domingo, 20 de março de 2022

A REPRESENTAÇÃO DAS CORES

 

         Era uma questão de moda, entre outras, as cores, menos um pouco ao gesto, quiçá vestir algo menos rubro, ou verde, quem sabe a moda muda, quem sabe o que mude seja o homem. Se ainda possuirmos o vernáculo, vai-se na amplitude: homem, raça humana como um todo… Soubéssemos disso tudo, o problema talvez não fosse tanto, qual, de se encontrá-lo como na textura de um vento morno, na serra de algum país quente sul-americano. Um corpo que se encontrasse com a forma mesma, uma árvore torcida, um gemido fremente, uma piada no corpo outro, uma mulher reencontrada em seus aluviões de esperança concreta. Vai, sim, de uma resposta, vai sim de uma equação, e que a vírgula não se encontre com um filme de ação que desmonta a chance de algum lado ganhar, pois sempre há a concordância – na previsibilidade desses filmes mais comerciais – de que algum lado ganhe, na maior parte das vezes. O que há de quebra nessa action movie é apenas um entreter-se que quer realmente beirar mais o realismo. Como a bala viajando em slow motion extremado, vertemos a ação para o hiperrealismo, na exposição, nas mega-estruturas e nos filmes-catástrofe. Há de se perceber a nuance crua da computação gráfica que atua nos tempos de hoje com a retaguarda de botões recriados, e dos encontros virtuais em salas ou territórios dos games… Haja a vista, real, consonante, haja a vista, haja o botão, simples, input e output. Zero e um. Simples: positive vibrations…Alocações pertinentes, quase vulgares, e que nos perdoe o vulgo, se não dá para descrever como o já descrito antes, rompendo o zero, rompendo o um que sucede, ou que virá. Já estava escrito o modo como permissões de servidores, na plêiade informacional, e o que se combate é o extremo e não a Fortran! Na tentacular vascularização dos sistemas de informática, tentamos compreender aquilo que é interativo: what do you see is what do you get. Instalar, especialista, manter, especialista, consertar, especialista. Para que negar se o mago está na berlinda, se as pessoas podem interpretar a título de se conversar sobre. O que a guerra predispõe, por que usar o supersônico, qual a próxima façanha do ensaio, se quem quer jogar que jogue, pois o jogo é de adversários e de observadores, funcionando um pouco nesses termos. Vale a pena uma vida que seja? Se as regras do jogo permitem dissuasões a respeito de quem ganha é quem tem poder, vale o poder para se ganhar, não importando se o que vem depois é a destruição, é a anormalidade, é a causa circunspectamente errada, é uma perseguição pura e simples de pensamentos e cartilhas, é a adoração compulsória de algo ou alguém, é permitir que a ignorância se torne apenas a tentativa da humildade, ou propriamente a vantagem conspícua da arrogância.
          A
, acima… Teremos outras abaixo, esta linha está reservada a uma simples pausa em si...
         Não. Podemos querer mais, e não apenas uma conclusão precipitada de uma estrofe simbólica; mais, um tipo de parágrafo curto na aparência mais distante de uma emancipação consagradora, um mote de sensibilidade, uma versão mais condizente com as circunstâncias; estarmos perto e distantes de quase tudo da aflição, mas estarmos dentro dela por vezes, e quem dirá agora que não estaremos surtando no próximo século, se não nos aproximarmos da vida em si e para si? O itálico apenas obedece uma palavra ou expressão pouco usual, como estaremos surtando, substituída pela: surtaremos, em que a de cima não se considera, de acordo com a correção do AI, uma boa norma de sintaxe, mas semanticamente e de acordo com um autor humano, cabe a compreensão do diálogo que se comporta na veia do editor de texto, este software. Assim sabemos que, na vertente do conhecimento, a compatibilidade com o que queremos de versão mais assimiladora desses todos pressupostos não nos faz refém de laivos semânticos. Sendo uma terapia em que um médico afirma com todas as letras, dentro das possibilidades: o poeta continua a sua terapia de expressar-se, apenas isso, com esse pingo a mais nos is.
          Longa pode ser a frase e curto o período, mas que necessitamos de períodos mais longos, isso deva ser condição sine qua non. O tom é que harmoniza um sloka. No sânscrito talvez tenhamos a maior dificuldade, visto não ser mais linguagem convencional. Mas não seja por isso, tenhamos uma paciência de Jó para sabermos que as linguagens compatíveis com os nossos sistemas religiosos podem encerrar a si não uma mitológica aparência, mas uma aparente verdade de fato. O poeta agora só possui mais três linhas, para que o ininteligível para alguns não beire muito o cansaço e que, de fato, a miríade de nossas conclusões seja a vertente de nossa crueza.


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