terça-feira, 17 de setembro de 2024

O OUTRO EU


Quando do soerguer-se, o plátano, a fímbria, a verve,
Não seria mais do que suficiente o universo de palavras
Quanto a sintaxe mais clara de se supor uma associação indiscreta
Naquilo de uma análise crua, a que se portasse, uma questão simples
No trato daquela senhora idosa que perfazia seus dias na questão da vida…

Erguia o dia com seu sol, o dia por vezes não muito inóspito do inverno
E aqueles calores paradoxais invadiam as janelas, qual anunciação da primavera.

Quais saberes seriam suficiente para traduzir o pensamento da aurora
Se tantos pensadores saberiam de toda a filosofia, se o laurel acadêmico interrompia o fluxo
Quando de traduções insensatas o pensar fosse um rótulo de um refrigerante ausente do imo
Mas que, no entendimento do consumo, fazia parte do gesto do mercado em compreender o fato!

Qual ensombrecido fardo, a poesia evanescia, sob os códigos de um chiste, sob o julgamento incompleto de um tipo de agenciamento reflexo
Mas que, na superfície nua da estrada que já fora de terra
Um calcinante dolo de queimadas em seus flancos, já revelava o estio dos anátemas do homem...

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