Digamos que a frente se transcorre como uma faixa
de mar – justo – desde que nos coloquemos na posição correlata.
Quase um infinito, quando pensamos na abertura tíbia de uma baía ao
mar alto, e de costa em costa podemos quase descrever um oceano
quando entramos finalmente mar a dentro. Dessa espiral imaginária
das águas não há muito o que pensar quando a embarcação é
gigantesca, mas se Noé fosse hoje passaria trabalho com as madeiras
e os tsunamis. Descobrir-se-iam números quase absurdos de casais de
espécies, e muitos espécimes inférteis, ou carregamentos infinitos
de insetos e bactérias… A frente do barco se reuniria a uma
fragata, no mínimo, esquadrinhando caminhos e enfeixando turnos e
turnos mais do que se possa, em tempos tão irrisórios como na
atualidade. Seriam pareceres às frentes, adiante, seguindo rumos,
tentando alocar em terra firme a recriação da Natureza, mas os
dilúvios, infelizmente não possuem mais Noés. Talvez noel e seu
papel de papai seja mais natural, mas sabemos – felizmente – de
sua ficção. Por mais que relembremos diversas crenças encontramos
algo, ao menos que seja, um Poder Superior. Se esse poder assume uma
sobriedade sem tamanho, não pereceremos na altura em que ele se
edifica, pois seguimos qual jônico proceder. Qual colunata imensa,
em que todos tem o seu lugar, igualmente, no amém de nossos direitos
de participação! Essa mesma participação que engloba muitas e
muitas frentes, que edifica, constrói e emancipa um Poder que possa
quiçá também ser Bíblico, ou Xamânico igualmente, sem tirar nem
por e – pela participação da poesia – quiçá igualmente de
Krsna. As frentes todas, o que não nos tirem, o dinheiro que no
futuro existirá para as camadas mais pobres, uma justiça social
requerida, ou seja, um mundo de terceiro mundismo mais feliz, posto
alheio dessa condição de rótulo em que nos colocam como um muro em
nossa frente. Altamente transponível, no entanto, transportável em
contêineres de esperança, posto que se cite, sem falsas atitudes ou
o arremedo de algum sentimento infalível e, no entanto, fadado a ser
um lugar onde até mesmo Noé ou noel dariam seus presentes para a
humanidade, não importando as frentes ou as gradações da
compatibilidade nada efêmera da sensatez.
Falta-nos dizer das
palavras dignas que não hão de fazer frente aos movimentos que
regridem nossos processos existenciais. Posto, tudo que há no
planeta em que movemos nossos corpos, ou aonde movemos ou utilizamos
nossos maquinários, há de não ser apenas uma promessa de regressão
do atraso, mas da compreensão em democratizar todas as frentes
possíveis dentro da proposta da participação desse imenso oceano
que imediatamente circunda ilhas e mais ilhas. Não haveria razão
primeira além dessas assertivas da união necessária entre os
polos: Ocidente e Oriente, sem o qual só se trata de diásporas e
questões refratárias entre povos que deveriam se irmanar, e não
partir para o complexo sistemas da eterna vontade de poder. O que se
clama é chegarem a visitar-nos boas relações de vizinhança,
países amigos, ou Estados soberanos. Não se pode, por questões de
retoque ou de maquilagens, obstar aqueles que são de bom caráter e
que nos admirem por estarmos claudicando por vezes, em uma Pátria
que não verga, e que demanda cada vez mais a compreensão e
preservação tripartite. Apenas assim chegaremos a algum lugar,
posto a demanda da maldade não nos levar ao nada versus nada. Assim,
no bom inglês, deve-se anular qualquer prejudice,
intolerance, e se montar a culpa onde ela deva se erguer,
mesmo que a ofensa, em tempos como o nosso, seja tão sutil a ponto
do desastre à desesperança…
Devemos temer criar frentes
consoantes à truculência, ao pensamento criminoso, às notícias
falaciosas, à parcialidade cega, à desobediência civil infundada,
ao assassínio em massa, ou ao simples pensamento nocivo a si e aos
outros, quando vibra no canal da intolerância de gênero, etnia, ou
coisas similares. Se uma nação prega os direitos humanos não vá
jogar pedras no vizinho, se ela mesma possui um telhado de vidro, e
que não se negue a ajuda às populações mais pobres, se é isso
que se pretende ao menos: governar para todos! Não se nega a ajuda
do estado em relação às categorias que precisam de ajuda, como não
se nega a participação do povo nas coisas relativas à
administração pública. Não se desmonta um mundo em razão de
tecnologia ou coisas e gigantismos similares quaisquer. O absolutismo
já não pertence ao processo civilizatório contemporâneo, e não
vamos capitanear o desastre, posto essas ordens de escravagismo
acentuadas e crescentes não estão fadadas ao sucesso, pois o
despertar da humanidade se dará quando menos se espera!
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