas
negociatas, os patrões do descaso e descalabro político? Que transtorno geral é
esse que assombra não apenas lutos absurdos que ocorrem, como a tragédia moral
e espiritual que se abate sobre o painel de um país que apenas teima em ser
livre, e não deixar os ladrões de lesa pátria destruírem tudo o que encontram
por encima de seus pressupostos de existência nefasta? Que tipo de caráter se
impregna naqueles que torturam a nação com suas medidas tornadas antíteses da
decência, se o nosso caráter costuma pensar que alguns, quem sabe dois ou dez
congressistas, tiveram por si uma educação coerente, e não a bastilha
revisitada pelo medievalismo fundamentalista desse capitalismo de cordas
cortadas, como serpentes que se contorcem à procura de ovos?
São duros os idiomas que escondem
nossa situação pelo mundo afora. São duras as questões que teremos que
enfrentar para melhorar a coragem e o moral dessa gente que aflora em suas
bandeiras de resistência. Vai ser duro para o mundo enfrentar o atraso político
que agora está em curso em muitos países. Duro porque passam a estimular um
fundamentalismo de suas instituições, em nome de um neoliberalismo que já dá
suas cartadas finais, pois todos veem agora onde reside a maldade e a
intolerância com relação às pátrias que querem se tornar independentes, e o
descaso em relação a trajetórias cruentas e bestiais pelas quais passam muitos
países da humanidade, o Brasil incluído, igualmente. Justamente agora que não
temos mais o aval nem mesmo da Natureza para seguirmos devorando o próximo,
através de um egoísmo e egolatria sem precedentes. Viva o povo brasileiro, pois
este aos poucos vê a luz da sua própria lucidez, enquanto partícipe nos
lemes de suas embarcações que o leva, através da honestidade e trabalho duro,
à vertente de tomar a paulatina consciência que – apesar das investidas da
extrema direita – brota de seu coração generoso e patriota, em uma
camaradagem que faz parte de uma história de todo um país que a ele deve o
orgulho de ser uma nação maravilhosa, mesmo com tantos carrapatos mesquinhos, a
sugar, de modo sujo e parcial, o fôlego sem sombra de cansaço do trabalhador do
Brasil!
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