sábado, 9 de outubro de 2021

MEDITANDO NA ATITUDE

 

Veem-se os dias nas longitudes de seus tempos
Quais não fossem aqueles tão distantes como o pensar
De culturas mais próximas com outro olhar
Perante vidas sagradas por seus costumes e idiossincrasias.

No montante algo calculado de nossos pífios orçamentos
Requeiramos o próximo e o distante, como uma estrada
Em que o hidrante nos aproxima da existência cabal
De que deva haver alguma arquitetura e seus alicerces.

De navegares pelas ruas que seja feita a vontade
Onde Deus nos faça crer que sejamos gaivotas
Voando pelos céus de todos, e que as nuvens
Sejam tão diáfanas e serenas que mudem sem se notar.

Deste recorte da natureza sejamos plácidos na esteira
Sequer que nos fora mais produtiva do que um pacote
Onde encerramos o dia mais feliz de nossas vidas
Quando nos apercebemos que nem tudo é ganho material!

Justo, que espiritualmente estejamos próximos do céu
Quando este suplanta os recursos para os quais rogamos
Seja a causa de realização plena de uma sociedade
Onde o gesto solidário deva fazer toda a diferença…

Para isso nos agremiamos, tecemos esperanças,
Ajudamos aquele irmão que está sumamente aflito
E ponteamos a ajuda necessária justamente
Onde seus olhares marejam quando nos olham.

Em nossos pressupostos não nos enxergamos tão bem
Quanto de sabermos que na vicissitude de nossos atos
Recrudescemos certos sentimentos em nossas raízes
Que, bem dizendo, podem nublar nossa atitude perante o outro.

Nessa atitude quase beligerante de nosso comportamento
Não sabemos ou ignoramos a bendição de um ser
Que, no mais das vezes, remete a um dito que se repete
Com fatos que não estão relacionados com o bem…

Outrossim, deveras é o esforço e a disciplina
A que nos submetemos por vezes para dirimir
Temperamentos viciosos que nos sustentem
Em uma cama de cristal barato sem que saibamos.

A verdade se nos planta uma grande bandeira
Onde hasteamos o mastro de nós mesmos
E onde, supostamente, reiteramos
Que a vida, esta, suposta,
Não nos regride a um ponto excludente…

Na realidade de nossas atitudes, versemos
Por ocasiões onde não se possa equacionar
Razões que não sejam equânimes com todos
Aqueles que sinceramente pedem por ajuda.

Não adianta tentarmos mudar o mundo
Quando, o que se pretende ser ou não ser
Revela uma aparência de abruptamente
Quase rompermos lacres, antes invioláveis.

Por razões mais serenas pontuemos a atitude
Por um progresso espiritual latente,
Antes que uma associação indevida
Nos tire o tapete sob nossos pés em algum tempo.

Podemos meditar no ser que somos
E ganharmos de nossa própria existência
Um tipo de resguardo moral onde residimos
Na benfazeja luta de regularmos as atitudes!

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