Fixar um
padrão para a compulsão do ser humano é trazer à luz certos contextos
individuais, onde apenas uma análise pudesse ser mais efetiva, quando se trata
de um terreno sexual, de transtornos como o TOC, determinadas enfermidades como
neuroses e psicoses, perversões, transtornos onde o sado masoquismo sai da
esfera do prazer do casal sem inferir danos, ou mesmo na incapacidade do
indivíduo que se torna compulsivo por não aceitar seu sexo, e pode até mesmo
pensar em tirar a própria vida, mesmo que fatores externos, no maior número de
vezes afete, como a compulsão em retaliar alguém que teve um forte preconceito
étnico, contra a vítima, no que esta por vezes se torna compulsiva para tentar
a vingança, ou se torna engajada em um movimento em defesa das diferenças
raciais, o que já não é mais compulsão, mas sublimação, engajamento,
participação em um coletivo que reivindica justiça ou uma vida melhor para
outrem.
Embora a
compulsão sexual seja algo quase do fetiche da era contemporânea, teremos na
outra ponta a questão da compulsão por substâncias como o álcool, as drogas
ilícitas e o cigarro, este quiçá uma das drogas mais difíceis do indivíduo se
libertar. Citei a sexualidade no início do parágrafo, pois por vezes a ingestão
de substâncias como as drogas em geral, e nelas o álcool incluído, “incrementa”
a relação, apimentando o ato, na visão fetichista da sociedade contemporânea,
onde muitos só são capazes de ter o que imaginam ser uma “relação sexual plena”
se fizer uso da marijuana, e muitas vezes agrega a coca e o álcool, onde a
maconha se torna apenas a “erva inicial” que busca “descontrair”, principalmente
naquelas moças que são virgens e começam a sua vida sexual nas mãos de
companhias que as iniciam nesse sentido. Começa a compulsão a se manifestar
enormemente, gerando por vezes filhos indesejados, e o vício, porventura a
queda de anjos, simbolicamente dizendo, quando se envereda por um caminho tão
grave que pode terminar em um leito de hospital psiquiátrico em um curto
futuro, ou mesmo em famílias fragmentadas, ou ainda na rua, onde mais e mais
seres humanos sem esperanças maiores em estar sóbrios, andam catando lixos para
comprar o que se conhece como crack, que seria a droga onde se compra com mais
facilidade a pedra, e se começa o círculo, onde o álcool se torna igualmente
apenas o tapete onde se dialoga com essa realidade cruenta.
Temos
porventura uma miríade de realidades que são complexas, pois a compulsão vai fazer
com que determinados comportamentos e atitudes ajam de acordo com a coisa quase
visceral de se obter determinada substância, onde muitos passam a comercializar
as drogas, primeiro: ou para se manter o vício e segundo: outros prosperam,
trabalham em um negócio que começa a ficar bem lucrativo e a acabam “cartelizando”,
nesse viés de buscar ou trabalhar conjuntamente com fornecedores estrangeiros,
importando mais e mais da droga, onde o que se verá na ponta serão aqueles que,
à noite, saem em desespero, quais sonâmbulas figuras que sói encontrar nas ruas
a vida sem identidade cidadã que não encontram dentro do sistema ou
civilização em que vivemos, pois sua compulsão nulifica suas existências,
matando-os pouco a pouco...
Por isso
tudo, para um viés de recuperação é importante uma única coisa apenas:
proporcionar mais trabalho, emprego, renda, educação, políticas públicas, e atenção
especial aos sistemas de segurança nas cidades e mais medicina e acompanhamento
psicossocial, pois construir apenas mais presídios e manicômios não adiantará
de nada se a sociedade e seus governantes não usarem de ferramentas políticas e
econômicas e de maior justiça social para prever os problemas decorrente dessa
carestia que possivelmente seria melhor se nossos representantes tivessem maior
gana, pois uma nação se pensa conjuntamente com todos os outros governantes, e
é desse União que se faz necessário o entendimento da premissa essencial que
não reconstruiremos um país se a nossa preocupação é se a empresa X ou Y vai
atuar no mercado, e quem é o homem mais rico do mundo.
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