Temos a capacidade para compreender certas
coisas que devem nos dizer respeito, e a esse propósito saibamos do
critério que exista um controlador da Natureza. Mesmo em uma nave
espacial há um controlador, uma torre que dirige, como uma ação
possui um executor, e uma máquina seus botões que a ligam, ou a
energia necessária para que funcione. Essa energia vem da Natureza,
seja em minério atômico, em água em queda, no calor, na luz do
sol, nos quantas, onde há. Não pensemos sermos senhores de tudo o
que há, pois em tudo o que há no planeta Terra existe o
Controlador: e este está longe de ser um possível controlador
Orwelliano, como o Grande Irmão, do 1984. A energia da natureza
material está além disso, e esta energia material que tudo controla
ainda é inferior à energia espiritual, diretamente vinculada ao
Criador de tudo, nominativamente Deus e seus desígnios religiosos ou
não, de onde somos partículas muito diminutas, quais centelhas, em
que uma já anima um corpo complexo como o nosso, uma máquina que
perece. O corpo envelhece, aliás, nasce como outro corpo, e vamos
trocando de corpos durante nossa existência, pois ao nascermos somos
muito distintos do que quando estamos mais velhos. A compreensão do
fato de envelhecermos e abandonarmos o corpo é fundamental para
compreendermos que não somos o corpo, mas o espírito. E que tudo o
que há e o que haverá e o que ainda não sabemos e nunca saberemos
a respeito do infinito espaço que nos cerca neste mundo repousam
quais pérolas ensartadas em um cordão. Para isso temos que
transcender o próprio conceito de vida que por vezes erroneamente
assumimos perante o mundo. Esse florescimento da consciência pode
surgir em quaisquer pessoas, basta ter contato com uma vida mais
espiritualizada, tentar se desapegar ao apelo dos sentidos, pois que,
em nossos tempos modernos não há outra saída, já que o mundo
ainda atravesse uma era dourada, uma chance de recuperarmos,
reconstruirmos e mantermos a Natureza e seus coadjuvantes – como os
seres, arquitetura, etc – de modos a tentarmos salvar o mundo e
seus seres das misérias materiais infligidas a outros ou a si
mesmos… Se a consciência de um homem, de uma mulher, ou de um
percevejo pode estar no mesmo nível, saberemos mais sobre a questão
do mundo em que vivemos, pois comer, acasalar-se, dormir e
defender-se são características também dos insetos, dos cães, dos
gatos, mas garanto que destruir a natureza ou produzir matadouros em
série não é característica dos bichos. Há que se reiterar que a
espécie evoluiu para destruir a outras, e Darwin, como toda a
ciência, quando aprisiona um ser ou seres e mais seres que possuem o
direito inalienável de viver neste planeta como qualquer um, com
seus próprios e naturais sistemas, herdados pelos códigos que não
são genéticos, mas possuem vitalmente a mesma importância a que
evitemos na matança o excesso de carma que assola a nossa
irresponsabilidade perante o mundo. O mal não é propriamente o que
sai da boca do homem, mas muitas vezes é o pecado que ingerimos e,
se o fazemos, possuamos consciência de que estamos pecando.
A
educação de uma sociedade passa necessariamente pelo progresso
espiritual, se não fora, não há como evoluir espiritualmente, o
que procede como compreensão necessária do que seja uma evolução
real. Não adianta a matéria ser o princípio, não adianta
transformarmos toneladas de soja em ração animal de engorda, se o
que temos pela frente é apenas o egoísmo e o hedonismo como
pretenso salvacionismo de nossos erros confortavelmente inseridos no
contexto, mas sim conscientes do que é a realidade, e quando
pensarmos que estamos controlando algo, saibamos que somos meras
marionetes de um sem tempo de algo mais abstrato do que imaginamos
saber.
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