sexta-feira, 13 de setembro de 2024

O SOPRO


Ainda que eu não fosse o nada do ser que seria
Posto identitário, conforme, não ser o tanto que demandassem
Nas vertentes de uma ilha mágica, menina, quem diria, se soubesses
Quanto, a pressupor de meus dias, a caminhada de hoje começou “tempranita”…

Posto seria tanto, o auscultar das sombras, o vestígio de Ganesha no braço de um homem
Ao São Jorge que encontro em uma camiseta negra, o dente que me concederam
Ao molde postergado para outro dia, na semana que começa sabe-se lá se estaria vivo a tal ponto, querida…

Mas não, a vida é mais linda do que supõe a crítica de um vivente em busca de seus eus, se na plataforma da existência
Mais um dia, sob outras vestes, a comunicação transposta de uma espiã, os aparelhos, a literatura, os displays, tudo
O que já saberias de antemão, e isso me surpreenderia muito menos, do que a minha questão própria
De apenas querer ser um homem em meio a uma selva de lunáticos, pois que queimam a minha carne
Quando te queimam, menina Terra, na tua superfície de pelos verdes
E ainda que te julguem serena por queimarem-te, ofereces em teu hálito de sombras
Os restos de fuligem, quando de pensamentos estéreis e políticos os homens se debatem, a saber,
Quem será o próximo careca da vez, ou se podem se defender da prisão quando sua intenção é que voltasse a tortura a manietar a consciência da democracia...

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