quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

AS QUESTÕES ATÁVICAS

 


Rugem como feras as grandes fortunas nos principados anteriores
Ao que se previa em Montesquieu à lei que abraça outras questões.

Seria a saber que quando somos existencialmente fortes, nossas lendas
Caem no mito desconstruído por nós mesmos, se de lucidez forem os atos.

A saber, que Marcuse previu grandemente a questão libertária de Eros
Enquanto mais de par de décadas depois o legado de sua questão nos deixa.

Há que se saber mais um pouco da filosofia, para que saibamos um pouco
A mais da velha questão de sermos mais livres, por suposição dos troncos.

Árvores imensas e computacionais nos fazem registrar as folhas de cristal
Sem sabermos nem ao menos que a sílica perdurará em seu próprio Vale.

Rugem como feras de cooptação, no abstrato de nossas próprias veias
Algo de uma paz que se dê ao mapeamento de nossa geometria interna.

Não dos ares do que se fez anteriormente, pois alfarrábios digitais
Não escrevem além dos registros em nome da inteligência formativa.

De se fazer, em obra aberta, um mundo mais consciente, paremos na raiz
De outros troncos seculares, a que não deixemos mais sangrar riquezas…

Um homem é um homem, não há títulos de nobreza, pois não há Napoleões
Nos claustros caricatos de prisões em filmes de pobre natureza anímica.

O há são fatos incontestáveis, concretos, arrazoados pela questão
Atávica de que quem funda principados não compreende o cru da offshore.

Prêmios são dados a torto, e nos direitos se roga agora bons sensos
A que aqueles permaneçam mais justos, do contrário perdemos todos.

Segura é afirmar que as questões sejam mais antigas do que nós em história,
No entanto, escrevemos os volumes de cenas que se registram em tons inúteis.

Se há que se registrar tudo, que se registre que sem a União de Todos no mundo
Outros nos convencerão dos prospectos ensaiados que o fim é a América-Síria…

Não estejamos nas defensivas como algozes, pois há de tudo o que se encontra
Na questão contemporânea de que por detrás de nossos dedos há gazes ocultas!

Sequer sabemos a superfície de um osso, e como é grande o desgaste
Quando compreendemos que a baioneta de um fuzil é o horror predestinado.

Procrastinam-se vitórias, cedem aparentemente acordos, ampliam-se muros
E a contenção se faz repleta dentro de nossas cabeças onde o lunático se queda.

A falta da compreensão nos faz pensar em uma árvore como objeto
Onde Baudrillard teceu seus recursos em teses objetivas e desnudas.

Não há porque, as citações são nulas, e uma grande enciclopédia digital
Já mostra que dentro do protocolo já controlam seu cerne e conteúdo.

Por erros civilizatórios crassos, e o resultado disso é uma semântica
De aflorar uma poesia crescente sem a anuência dos derrotados de cátedra.

Assim caminha a humanidade, mas nos passos e danças da mulher do pão
Sabe-se que há mais poesia do que nos antigos Horácio e Virgílio...

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