terça-feira, 22 de novembro de 2016

DISCURSO E DEFESA

            - Vamos, desçam daí... As formigas que não estão encontrando no alto das copas das árvores. Quem sabe não estariam ali, mas na terra é mais fácil de encontrar um caminho mais silencioso, mesmo com as chuvas! No entanto há pedras e talvez alguns predadores, mas quem quer comer uma formiga? Nem daria, meus caros amigos, os homens gostam de uma lasanha Sadia tipo Friboi, algo do gênero, bem temperado de suclamato monossódico. Convenhamos, a se falar de tantos produtos, que as gôndolas dos hipers se sentem até mais europeizadas. Todos os gostos, variedades e preços, e o trabalho humano do comércio estaciona em mil e tanto, conforme tabelas dos sindicatos. Uniformes e tudo o mais para conferir padrões, e subpatrões subposicionados, conforme a pachorra daqueles que treinam essas questões meramente “produtivas”, como fantoches sub empregados de outros duvidosos bosstfieds. Ou será que o idioma inglês já arrefeceu os ânimos? Há que saber pelo menos cold e hot, algum tipo de significado outro que não seja apenas o yes, ou o no. Now é melhor, talvez ao noel. Que tantas são as surpresas que até os jornalistas se travestem de algo, quando bem sucedidos conseguem uma ponta nas repetidoras das grandes. Mas ganham bem, quem diria, ganham pelos furos, os focas. Qualquer semelhança é mera coincidência, por falar em cadência, em cia... Companhia? Aberta até os gorgomilhos; a paralaxe é necessária em todas as circunstâncias, mesmo que revisitemos as questões de tradução, que o texto hora é jornalístico sim, isso mesmo, de alguém tremendamente bem informado, não se furtem, a Furb não é soda. E no rio grande o peixe é maior do que era em outros tempos, bons aqueles do tio briza. Mas agora é momento de pausa, hora em que escrevemos como gente grande: justificar atos não é comigo e nem – que o fora – não revelo nada: quem sou eu, que não sou e ninguém sabe quem foi. E saibam, meus caros, das pequenas e tirânicas ofensas que fazem parte ainda de um Democrata decadente, como a queda das eleixons... Postas nos mapas, as ofensas ficam marcadas com alvos e xizes. Xizes mesmos com giz no quadro, à cata de novos quadros, a se retocar ou perseguir e controlar e controlar, ao ponto de recebermos inimigos em casa e ainda tratarmos como reis ou rainhas, para que consolidem suas pequenas e insípidas traições atrelados em máquinas digitais como estranhos cupins em seus próprios veios tecnolofóbicos. Fobia para quem vê, o descaso, a ironia, a ignorância que permitimos ao permitir que – mesmo dentro de sua própria casa – lhe venham a romper os culhões sem ao menos uma oralzinha. Poste-se, a defesa começa agora:

De uma tarde em que o sol não despontara ainda nos convexos mundos
Haveria um poeta que soube mais e saberá ainda igualmente no contexto
Que a aritmética da derrota basta no clique de um curtir que se imagina
Quando menos se espera que se revelem aqueles em um curto minuto
Em que sabemos quais são o que, quando possuem a certeza de quase tudo...

A pátria não se ressente de falsas glórias, mas – aí sim – de uma certeza
Em que a lucidez de uma tropa fala mais algo quando se avizinha
Um indivíduo qualquer que possa estar pondo xeques no tabuleiro
Quando se imiscui em revelar ao nada o nada a que se predestina
Manietando covardemente o afeto já algo vulnerável por justa história.

Basta ver que a condição revelada de um homem por alguém nunca deve
Citar-se a esse alguém pelo pressuposto único de não se conhecer seu tendão
Que de Aquiles continua em ambas as pernas, pois este já desarmou a flecha
Que antes houvera no desfecho, a que saibamos que o contendor por agora
Sequer imagina o que seja ao menos algo de uma Mitologia necessária!

E a germânica mulher que passeia incólume pode ser amiga da negra
Quando sabe que de tudo o que se passa com a sua cultura filosófica
Perpassa igualmente no irmanarmos uma condição de poesia vital viva
Com o nada reticente do poder mal colocado em toda a virtude vil e vã
Daqueles que nada possuem a não ser um braço no mouse e os olhos no ecrã.

É nossa questão proteger as luzes que não são tíbias, venham de onde vierem,
Pois em sociedades onde há toras de árvores exportadas, saibamos que há
Sempre aqueles que compram de um país que não se importa a vender
As mesmas toras transformadas nos países ricos para enfeitar as arquiteturas
Que muitos vendem legítimas, no que são, e passam a aplicar aqui a ilusão.

Nesse paradoxo de kitsch arquitetônico, uma peça escultórica é chanfrada,
Enquanto outra é personalidade de objeto de perfil nada imaginário ser
Enquanto o nada do que realmente seria mais humano passa a querer com tudo
A latitude vasta de toda uma existência sem saber da agressão por qual passa
Todo aquele que pronuncia uma palavra libertária em seu próprio estigma...


FINI

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