terça-feira, 22 de março de 2022

VEZ OUTRA NA VOZ DO OUTRO

 

O outro que nos encontre
Na paz do Criador
Que criou sempre e recria
Nos nomes nem de toda a importância
Pois a serpente é um nome
E não ofertamos a maravilha desse ser
Mesmo quando sabemos!

Todas as vezes em que erguemos do chão
Que seja, uma pequena pilastra de palitos
Conformes com o movimento de outro ser
Que evade da escalada, mas não criva
De flores ausentes da vida
E que, distantemente, deixamos
A esperar a espera, sem claudicar
Nossos sonhos mais gigantes
Em propor a subsistência
De um ser humano igual
A outro que não o seja igual
Mas que sempre a igualdade abraça
Para soltarmos a cobra dentro da temperança
Que retorna ao mato sem justificarmos
A atitude cordial de sermos tolerantes
E perseverarmos a nossa lida de sempre
Nas vertentes de um barco que só soçobra
Dentro do escopo de uma manutenção
De um estaleiro alcatifador
Nas mesmas manivelas do tempo
Que ao menos permita a direção do leme
A passarmos por penedos e tormentas
Sem sequer soltarmos as cracas do casco!


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