Algo de motor ruge, o rádio emperra
E o
navegador transige quando feliz com feras
Que claudicam no
íntimo, que são crianças
Que não aceitam o fato de ser a
felicidade do mar
O rumo indecifrável de querer virar
penedos.
Verte-se na poesia a resiliência dos ventos
De
um dia maravilhoso nas velas escumadas ao léu
Esse léu
incandescente do destemor ao temor
Que o sofrimento de um
espírito rebelde em seu ignorar
Não veja no querer sofrer o
próximo a equação irresolvida!
O poeta, neste caso,
finge sua dor que a não possui
Posto ter encontrado nas veredas
a companhia da santidade
Em forma de mulher, e tantas e tantas,
comungando felizes
Sem saberem se em seus dias de sofrimentos
cabalmente reais
Não vertem ira pelos poros por estarem em solo
sagrado.
Remir o pecado está no poeta, na sua brotada
infelicidade
De transigir ao ódio na sua posição incauta, em
que um poder
Seja o seu encontro com Deus, e no remanso de
qualquer desdita
Possa alvorecer ao menos a sombra em que nos
encontramos
Quando o parecer de algo não seja o justo em
sermos.
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