Põe-se um sol no subterfúgio
longitudinal de um estúdio
Qual Paramount Pictures, qual
Cine de um sítio sagrado
Quando o que se revela é um acetado
quase numérico
Em suas plataformas – agora – de trinta
quadros por segundo…
Em cada gota de um antigo cristal
de prata emudecida
Pela alocução do tempo, o texto elucida
quase pedra
Que aquele filme do século passado ainda é
válido
Quando se passa o segredo de uma noção algo
exata
Naquilo que busca convencer dentro de um estilo
realista.
A plataforma do hiper realismo, no entanto,
verte um sabor
Ardido de pimenta ou de tempero vagamente
moderno
Posto a bússola por vezes se imanta demasiadamente
errônea
Quando pensamos que o próprio tempo
cinematográfico
Rejeita ruídos naturais que fazem o fator do
roteiro.
Nada a que se proponha a vida dentro de um
filme
Quando de parecer se possa crer que o andamento
Da
carruagem não se apercebe da riqueza dos detalhes…
A
cada gesto, a cada sorriso, a cada flor em cena
Os recortes do
filme sonoramente passam por encima
De uma competência cabal e
risível quando bufa,
Quando apenas de um humor gratuito,
Quando
de se rogar que um se aprochegue
Nas faltas do que se faz de um
entretenimento
Extremamente salutar nas veias proficientes da
cultura
Em que se reserva a parecença que faz o léxico dessa
linguagem
Parecer que retorna na mesma bússola equivocada
Ao
apontar para o norte para que se possa voltar às casas
E não
deixar recrudescer falsas esperanças
Quando a razão de tudo
emerge boas consequências!
Nada de um bom filme possa ser
relatado sem causas de apoio
Posto este ser essencial em
qualquer idade ou lugar,
E que o perdão se faça ciência
escolástica sem prejulgar
Aquele cidadão no fim de suas
escolhas, de erro ou de vitória
Quando ponteamos as vertentes
de alguma chance que tenhamos
Afim de encontrarmos uma vivência
cotidiana
Que beire o bem-estar sem chancelar a insensatez
Nos
seus mais variados formatos em que a luz se apague
No apaziguar
dos versos de uma sacralidade ecumênica
Quando vertemos na voz
as páginas do carinho
E quando revelamos que a ação do
filme
Não necessariamente se traduza em conflitos
Perante
uma violência gratuita
Nos farnéis escusos de uma
sociedade
Que se desconstrói nos passos vertiginosos de um
filme escuso.
Há que se reconstruir um país através da
cultura,
Há que se ater no verso de uma cinematografia
Sem,
no entanto, deixarmos de saber que,
Independente dos fatos da
narrativa cabal,
A vida prossegue imitando a arte, e esta a
vida,
E a linha de montagem em que viramos leitores de
séries
Remonte outros e mais antigos filmes
Ou resgatem as
histórias mais importantes
Em cenas que se traduzem mais e mais
vezes
Conforme a necessidade da Pátria e de seu povo!
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