Ando e sigo, o cinza do dia, uma nuvem
por adiante, o portão
Quase como se não fosse de grade, e a
hera como folhas de cera musgo
Onde brote na calçada, dura, a
calçada, passeio com meu cão…
Verto quimeras,
lembranças de uma mulher, passa uma mulher na rua, quem diria
Algo
que não fosse um pequeno objeto, uma pilha amassada, e meu cão
passa
Por encima da caixa de eletricidade da rua…
Urina
por sobre essa alfombra dos dias, um desenho de sempre está no
padrão da calçada
Como algo que se complete, os losângulos,
as linhas quadradas, os encaixes simbólicos, os signos.
Hoje
não há flores, a tripa de formigas estaria mais embaixo, na calçada
de mesma nomeada gráfica
Posto subindo, centenas e centenas, e
uma já me bastaria em minha felicidade
Posto ser enquanto ser:
eu, meu cão, a formiga, e o chão de alguns capins...
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
SIGNOS DA CALÇADA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário