quarta-feira, 15 de setembro de 2021

O EMPREENDIMENTO HUMANO

 

Tantas são as palavras de caráter quase emergencial
Que, ao empreendermos o universo da poética,
Não nos esqueçamos de uma trilogia das forças criativas
Que são a serenidade espiritual, a tolerância com os erros
E a profícua peculiaridade da vertente inumerável do calor humano!

Um nobre sentimento em toda a sua amplitude,
Uma faixa que não encubra os sentimentos
Quando – por merecimento – por vezes não nos cause
A decepção tamanha de nossos passíveis erros
Nas questões mais lógicas do bem portar-se.

Essas questões que trazem inquietudes em nossas vidas
Porquanto rezam um louvor à existência,
Denotam o paradigma que nos traz a sobriedade
Como fator inerente às coisas que acaloram nossos colos
De forma tal ao que se sinta aflorar a sinceridade!

Empreender humanismo às gentes seja ao menos um ato
Da compreensão de resiliência que atravesse um fato ou outro
Mesmo quando confundimos o flamular de uma bandeira com passos na rua
Porquanto que se saiba que na verdade seu proprietário não seja sempre
O dono de suas lindas cores, o que ocorre com a mais variada presença…

Quiçá soubéssemos que as bandeiras são como recortes e flâmulas,
São luzes que se ouvem, são estrelas a mais agregadas, são por vezes
Algo tontas quando o vento as sacode, e mais trigueiras quando
Descansam mais tempo fora dos mastros que as libertam
De seu cansaço em estranho diálogo: estrondoso, crepitante!

Desse porém de uma batalha de 24 horas na sobriedade
Vem um sentir solene, solerte e nada insosso
Quando realocamos nossos calcanhares firmes em nossa vereda
E pensamos nada saber mesmo quando sabemos ser limitante
O mesmo irmão que deixamos cair embriagado sobre a avenida.

Resta saber de nossa caminhada ao longo das mesmas contendas
Em que por vezes inocentemente caímos de chofre
Quando – ao menor sinal de descontentamento – vemos mais uma luz
Em um túnel soberbamente longo, posta ser apenas uma luz lateral
Que nos dá o apoio necessário a que pensemos ser uma luz real.

Não, que o túnel na noite é escuro como as escamas do tatu de metal
Que quando o constrói relega as coisas no contentamento
De mais empreitadas regidas a um vinho avinagrado
Ou uma cachaça de plástico que não nos nega o fogo
Mas renega a lucidez de estarmos com a coragem a tiracolos.

Medram alguns medos que não são palpáveis, medram pedras no caminho
Que não parecem totalmente enlutadas pela razão, mas que retiram do chumbo
Um farto material de inibições correntes e que caminha por disparos
De alcances relativos, mas com a proficiência dronática
Em que o neologismo sirva para sabermos lidar com o poder…

Mas que os grandes ou colossais empreendimentos humanos
São tão grandes ou tão pequenos que a sua distância é quase oceânica
Quanto a saber que na verdade o oceânico é volumétrico
E não uma mera gradação de régua, ou dimensionamento bidimensional
Como na técnica de uma mensuração de um gráfico corrente e institucionalizado.

Nessa escala da incompreensão de medições equivocadas pertençamos
À estabilização de moedas que não nos confrontem com outras muito fortes
Em que a fragilização da economia se reflete na obsolescência de recursos
Que deveriam ser aproveitados em lugares comuns mais arejados
E que, por mais que desejemos, não requisitamos meios para tanto!


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