terça-feira, 14 de março de 2023

MANHÃ QUE AO TEMPO SE PROMETA


Do bem ao portar-se, do bem e do viés ao que seja
Um tempo quimérico, de alfombras quase bíblicas
Naquilo que se prometa ao mesmo tempo de outrora
Que, no nascente da noite encerrada ao seio do dia,
Atentos estejamos em que substâncias erráticas passem ao largo...

Sair, ou até não ser, eis que estejamos em uma questão de laços
Que se nos atem em uma alcatifa bem encanecida em nossos braços
No madeiro de nossas fibras quase sintéticas
Ao que o Japão mais moderno nos ensine no lego de nossas escolas!

Sabermo-nos encaminhados pelo viés boreal de um continente perdido
Não nos retraia ao vento que esquecemos de soprar em uma flauta
Onde Tull enviesara seu sopro de antanho, no progressivo caminho
Que lucrasse tantos timbres em outros violões de azinhavres turvos
Quando se prometia que não esquecêssemos do próprio e outro tempo
Ao que a aurora nos resguardasse ao menos a poesia: para que?

Não, que não guarneçamos os guerreiros que somos mais velhos
E mais velhos nos tornamos, quanto de merecermos os dias
Onde não desmerecemos o próprio outro dia que não viria no viés da lua
Quanto da promessa de uma tempestiva onda de uma era de chumbo
Na flor que brota daquela terra calcinada onde nem a promessa existia mais...

Não que a solidão não entorpeça um pouco o poeta, mas os dias turvos, reitero,
São como flocos onde o chão se enche das cinzas de uma neve orvalhada de feltros
Quando guarnece um tempo onde se quer ao menos que se turve, reiterando novamente,
Uma questão onde a primavera tece um cristal que vejo nos olhos morenos do mar.

Ah, sim, a questão semântica de meus braços meio tortos, de tanto entortar as vozes
Que não empenho em fazer brotar, que se me não brotam, a não ser nos dedos que digito
Aqui mesmo, no leito digital, na lousa que Deus se me permite inserir letras
No desejo que tenho, que nem Schopenhauer saberia mais do que inferisse dogmas a respeito!

Por si, sigo caminhante, com uma felicidade extrema em estar só com as letras que me brotam
E que a anuência da medicina maravilhosa se me permite ser, por mim com as mesmas
E de outras, e que teime eu em prosseguir meio guerreiro, por entre montanhas vulcânicas
Onde os profetas já jazem há muito com os seus alfarrábios escritos por entre as rochas de magma...

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