Ainda que eu não fosse o nada do ser que
seria
Posto identitário, conforme, não ser o tanto que
demandassem
Nas vertentes de uma ilha mágica, menina, quem
diria, se soubesses
Quanto, a pressupor de meus dias, a
caminhada de hoje começou “tempranita”…
Posto seria
tanto, o auscultar das sombras, o vestígio de Ganesha no braço de
um homem
Ao São Jorge que encontro em uma camiseta negra, o
dente que me concederam
Ao molde postergado para outro dia, na
semana que começa sabe-se lá se estaria vivo a tal ponto,
querida…
Mas não, a vida é mais linda do que supõe a
crítica de um vivente em busca de seus eus, se na plataforma da
existência
Mais um dia, sob outras vestes, a comunicação
transposta de uma espiã, os aparelhos, a literatura, os displays,
tudo
O que já saberias de antemão, e isso me surpreenderia
muito menos, do que a minha questão própria
De apenas querer
ser um homem em meio a uma selva de lunáticos, pois que queimam a
minha carne
Quando te queimam, menina Terra, na tua superfície
de pelos verdes
E ainda que te julguem serena por queimarem-te,
ofereces em teu hálito de sombras
Os restos de fuligem, quando
de pensamentos estéreis e políticos os homens se debatem, a
saber,
Quem será o próximo careca da vez, ou se podem se
defender da prisão quando sua intenção é que voltasse a tortura a
manietar a consciência da democracia...
sexta-feira, 13 de setembro de 2024
O SOPRO
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