quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

OUTROS

 


No vértice de uma vértebra reside o tom de uma colunata persa,
Que traduz a uma palavra a esperança de nos consentirmos, quando vemos
Que o quinhão que nos assola frente a um tempo quiçá inumerável
Pode ser de outro tempo em que a superfície de outros erráticos
Mostram o alcantilado noturno e incansável de outros e ótimos versos.

É de se esperar alguma frase outra que não seja aquela de marfim ouro
Em que se jorra da África o próprio teor do massacre e da hipocrisia
O destino em que os processos civilizatórios de outrem jorraram
Seus tentaculares interesses em deflagrar a miséria por nosso planeta!

Fantoches desatinados andam por seus folhetins de marcas avulsas
Dentro de um suposto não envolvimento de uma das oito ou nove
Em que não importa a hora, mas seu conteúdo fabrica vassalos,
Repondo suseranos dentro do olhar silencioso de nossa soberania
Na tão radicada pátria que é nosso país que guarda o merecer
Do que sabemos não mereça, pois a vertente de nossos aparentes gastos
Significa o procrastinar de nossas verbas, deitando no chão o orçamento.

O meio termo de outras propostas que venham de ocasião propícia, nua,
É outra coluna que se ergue quando pela metade, mas possui valores
Que entendem o que é ser brasileiro, como respeitaremos nossos povos
E como a corda está mais tensionada será afrouxada até que das seis
O violão de um artista campeiro não se perca em uma lajota crua
De um condomínio fechado até os dentes, encerrado em si mesma porta
Onde saberemos melhor por quantas anda a democracia de outros capitais.

Assim de sabermos no debate que cada pedra nos ergue e nos liga,
O amálgama de nossos propósitos vêm de um realismo onde tudo e todos
Convergem para a mesma alvenaria que se viu no relembrar de tempos
Quando o navio emergia de todos os oceanos, a saber, cosmopolita,
Levando no prumo de um pingente de ágata o seu marulho de estrelas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário