quinta-feira, 31 de março de 2022

COISAS DA VIDA

 

         Empatarmos diversos significados de nossa existência faz parte da vida. Por vezes, não resolvemos a contento algumas equações que se nos apresentam em nossa lide diária e, por que não, resolvamos no nosso dia a dia, um após o outro, se porventura estivermos dormindo bem, e que isso nos importe deveras… Não que não devamos nos preocupar muito mas, sobretudo, a menor fração de uma boa intenção ao menos serve para que preparemos a terra para a semeadura. Fazemos parte da vida e, por vezes em um sussurro, a palavra que dizemos pode ser traduzida por uma semente germinada em solo fértil! Esta seara que nos espera quase úmida, na temperança cálida de um tempo austero, como seja de muito a qualidade humana que nos espera sempre no caminho da virtude. Não há logicamente o que dizer do oposto, mas isto pode ocorrer com certa frequência, no próprio livre arbítrio que nos conceda as nossas razões, primeiras, segundas, terceiras e etc. Dito isso, nos parece sermos racionais, e a lógica funciona como um tipo de organização mental que educa e orienta o nosso foco, inclusive nas questões da realidade, pura e simples. Com a simplicidade de conhecermos um pouco da matemática, usufruirmos de um bom game, verificarmos a revitalização dos jogos de tabuleiro, bem como jogarmos com a máquina na sua interessante AI (Inteligência Artificial). O termo anglicizou um pouco. Mas não importa tanto, posto reservarmos parte de nosso tempo a perscrutarmos coisas que até então não conhecíamos.
         A história tem nos revelado sempre o que já faz parte do passado, pois essa ciência humana não deve ser muito projetiva, e nem apenas factual, mas crítica e interpretativa. Os fatos históricos serão sempre vários de procedimentos, como o sermão de um Padre jamais será o mesmo, mas os ritos permanecem
os mesmos, sempre gestualmente distintos por um lado, mas estanques e tradicionais por outro. Essa não imitação histórica parte do pressuposto que temos pela frente a transformação das coisas, seu humor, seu cunho espiritual e suas nuances típicas dessa ordem. O erro cometido deve sofrer uma releitura, uma veste distinta para ver se muda, e o que antes fora o acerto no mais das vezes há que reiniciar o processo e começar com novas peças, nunca no arremedo de repetir: mesmos dos ditos acertos. Assumir uma incerteza pode ser melhor do que usar de uma cartilha doutrinária. Tenha funcionado, pois, em séculos passados, mas o diálogo entre os meios houve de caber bem na dialética inevitável e quântica deste mundo, em toda a sua história, apesar de certa ciência ainda não existir em seu tempo, mas já brotada no planeta, como este é: sábio em sua Natureza. Em síntese, acaba por termos o conhecimento determinado historicamente, próximo às ferramentas imediatamente próximas em seu passado relativo. Talvez o martelo de ferro, tal como o conhecemos tenha vindo depois do prego, para facilitar a pedra e seu uso de substância concreta. O modo é o mesmo da pedra lascada e, no entanto, facilita engenharias altamente complexas na questão de encaixes, resistência de materiais e conformação de estruturas. O conhecimento pode tentar renegar a história, mas esta não o pode negar, a não ser que negue a si mesma. Mesmo que porventura estejamos construindo algo perene e espiritual como um templo, necessitamos da matéria para erigi-lo e isso não causa comoção alguma em seus devotos, seja de que ordem for, posto a transubstanciação daquela, será a primeira razão de estarmos em bancos, adorando ao Pai Celestial! No entanto, quando você prioriza o lado material apenas, estará colocando em xeque a paz espiritual, em uma atitude reflexa que pode vir a destruir a intenção primeira, que é a divindade e seu simples trono, como um rosário de plástico que é o mesmo do que o de ouro, mudando apenas o material que o fabricou. Basta se ter a cobertura material necessária, sem tirar nem por, pois deve ser ilícito você selecionar devoção à quantia de insumos, ou seja, tentar dar mais importância à ganância do que ao credo. Quando essas coisas ocorrem com naturalidade ao nosso redor, precisamos acreditar mais em Deus e sua providência, que abraça igualmente a todos.
           Perante a construção mesma de um diálogo necessário estará sempre a questão da vida em si, de si e para si, respeitando-se que, a partir desse patamar individual e criterioso vem aflorando tangencialmente no início o fremir de uma consciência coletiva que porventura dará a unidade tão necessária ao próprio afloramento da bondade, sinceridade e outros sentimentos que revelam o suporte espiritual tão importante, necessário e simples para que a humanidade saiba sublimar os problemas que a afligem e, por extensão, à natureza humana e igualmente a todos os seres.


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