Resta-nos reaprender a viver, quando hábitos
quase insalubres invadem o nosso cotidiano… Um modo de restaurar a
aparente forma de nosso comportamento é justamente buscar
relacionamentos salutares, reaprender coisas que deixamos em estado
quase letárgico e transformar nossas vidas para obter concretos
progressos de ordem espiritual. Essas estruturas anímicas implicam
em transcender mesmo os maiores obstáculos, mesmo com origens na
afetividade ou mesmo em idiossincrasias complexas quando envoltas na
infantilidade ególatra. A razão deve ser aceita junto com as
emoções, na libertação de amarras que mexam com aspectos de uma
espécie de brutalidade existencial a que muitos se permitem aos
outros e, especialmente, a si mesmos. Essa razão ou intelecto,
aliada com uma questão emocional superlativa a humildade necessária
para que muitos indivíduos assumam seus erros especialmente no
âmbito coletivo, ou seja, em quaisquer grupos que se pretendam
sérios ou profissionais.
A semântica de frases ou pensamentos
bem enunciados vem ao encontro de casos em que a expressão já
denote seriedade em sua origem, e flexibilidade diplomática em sua
frente de atuação. Queira-se dizer que a anotação de nossos erros
pura e simplesmente é uma motivação de que continuemos errando nas
mesmas teclas, mesmo que para isso “racionalmente” queiramos
mudar, mas instintivamente beiramos uma espécie de incoerência
naquilo que maquinalmente não funciona, haja vista não termos a
serenidade necessária a um verdadeiro progresso de ordem material,
igualmente. A insanidade a que podemos chegar nos leva ao veredito de
ordem moral, quando nos tornamos adictos a alguma substância, no
caso em questão o álcool, quando esquecemos a totalidade dos
sistemas de dependência a que muitos se afetam no sentido de perder
o controle de suas vidas. Essa adicção diz respeito à humildade
necessária à compreensão do outro como um ser humano convicto a
estabelecer respeito e boa relação, dentro de um pensamento de
igualdade que, por si só, remete à sobriedade não apenas do
caráter quanto fisiologicamente. Isso de questões relativas a um
montante de problemas que possam se apresentar contra os quais
podemos ser impotentes, como um tipo de comportamento exacerbado de
um parente ou um comportamento de um grupo contra o qual nada
podemos fazer para mudar, a não ser apenas agindo com a serenidade
necessária para se evitar conflitos de qualquer ordem. Essa
serenidade nos aproxima da coragem em assumirmos os nossos próprios
erros, mesmo perante um indivíduo que não se aplica na mesma
funcionalidade cabal do relacionamento humano.
Perante a vida
possuímos muitos contratempos, e a luta pela ganância pode ser
detectada em qualquer classe social, em qualquer escala e mesmo em
questões familiares. Não será através de serviços falsos e
esporádicos que identificaremos a generosidade, mas muitas vezes uma
incoerência e a bondade de fachada. Podemos até colocar uma questão
exógena para erros de outrem, mas para a pronta reabilitação de
nossos ferimentos psíquicos precisamos ao menos da compreensão
humana, como uma importância capital para termos nossos avanços
espirituais nessa jornada de veredas longas e pensamentos mais puros.
A questão que não nos aparte dessa premissa algo básica é
assertiva que demanda um progresso real e a aproximação necessária
dos fatos. A fúria em que alguns se colocam nestas demandas é
justamente a razão capital de se orientar o incivilizado urbano no
sentido de culpá-lo quando este retorna falsas questões em
detrimento do prejuízo a aqueles que são vulneráveis e necessitam
de maior atenção.
Em síntese, o que se pensa ser necessário
em termos de recuperação de um adicto é justamente a palavra ação…
Essa ação vem com o necessário enfrentamento de nosso próprio
orgulho e a compreensão nada relativa, mas obviamente muito reativa
com a interface sistêmica em que se apresenta a realidade. Muitas
idiossincrasias de outrem nós não podemos mudar, mas quando temos
que estar em consonância e harmonia algum inconsistente
comportamento pode resultar em um tipo de atitude dissonante, e isso
muitas vezes leva a termos toda uma conquista no território do bom
senso. Atinar com essas dissonâncias nos parece o melhor que temos a
conseguir, para obter do próximo e daqueles que nos distam mais uma
referência de que tentamos fazer o melhor para não compactuar nas
ofensas do ofensor, mesmo que destes finalmente tenhamos que reservar
maiores espaços para a convivência, seja em relação aos
indivíduos ou entre estados e nações!
Nenhum comentário:
Postar um comentário