Nos seios de um recuperar-se
no dia a dia pressupomos
Certas alavancas do destino, esta que
escolhemos
Sempre que denotemos um cruzamento de escolhos
Quais
não conhecêramos no seu próprio andamento.
Saber é berço do conhecer, posto sabemos um know how...
Mas, em virtude de proceder
ao aprofundamento
O tempo é assaz companheiro: um tempo de
décadas,
De séculos, de milênios, o bastante para se
resolver
Uma aparente e complexa equação no território
insetívoro
No nosso experimentar a certeza de que a formiga, se
não retorna,
Veste ao seu companheiro a trajetória da certeza,
trazendo-o
A um lugar que nem o ferormônio conhece, posto sua
luz
É-lhe tão tremenda que nem uma fissão nuclear no
planeta
Reitera a sobrevivência do que antes disséramos serem
inferiores!
Nada como a previsibilidade do visível.
Nada
como a imprevisibilidade do invisível..
Nada como a
construção aguda da reticência…
Com palavras um
verdadeiro escritor faz o amor
Com o cheiro da chuva na terra,
com a folha do outono,
Como o seminal olhar de uma mulher
Que
nos olha de cima de seus quase séculos de vida!
Posto a
história não seja uma narrativa, a história brota
No aluvião
inconsequente e inenarrável de um átomo,
De uma lousa de um
analfabeto que descobre o giz
E o apagador de feltro que lhe
anuncia a escola amazônica
A saber, que seu pai não bebera o
que lhe ofereceram na aldeia
Enquanto o xamã redescobrira o
vento quente na cabana da floresta.
Não há pátria dos
enjeitados, posto haver apenas um dito cujo senhor
Que caminha e
olha não para a sua solidão de rocha,
Quando encontra uma
borboleta branca que lhe ensina a paz…
A grandeza do
amor é compartir o sofrimento por vezes inevitável
E
transcendê-lo pela atitude mágica da ternura que não é segredo de
um que se foi
Mas, na confluência dos rios Negro e Solimões
encontra o mistério
Em que Moisés tenha dividido o Mar
Vermelho
Reencontrado na mão de Deus onipresente quando não
mistura
As águas abundantes de uma selva em que abraçamos a
única esperança
De que os homens não queiram destruir Gaya, pois Deus pode se voltar com fúria
Peneirando com cuidado seu
trigo e, finalmente, ofertando a Obra ao seu Filho!
Algo já está nas
veredas do pensamento, e isso não trai a boa vontade que deva ser
A
razão máxima da concretude humana, pois nosso país a muitos
ressentirá
Quando o virmos de longe qual espetáculo, na única
chance, virtual, de tocarmos algo...
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