quarta-feira, 13 de julho de 2022

O CETRO DE PAPEL

 

Que o triunfo de um arremedo
Não nos deva ser algo de uma monta
Que saibamos de um aspecto, em que o rei
Continua em um estar-se sem dama
A que a dama fora uma campônia
Mas que da escolha indígena quiçá
A capivara conheça melhor o caminho.

Amanhecer na sobriedade em jus
Remonte não esquecer, que se for de lutas,
Há mulheres que criavam seus filhos
Quando seus consortes deitavam no suor alheio.

E, quando do parceiro retornar, por vezes o cetro
Não possui substância nem de fortaleza
E nem mesmo a certeza subsidiária da fraqueza!

Não que não se tenha, ou que por ventura existe
A questão que não se cala nem por um entre segundo
Naquele panorama de segunda feira, em que a feira
Prometia ser na terça, e a idosa paga o carregador
Negro que está feliz por ter trabalho ao menos uma vez.

Não há vitórias permanentes no olhar da derrota
Pois, o que se sabe é que a vitória em se desmembrar
Um galho para apoiar um fuzil que vem de fábrica
Para a função que desponta no galho que não é industrial.

Parafrasear a semântica invisível rege no cetro a fremência
De que o papel na invisibilidade de seu valor quase efêmero
Mas que, na questão de um único traço pode definir um reino
Onde se decide que o verdadeiro xeque não existe no bom senso.

Que o verdadeiro rei se desponta no seu couro de homem simples
Aproximando a verve da sua origem, qual um simples peão
Onde os bispos já controlam as diagonais e que, o outro rei
Meio que não quer encontrar o peão no final do tabuleiro
Pois sabe que este pequeno e solitário peão guarda o seu rei
E vai aos poucos saindo do tabuleiro, a cada casa, a cada estratégia
Baseado na matemática de seus avanços e que o cavalo guarda os entornos
De eles paralelos na própria crueza de uma vitória inevitável
Que nem Fisher na sua abertura de defesa conteria
A história de um mero peão, autorizado pela abertura inexistente nos anais
Desse esporte, na aleatoriedade do gesto,
No não movimento da rainha,
No roque certamente altamente precoce
E outro detalhe: um princípio estabelecido
Sem establishments posto torneio oficial
E, finalmente, o rei adversário há de trocar o cavalo único
Que guarnecia a última casa do tabuleiro
Quando o peão, sabe que se esse mesmo rei der mais um passo
O bispo que reside por mais aquém na geometria maravilhosa
Permite o surgimento da troca do peão, e este não quer uma rainha:
O peão troca por um cavalo para amplificar um jogar-se sabendo que
Apesar da rainha ter seus poderes, o peão vira cavalo e parte,
Sai do tabuleiro e vê de longe que outro peão em uma linha de frente
Com o bispo remanescente, resolvem apenas imobilizar o rei
Não permitindo que o rei se mova, isolado, com suas outras peças
No instante preciso que ainda é desenvolvimento e não finalização
Sabendo-se que na verdade a torre do roque precoce da retaguarda
Não possui a mesma compaixão em bispo e com a outra, da outra ponta
Vaticina o mate sem muita lógica, apenas uma geometria precisa
E o rei treme, e o cavalo do peão volta ao tabuleiro
Quando sabe-se que nem toda a misericórdia está presente no torneio
E, infelizmente para aqueles que depositavam suas fés rotas na maldade
Veem que as torres dominam duas colunas, onde o bispo traça a linha
E o que antes seria um quase empate, o cavalo do peão trabalha pulando
E voltando, a um outro salto divertido, encerra em um único movimento
Tornando toda uma inteligência que se torna ininteligível
Abre espaço para que aquele peão que não participara muito do jogo
Esquadrinha um único movimento: o mate posto, findo, o torneio agora
É para ser realizado na mesma abertura, sempre com roques precoces...


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