quinta-feira, 26 de setembro de 2024
Aliviando a ansiedade da tensão, da insegurança, dos modos operantes, o sujeito como numa maratona, vai se esvaindo, sua capacidade de reflexão vai se tornando falível. Sua energia psíquica e física entra em colapso e seus movimentos físicos e comportamentais se desviam e afastam nesses tipos de depressão. O sujeito se divide em si mesmo, sem conseguir observar o mal maior. Nesse momento, as forças se desencontram, o comando é deixado a mercê do acaso e no cansaço da maratona. O sujeito, então, cambaleia na esperança de chegar ao gozo. Na verdade, ele cai na esperança de garantir a sobrevida e encontra somente uma forma para isso: o descanso. Nos sintomas adquiridos e vivenciados, nesses tipos de depressão, a depressão se instala como uma salvaguarda; “mesmo que mentiroso”. Mas a verdade e mentira estão separadas de tal forma, que não se sabe, o que é quem nesse momento. Somente o descanso clama o corpo e a mente poderá salvar o sujeito. Então, ele se entrega a ordem estabelecida e ao descansar como um maratonista seu corpo dói, sua mente chora e entra no mundo da passividade emocional – pois não lhe resta alternativa de sobrevivência. Chegando ou não ao final da corrida, o sujeito se sente impróprio e perdedor. Isso porque não estava na sua melhor circunstância, se viu e se sentiu fraco, partilhou consigo parte da corrida como vencedor até perder totalmente a energia na estrada. DEPRESSÃO PASSIVA, UMA ABORDAGEM.
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