domingo, 19 de setembro de 2021

DIAS QUE PASSAM

 

A sobriedade de nossos pensares
Remonta um século que há na vida
Quando a solução possa ser dura
Mas que, na verdade, é apenas sóbria…

Nas vertentes de uma poesia íntegra
Sejamos limpos no proceder
Quanto de uma esfera de um simples
Passa ser o quadro reflexo da ilusão.

Nos esperem os cantos alcatifados,
Nos esperem os lados da moeda,
Que se jactam de serem mais fortes
Do que aquilo que não se lembram mais.

Em uma verdade reativa e perene
Os mundos giram em uma única órbita
A quanto de se dizer da função escusa
Em uma verve que não diz mais nada!

Essa ausência temporária é um fato
Que nos remeta a uma realidade
Onde o remédio talvez tenha um sentido
Maior do que sua ingestão pura e simples…

Esses remediares que salvam no albor
De medicinas escorreitas, há que saber
Que curam a própria loucura
E ensinam ao não se intoxicar mais.

A psiquiatria remonta histórias
Da luta humana ao estigma presente
Naqueles que sofrem padecendo
De uma quase corrente que os verte ao nada.

Esse nada pode ser um princípio de cura
Quando revisitada é a questão da saúde
Em que, paulatinamente, a consciência
Volte a aflorar muito mais fortalecida!

Passando ao grande prisma da compreensão
A poesia volta mais forte, intocada
Por quaisquer sistemas de latitudes incertas
Quando se perceba nela – justo – a sobriedade.

E, quando menos se espera, subentende-se
Uma economia onde a lição da vida
Se torna necessária e premente
Ao menos para se compreender o numeral.


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