terça-feira, 7 de setembro de 2021

A LÓGICA DAS INTEMPÉRIES

 

Cedo é o tempo de uma catástrofe
Quando inibimos o próprio rumor
De termos afogado de furores as nossas casas
Com as possibilidades do naufrágio…

Tarde é o tempo que não queremos
Nos alicerces de nossa pouca compreensão
A saber, que nunca esqueceremos um perfil
De gentes da parafernália da maldade
Que transudam ódios pelos poros.

Em uma verdade recorrente
É escorreito o modo de se sentir
Aplainado na consciência
Daquilo que sequer sabemos
Na luta e lida diárias de como proceder.

Uma pílula ao menos seja um conforto
Que nos carregue a certa normalidade
Ao que nos ensine a medicina das alturas
Nas correntezas de uma hecatombe quase merecida!

No selvático merecimento de uma ocasião
Verteremos as verdades em panos quentes
Que nos auxiliem nas dores e concussões
Que porventura perdemos pelos rincões das ruas.

Em uma pátria resfolegante, os erros não são nossos
E, no entanto, claudicamos com os nossos óbices
Que vertemos na não ação do nada, no nada a se dizer
Nem quando compactuamos com o não diálogo.

Nos inumeráveis dias de nossas existências
Não podemos pactuar com uma existência falsificada
Dentro de um parâmetro sutil e encomendado
Com o que não percebemos sequer nos mundos sutis..

E, quando o cabo do teclado começa a fraquejar
E temos, por um enquanto, a guardar a força técnica
Vemos a própria vertente de alguns recursos
Como a última alternativa lógica de um feriadão.

Com a companhia de um Rock, vertemos a viagem
De uma modalidade algo lúcida de boa música
Relembrando que já fomos algo rebeldes
E que agora, perto da velhice, nos resta um certo descanso.

Mas muitos anos nos esperam na vanguarda
E outros pivetes nos acobertam na retaguarda
Quando, plenos flancos nos acobertam nas esquinas
De nossos passos ligeiros pelos amanheceres das ruas.

E, quando isso acontece, acontecem vários pressupostos
Naquilo de se diferenciar medidas parecidas com outras
Peremptórias na flauta de Tull, nas paradas militares
Que – se não houveram – fora apenas a manifestação
Das modalidades dos canhões que fizeram uma festa!

Nos albores da democracia subsistimos sempre
Apesar de alguns agentes suspeitos
Tentarem realocar as mentes arejadas para um outro lado...

Que não pertencem ao pertencido, loucos por uma chuva
Que não chega em boa hora, posto dissolve a multidão.

E, posto que o cabo do meu teclado não alcance o significado
Passo o sapato onde não devo, e declaro finalmente que a intempérie
Dos nossos tempos pode significar
Um clarividente termo em que a tecnologia se torna complexa!


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