segunda-feira, 4 de outubro de 2021

OS LAÇOS DE NÓS MESMOS

 

Conviver com falhas de caráter revela-se em um tempo
Onde a predominância do humano proceder
Não se ressente da dor imputada em certa circunstância
Posto muitas vezes vem da inconsequente insensatez
Que vemos na natureza de nossas idiossincrasias
Na vereda a que nos impomos nossa fortaleza
Em prosseguir estoicamente dentro de nossas vidas!

Não, que não nos pechem de absurdos
Na realidade pungente de quase surrealidade
Em que se torna toda uma era, no cenário que propicia
Muitas vezes uma queda quase sem retorno
Quando, o que mais se necessita é um conforto,
Na esfera que não claudica se nos esforçamos
Quase beatificamente no retorno a uma espiritualidade…

Aquilo que se ingere que não siga sendo
O desatino maior do que aquilo que pronunciamos,
Já que por vezes uma coisa depende da outra
Em diversos e clássicos modais de conformidade
A certas lógicas nefandas que não prosseguem em nada
Do seguir atento ao que sabemos ser melhor
Do que apenas concluir que somos fracos ou inocentes.

Se o mundo exterior nos aflige ao ponto da desesperança
Seguiremos adiante mesmo que esse sentimento
Se sinta em algum momento desvanecente
Quando – ao menor sinal – se torne premente
Uma ajuda de consistência cabal e permanente
Nos alforjes que carregamos qual ciência
Esta, que adote caminhos de luz e de verdade.

Quando quisermos ou formos tentados a mais não poder
Estaremos preparados para recusar o que não é certo
E admitir o erro dos outros, apesar de que parte destes
Pode prejudicar o grande ser coletivo de uma Nação
A que se preste erradicar e indicar o mesmo erro
Dentro do espectro de uma justiça que não falhe
Com a sinergia que demanda esforços do trabalhador.

Estes são os mesmos sentimentos que possam faltar
Em momentos que não esperamos a ver, e que se remeta
Um correio livre das penas dos pombos,
Carregando suas partes e seus compromissos de estatura
Nos farnéis da beleza em se ver que tudo o que funciona
De modo azeitado, revela na indústria brasileira
Que ainda temos a esperança de obtermos um trabalho.

Estaremos na vereda supracitada em outras ocasiões
Em que o sofrimento dos homens e mulheres
Não sucedam como consequências normais
Posto dependerem por vezes, para a sua mitigação
Da ingerência de governos ou nações que despertem
Para a remissão de seu povo, para que não se negue
Ao menos a empatia de se sentir no papel do outro.

A vertente que nos abraça forte até o caminho sóbrio
E coerente com a mesma batalha em consegui-lo
É conquista de gerações do passado, do momento presente
De um futuro de ações que nos remetam ao bom senso
E nos alheie das condições em que muitos
Injustamente perdem lucidamente sua lucidez e paz
Quando não encontram a perspectiva que importa a todos.

Encontrar companheiros que estão na mesma questão de ordem
É dirimir dúvidas que não pagariam qualquer preço material,
Haja vista sermos nós mesmos aqueles que de outros por vezes
Dependemos, na velha questão das atitudes,
Sem necessariamente sabermos da confluência dos astros,
Sem sabermos dos signos de nossas existências,
O que prova que seremos mais humanos enquanto seres bondosos.

A arritmia de muitos e sistêmicos vícios, incluso os de discursos
Faz apenas arrefecer por vezes alguns entusiasmos,
Mas a companhia de boas relações faz de um solitário poeta
Tergiversar com as letras, como se fizesse amor nas linhas
De um grande oceano aprazivelmente belo e pleno
Mesmo nas noites de tempestades e procelas duras
Onde encontramos no final o laço da ancoragem em porto seguro!


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