Mais um tempo gira sobre as cabeças daqueles
compulsivos em algo. A compulsão com toxidades é uma questão
mental, assim como tantas outras. Espiritualmente, quando algo ou
alguém é compulsivo na questão da brutalidade, esse não chega a
ser um detalhe, mas uma condição de fato. A ignorância leva a esse
tipo de atitude, onde muitos que se creem engajados em algo, de fato
por vezes passam a ser partícipes da ilusão. O movimento que
leva adiante, por vezes não retrata um tempo em que, em segundos, o
homem ou a mulher passam a ser ferozes por se sentirem excluídos na
questão de não serem efetivamente movidos pelo amor que, na
cristandade, remonta um equívoco onde aqueles que sofrem, não
importando questões máximas, desesperadamente tentam um movimento de peças em um
burlesco jogo teatral onde falha a faculdade humana e surge o óbice
da truculência física ou psíquica que se revela sempre por motivos espirituais.
A razão passa a ser factível de dar lugar a algo de anarquia, de
caos e de ingerência desconexa, a partir do princípio onde traz à
tona a falta de veracidade humanística qualquer, mesmo que para isso
não se disponha das ferramentas indispensáveis, passando a usar
aquelas que o homem ou a mulher que lutam para se manter sóbrias, no
viés de atrapalhar o funcionamento de uma máquina, qualquer que
seja ela, qualquer que seja o lado, caixa aquela que por direito espiritual pertence à unidade do ser. Um homem que encontra seu refúgio
no bem, irmão, nunca é derrotado pelo mal, qualquer que seja seu
manifestar, mesmo que o ardil seja exato e cirúrgico dentro do
escopo de uma agressividade que – por insistência em que a veia
seja alimentada pelo ódio e mova o ser – passe a incrivelmente ser
efetiva porquanto explodir a sensatez algo resguardada no seio de um
lar, que presumivelmente, especialmente nos dias de hoje, em tese
deveria ser um lugar ao menos onde tentemos comungar na paz tão
almejada. A criatura veste o figurino que melhor se encaixa na
invectiva onde a irascibilidade ao extremo passa a ser o gatilho não
para ingerir toxidades, mas para justamente exalar a intolerância à
felicidade do próximo pelas possibilidades de não se controlar,
dentro de um sinistro e paradoxal “auto controle” bruto ao
perceber que justa e inconscientemente, não possa com a
cristalização do rancor que guarda psiquicamente dentro de seu
íntimo, dentro de seu mais profundo imo.
Na questão de um
jogo, ou mesmo na complexidade da tática violenta, passa-se a agir
de modo truculento, sem saber – ou ignorando – que a lei não
apenas existe para coibir a violência doméstica, como falha por
vezes por não preencher a questão igualmente e cabalmente sensata
de não ser justa contra aqueles que atentam contra a integridade
física e psíquica daqueles que são vulneráveis, entre estes os
que são adictos ou alcoólicos e buscam com todas as forças se
manter serenos dentro de uma senda de recuperação. O viés de se
estigmatizar a si mesmo por ter consciência de uma incapacidade de
gerir os seus sentimentos acaba por recriar em si mesmo a noção
algo turva – típica da ignorância enquanto faculdade de não se
situar adequadamente em tempo e espaço – de que possui a vertente
de uma razão que se perde com a sinistra e desconexa incapacidade de
se estar em condições não propriamente de dialogar, mas ao menos
escutar “o próximo”, que seja por alguns segundos, onde o
interlocutor tem de ter o feeling de estabelecer um pouco de
restauro na condição, aí sim, do escopo da sensibilidade de vencer
algum trecho, algum nicho dentro da condição de instabilidade em
meio ao surgimento de uma tempestade de ofensas que vitima sem dó
nem compaixão, a ternura que se quebra por vezes naqueles seres
humanos que são acuados dentro de seu espaço de domicílio quando
já se enfrenta crise recorrente por razão de enfermidade concreta
no meio familiar. Não há de ser por isso, pois na verdade o perdão
que por vezes recusamos vence as trevas de uma questão existencial
de revanchismo ou de vinganças de infelizes criaturas que não alçam
o amor como condição sine qua non da recuperação da sobriedade e
da tranquilidade no lar, citando Jó: Deus É amor.
Obviamente,
analisando à luz da medicina da alma, no caso a Psiquiatria, há
necessidade de intervenção hospitalar quando um homem ou uma mulher
atentam contra a vida de alguém ou a si mesmo, e o sintoma paranoide
passa a ser algo que gere esse tipo de comportamento ameaçador. Sob
o mesmo prisma, não são poucos os casos em que a ausência do
álcool naqueles que se dizem bebedores sociais, por exemplo, revelam que o agressor passa a ser prisioneiro de
seu próprio artifício de ser algoz, obviamente quando não controla
a situação e ardilosamente passa a querer combater o perdão, a
exemplo da vida do Cristo que sempre revela ao mundo a presença da Ressureição e a paz na Terra aos homens de boa vontade!
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