terça-feira, 5 de outubro de 2021

LAPSOS DE UMA ENTREGADORA

 

Leve rumor assoberba a entregadora
Em seus leva e trazes comezinhos
Desde a aurora de seu próprio tempo
Até a queda madura em seu temperamento
De andares conquistando espaços
Na base da eletrônica falha ou dita
A essa geração que abraça missões!

A entregadora reluta em seu viés
De menina moça envelhecida
Pelo auscultar de filmes e regras
Onde se perde nas lembranças e age
Com a falta de conforto de sua quase
Certeza de estar fazendo o certo
Quando o que faz – em geral –
Não passa de simples imaginação
Ao sentimento que pensa piamente
Ser de vanguarda quando simplesmente
Entrega às gentes os presentes da surpresa…

Nisso de pensar saber algo não empresta
Sua frívola frieza de moça feita
Na empresa que construiu seu desatino
De pensar ser certo na verdade em questão
Quando, no mais das vezes, reluta
Até mesmo nas hierarquias de seus templos!

A chiqueza desconstruída de suas roupas,
O seu aparelho de bolso inteligente,
Sua forma de já ter nascido dentro da máquina
Revela sequer saber o que significa transição
Posto ignorar mesmo e verdadeiramente
O que vem a ser uma conquista tecnológica
Dentro do pressuposto dos botões
E dos deslizes na tela como terra de aluvião.

E passam as gentes, de acordo com a ocasião,
Com circunstanciais precedentes que,
Em uma melhorada hipótese,
Vertem a falta de confiança sequer
Naquele braço que tenta tecer amizade
E é desprezado por simplesmente
Querer que o amor seja um sentimento grande!

Em uma de suas verdades se encontram referências
Relativas ao propósito de convencimentos outros
Que negam a existência mesma do consenso
Em se saberem salvaguardados pelos concursos
Que emergem de estranhas crenças, qual seja,
A beligerante fase de pensarem que estamos no término.


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