terça-feira, 12 de julho de 2022

AS PÁGINAS DO VENTO

 

Ao que se crie algo de semânticas de ofício
Reja-se na ternura ao menos no coração
Internalizarmos a bondade sem querermos
Oficializar palavras tiranas na doçura doce
De intenção motora no verbo algo pensado ou,
Sem ressentir problemas, crermos que a coragem
Seja a qualidade que deva persistir, posto que o rio sereno
É de navegabilidade mais imediata, quando de bom navegar…

A se caminhar, caminhamos por vezes pelo mesmo lugar
E, no entanto, o cenário desse filme que nada mais é do que
A ausência de ensaios, não nos refira que sejamos
Mais por relações de empoderamento afetivo
Mas, em relação ao todo, a tudo sejamos de um sentimento nobre.

De nobreza por vezes expatriada na história, de falcão que urge
Da importância da natureza em sua prospecção predatória
Mas que – na isenção da crítica cega – o homem não possui as asas
Que permitem os sentimentos daquele caminhante tecer própria curva
Por ser ou se portar apenas como um cavalheiro, em meio à brutalidade
Que emerge por vezes em nichos santificados onde nem mesmo a bondade
Reflui a cegueira daqueles que enxergam na pífia imitação da ave
Quando acreditam na sua crença quase secular estarem por ofender
Àqueles que têm por missão algo tão sagrado que não são vencidos
Pela astúcia reversa na extrema e no entanto equivocada letra mal pensada
Onde a comunhão passa a existir como em uma consagração de todos
E, depois de terminado o tempo da obra, mal percebem os pilotis
Que perfazem templos do espírito, a obra que jamais pereceu entre os justos!

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