quarta-feira, 29 de setembro de 2021
A VEREDA CINEMATOGRÁFICA
Põe-se um sol no subterfúgio
longitudinal de um estúdio
Qual Paramount Pictures, qual
Cine de um sítio sagrado
Quando o que se revela é um acetado
quase numérico
Em suas plataformas – agora – de trinta
quadros por segundo…
Em cada gota de um antigo cristal
de prata emudecida
Pela alocução do tempo, o texto elucida
quase pedra
Que aquele filme do século passado ainda é
válido
Quando se passa o segredo de uma noção algo
exata
Naquilo que busca convencer dentro de um estilo
realista.
A plataforma do hiper realismo, no entanto,
verte um sabor
Ardido de pimenta ou de tempero vagamente
moderno
Posto a bússola por vezes se imanta demasiadamente
errônea
Quando pensamos que o próprio tempo
cinematográfico
Rejeita ruídos naturais que fazem o fator do
roteiro.
Nada a que se proponha a vida dentro de um
filme
Quando de parecer se possa crer que o andamento
Da
carruagem não se apercebe da riqueza dos detalhes…
A
cada gesto, a cada sorriso, a cada flor em cena
Os recortes do
filme sonoramente passam por encima
De uma competência cabal e
risível quando bufa,
Quando apenas de um humor gratuito,
Quando
de se rogar que um se aprochegue
Nas faltas do que se faz de um
entretenimento
Extremamente salutar nas veias proficientes da
cultura
Em que se reserva a parecença que faz o léxico dessa
linguagem
Parecer que retorna na mesma bússola equivocada
Ao
apontar para o norte para que se possa voltar às casas
E não
deixar recrudescer falsas esperanças
Quando a razão de tudo
emerge boas consequências!
Nada de um bom filme possa ser
relatado sem causas de apoio
Posto este ser essencial em
qualquer idade ou lugar,
E que o perdão se faça ciência
escolástica sem prejulgar
Aquele cidadão no fim de suas
escolhas, de erro ou de vitória
Quando ponteamos as vertentes
de alguma chance que tenhamos
Afim de encontrarmos uma vivência
cotidiana
Que beire o bem-estar sem chancelar a insensatez
Nos
seus mais variados formatos em que a luz se apague
No apaziguar
dos versos de uma sacralidade ecumênica
Quando vertemos na voz
as páginas do carinho
E quando revelamos que a ação do
filme
Não necessariamente se traduza em conflitos
Perante
uma violência gratuita
Nos farnéis escusos de uma
sociedade
Que se desconstrói nos passos vertiginosos de um
filme escuso.
Há que se reconstruir um país através da
cultura,
Há que se ater no verso de uma cinematografia
Sem,
no entanto, deixarmos de saber que,
Independente dos fatos da
narrativa cabal,
A vida prossegue imitando a arte, e esta a
vida,
E a linha de montagem em que viramos leitores de
séries
Remonte outros e mais antigos filmes
Ou resgatem as
histórias mais importantes
Em cenas que se traduzem mais e mais
vezes
Conforme a necessidade da Pátria e de seu povo!
segunda-feira, 27 de setembro de 2021
PÁGINAS DO TEMPO
Temos um fator de relevo em nossas vidas
Que se
apresenta por vezes em forma de tentação
De se tentar ser mais
elucidativo
Quando queremos resolver certas equações
Em
que o fator de relevo – este – seja o tempo
Oriental ou
ocidental, nem que alcancemos a compreensão
De estarmos no
oriente de nossa bússola mundial
Em direção ao ocidente de
nossa cultura quase antiga
Quando comparada aos milênios de
sabedoria
Que encontramos do outro lado na culta história…
Não,
que não permitamos que algo de ruim nos rua
Como um ruído
permanente de um pop sertanejo
Ainda faça parte quase como uma
cárie necessária!
Não, nos redima a nossa pátria e seu
Estado soberano
Quando pedimos a ajuda de muitos amigos e
irmãos
Que no sol nascente vem a auxiliar na técnica,
Na
ciência, na contemplação, de um Krsna que não se engana
Posto
a Índia também ser pátria espiritual, não apenas o país
Que,
em seu ecletismo pontua a negritude, os indígenas,
Os
indigentes, os empresários, os médicos, os profissionais
diversos
Na amplitude que nos reserva a própria
reserva
Daqueles que lutam para manter uma ordem dentro do
pressuposto
Da arte da cidadania, em que a democracia hasteia
sua bandeira!
Nada de verdades relativas, nada de
retrocessos do abismo
Não, de não pertencermos a uma
relatividade da questão
Onde, um país como os EUA retrocede em
seu congresso
Quanto de uma invasão planejada pela
insanidade
Revelando ao mundo que pode haver punitividade
Até
mesmo no modal em que se encontra nosso país
Quanto das frentes
que trabalham como todos os cidadãos…
Reserva-se a
memória de uma visão algo claustrofóbica
Naquele pensar em
que a serenidade por vezes se esvai
Quando mais dela precisamos,
sob diversas modalidades
Da pressão quase congênita de uma
mentalidade coletiva
Próxima da insanidade em sua letargia de
beber bem.
São muitas as atitudes criminosas que às
vezes tecemos
Similaridade com outros grandes países
Que
aventam miséria e participação de imensas concentrações
Das
riquezas em nome da exclusão das populações mais vulneráveis
Posto
não ser fácil cumprir uma jornada de trabalho vivendo em
favela.
Haja vista sabermos das distâncias e inquietações
de uma solidão
Em que as letras nos transformam em cientistas
circunflexos
Do idioma pátrio, do idioma estrangeiro, da
ciência em se comunicar
Em verdades que se revelam como uma em
cada sítio e em cada palavra.
A nos comunicarmos cada vez
mais, assim rezam as cartilhas
De pontuarmos a solidariedade
àqueles que sofrem,
Pois no íntimo, soldados, sabemos que a
carestia assola
Todos os sistemas em que nos situamos, em cada
posição,
Em cada ato nada singelo de romper justas
amarras
Quando nestes atos singelos vemos romper outros
cordões
Que se aproximariam da bondade e generosidade
humana
Posto que possui a arma não deve permitir a um
civil
Portar sem o preparo de autoridade necessário
Onde
um gole a mais pode significar e caracterizar
Um óbito
pandêmico em que se pode tornar o homicídio.
Um, abaixo
do outro, dentro da hierarquia pode ensinar
Ao mais alto coisas
de flexibilização da democracia
Em que esse ensinamento nos
refaça nossas relações
Quando a sabedoria se faz necessária
para distinguir
As fronteiras de nossos limites, onde um espaço
não pode
Invadir o outro com a truculência de se revelar a
ignorância
Daqueles que usam o Poder para estabelecer
dividendos
Por encima de muitos que por hora comem ossos.
domingo, 26 de setembro de 2021
UMA VIVÊNCIA COTIDIANA
Resta-nos reaprender a viver, quando hábitos
quase insalubres invadem o nosso cotidiano… Um modo de restaurar a
aparente forma de nosso comportamento é justamente buscar
relacionamentos salutares, reaprender coisas que deixamos em estado
quase letárgico e transformar nossas vidas para obter concretos
progressos de ordem espiritual. Essas estruturas anímicas implicam
em transcender mesmo os maiores obstáculos, mesmo com origens na
afetividade ou mesmo em idiossincrasias complexas quando envoltas na
infantilidade ególatra. A razão deve ser aceita junto com as
emoções, na libertação de amarras que mexam com aspectos de uma
espécie de brutalidade existencial a que muitos se permitem aos
outros e, especialmente, a si mesmos. Essa razão ou intelecto,
aliada com uma questão emocional superlativa a humildade necessária
para que muitos indivíduos assumam seus erros especialmente no
âmbito coletivo, ou seja, em quaisquer grupos que se pretendam
sérios ou profissionais.
A semântica de frases ou pensamentos
bem enunciados vem ao encontro de casos em que a expressão já
denote seriedade em sua origem, e flexibilidade diplomática em sua
frente de atuação. Queira-se dizer que a anotação de nossos erros
pura e simplesmente é uma motivação de que continuemos errando nas
mesmas teclas, mesmo que para isso “racionalmente” queiramos
mudar, mas instintivamente beiramos uma espécie de incoerência
naquilo que maquinalmente não funciona, haja vista não termos a
serenidade necessária a um verdadeiro progresso de ordem material,
igualmente. A insanidade a que podemos chegar nos leva ao veredito de
ordem moral, quando nos tornamos adictos a alguma substância, no
caso em questão o álcool, quando esquecemos a totalidade dos
sistemas de dependência a que muitos se afetam no sentido de perder
o controle de suas vidas. Essa adicção diz respeito à humildade
necessária à compreensão do outro como um ser humano convicto a
estabelecer respeito e boa relação, dentro de um pensamento de
igualdade que, por si só, remete à sobriedade não apenas do
caráter quanto fisiologicamente. Isso de questões relativas a um
montante de problemas que possam se apresentar contra os quais
podemos ser impotentes, como um tipo de comportamento exacerbado de
um parente ou um comportamento de um grupo contra o qual nada
podemos fazer para mudar, a não ser apenas agindo com a serenidade
necessária para se evitar conflitos de qualquer ordem. Essa
serenidade nos aproxima da coragem em assumirmos os nossos próprios
erros, mesmo perante um indivíduo que não se aplica na mesma
funcionalidade cabal do relacionamento humano.
Perante a vida
possuímos muitos contratempos, e a luta pela ganância pode ser
detectada em qualquer classe social, em qualquer escala e mesmo em
questões familiares. Não será através de serviços falsos e
esporádicos que identificaremos a generosidade, mas muitas vezes uma
incoerência e a bondade de fachada. Podemos até colocar uma questão
exógena para erros de outrem, mas para a pronta reabilitação de
nossos ferimentos psíquicos precisamos ao menos da compreensão
humana, como uma importância capital para termos nossos avanços
espirituais nessa jornada de veredas longas e pensamentos mais puros.
A questão que não nos aparte dessa premissa algo básica é
assertiva que demanda um progresso real e a aproximação necessária
dos fatos. A fúria em que alguns se colocam nestas demandas é
justamente a razão capital de se orientar o incivilizado urbano no
sentido de culpá-lo quando este retorna falsas questões em
detrimento do prejuízo a aqueles que são vulneráveis e necessitam
de maior atenção.
Em síntese, o que se pensa ser necessário
em termos de recuperação de um adicto é justamente a palavra ação…
Essa ação vem com o necessário enfrentamento de nosso próprio
orgulho e a compreensão nada relativa, mas obviamente muito reativa
com a interface sistêmica em que se apresenta a realidade. Muitas
idiossincrasias de outrem nós não podemos mudar, mas quando temos
que estar em consonância e harmonia algum inconsistente
comportamento pode resultar em um tipo de atitude dissonante, e isso
muitas vezes leva a termos toda uma conquista no território do bom
senso. Atinar com essas dissonâncias nos parece o melhor que temos a
conseguir, para obter do próximo e daqueles que nos distam mais uma
referência de que tentamos fazer o melhor para não compactuar nas
ofensas do ofensor, mesmo que destes finalmente tenhamos que reservar
maiores espaços para a convivência, seja em relação aos
indivíduos ou entre estados e nações!
sábado, 25 de setembro de 2021
VEREDAS DA ESPERANÇA
Vai-se o tempo de uma questão gigante que é a
razão
Que muitas vezes impulsiona assuntos abstratos
Entre
outras no fechamento de nossas propostas!
Alta é a
engenharia do coração
Posto recriarmos permanentemente
Alguns
objetivos que são cronificados
Mas que – em progressos –
estão on line
No coração da tecnologia
E sua democracia
presente sempre,
Mesmo que haja atalhos nefastos na rede
Ou que surjam
hipócritas de ocasião…
Vestimos as provas dos
noves
Quando requeremos mais justiça na Terra
E esse
codinome ausente das flores
Tange manadas inteiras de seres
bípedes.
O centro do furacão é mais calmo e
sereno
Quando caminha com seus ventos ao redor
Das tíbias
almas que perscrutam a voz do senhor
Quando este caminha em
busca apenas
De uma reciprocidade de respeito
Na verdade
nua e crua do realismo utópico.
Essa dimensão da
realidade de sistemas
Que se integram em platôs e
demandas
Naquilo que esperamos sem tirar nem por
Quanto de
pensarmos em equações mais complexas.
O respeito não é
uma ferramenta da indecência
E nem um remédio universal, mas
pode jactar-se
Por ser a arma dos sábios, o farnel da coragem
E
a dimensão de uma vida transparente!
A esperança não
espera o pior: retém a água
De um baixo manancial quando
percebemos que Deus
Age com a Natureza, e está profundamente
ferida.
Quem dera o vate pudesse vaticinar
Pela voz
de um singelo homem
Ou no carinho translúcido de uma mulher
Que
o que se diz dos óbices
Seja apenas o fiel da medalha de um
caráter
Puro em si e na própria semântica
Em que um
torno surge para educar o peão
Da necessidade premente de se
criar o emprego.
Destarte, descobrimos novas fontes para
um jogo
Onde, três vezes o número dois, verte a vida em seis
fases…
terça-feira, 21 de setembro de 2021
O PARECER DAS FRENTES
Digamos que a frente se transcorre como uma faixa
de mar – justo – desde que nos coloquemos na posição correlata.
Quase um infinito, quando pensamos na abertura tíbia de uma baía ao
mar alto, e de costa em costa podemos quase descrever um oceano
quando entramos finalmente mar a dentro. Dessa espiral imaginária
das águas não há muito o que pensar quando a embarcação é
gigantesca, mas se Noé fosse hoje passaria trabalho com as madeiras
e os tsunamis. Descobrir-se-iam números quase absurdos de casais de
espécies, e muitos espécimes inférteis, ou carregamentos infinitos
de insetos e bactérias… A frente do barco se reuniria a uma
fragata, no mínimo, esquadrinhando caminhos e enfeixando turnos e
turnos mais do que se possa, em tempos tão irrisórios como na
atualidade. Seriam pareceres às frentes, adiante, seguindo rumos,
tentando alocar em terra firme a recriação da Natureza, mas os
dilúvios, infelizmente não possuem mais Noés. Talvez noel e seu
papel de papai seja mais natural, mas sabemos – felizmente – de
sua ficção. Por mais que relembremos diversas crenças encontramos
algo, ao menos que seja, um Poder Superior. Se esse poder assume uma
sobriedade sem tamanho, não pereceremos na altura em que ele se
edifica, pois seguimos qual jônico proceder. Qual colunata imensa,
em que todos tem o seu lugar, igualmente, no amém de nossos direitos
de participação! Essa mesma participação que engloba muitas e
muitas frentes, que edifica, constrói e emancipa um Poder que possa
quiçá também ser Bíblico, ou Xamânico igualmente, sem tirar nem
por e – pela participação da poesia – quiçá igualmente de
Krsna. As frentes todas, o que não nos tirem, o dinheiro que no
futuro existirá para as camadas mais pobres, uma justiça social
requerida, ou seja, um mundo de terceiro mundismo mais feliz, posto
alheio dessa condição de rótulo em que nos colocam como um muro em
nossa frente. Altamente transponível, no entanto, transportável em
contêineres de esperança, posto que se cite, sem falsas atitudes ou
o arremedo de algum sentimento infalível e, no entanto, fadado a ser
um lugar onde até mesmo Noé ou noel dariam seus presentes para a
humanidade, não importando as frentes ou as gradações da
compatibilidade nada efêmera da sensatez.
Falta-nos dizer das
palavras dignas que não hão de fazer frente aos movimentos que
regridem nossos processos existenciais. Posto, tudo que há no
planeta em que movemos nossos corpos, ou aonde movemos ou utilizamos
nossos maquinários, há de não ser apenas uma promessa de regressão
do atraso, mas da compreensão em democratizar todas as frentes
possíveis dentro da proposta da participação desse imenso oceano
que imediatamente circunda ilhas e mais ilhas. Não haveria razão
primeira além dessas assertivas da união necessária entre os
polos: Ocidente e Oriente, sem o qual só se trata de diásporas e
questões refratárias entre povos que deveriam se irmanar, e não
partir para o complexo sistemas da eterna vontade de poder. O que se
clama é chegarem a visitar-nos boas relações de vizinhança,
países amigos, ou Estados soberanos. Não se pode, por questões de
retoque ou de maquilagens, obstar aqueles que são de bom caráter e
que nos admirem por estarmos claudicando por vezes, em uma Pátria
que não verga, e que demanda cada vez mais a compreensão e
preservação tripartite. Apenas assim chegaremos a algum lugar,
posto a demanda da maldade não nos levar ao nada versus nada. Assim,
no bom inglês, deve-se anular qualquer prejudice,
intolerance, e se montar a culpa onde ela deva se erguer,
mesmo que a ofensa, em tempos como o nosso, seja tão sutil a ponto
do desastre à desesperança…
Devemos temer criar frentes
consoantes à truculência, ao pensamento criminoso, às notícias
falaciosas, à parcialidade cega, à desobediência civil infundada,
ao assassínio em massa, ou ao simples pensamento nocivo a si e aos
outros, quando vibra no canal da intolerância de gênero, etnia, ou
coisas similares. Se uma nação prega os direitos humanos não vá
jogar pedras no vizinho, se ela mesma possui um telhado de vidro, e
que não se negue a ajuda às populações mais pobres, se é isso
que se pretende ao menos: governar para todos! Não se nega a ajuda
do estado em relação às categorias que precisam de ajuda, como não
se nega a participação do povo nas coisas relativas à
administração pública. Não se desmonta um mundo em razão de
tecnologia ou coisas e gigantismos similares quaisquer. O absolutismo
já não pertence ao processo civilizatório contemporâneo, e não
vamos capitanear o desastre, posto essas ordens de escravagismo
acentuadas e crescentes não estão fadadas ao sucesso, pois o
despertar da humanidade se dará quando menos se espera!
domingo, 19 de setembro de 2021
DIAS QUE PASSAM
A
sobriedade de nossos pensares
Remonta um século que há na
vida
Quando a solução possa ser dura
Mas que, na verdade,
é apenas sóbria…
Nas vertentes de uma poesia
íntegra
Sejamos limpos no proceder
Quanto de uma esfera de
um simples
Passa ser o quadro reflexo da ilusão.
Nos
esperem os cantos alcatifados,
Nos esperem os lados da
moeda,
Que se jactam de serem mais fortes
Do que aquilo que
não se lembram mais.
Em uma verdade reativa e perene
Os
mundos giram em uma única órbita
A quanto de se dizer da
função escusa
Em uma verve que não diz mais nada!
Essa
ausência temporária é um fato
Que nos remeta a uma
realidade
Onde o remédio talvez tenha um sentido
Maior do
que sua ingestão pura e simples…
Esses remediares que
salvam no albor
De medicinas escorreitas, há que saber
Que
curam a própria loucura
E ensinam ao não se intoxicar mais.
A
psiquiatria remonta histórias
Da luta humana ao estigma
presente
Naqueles que sofrem padecendo
De uma quase
corrente que os verte ao nada.
Esse nada pode ser um
princípio de cura
Quando revisitada é a questão da saúde
Em
que, paulatinamente, a consciência
Volte a aflorar muito mais
fortalecida!
Passando ao grande prisma da compreensão
A
poesia volta mais forte, intocada
Por quaisquer sistemas de
latitudes incertas
Quando se perceba nela – justo – a
sobriedade.
E, quando menos se espera, subentende-se
Uma
economia onde a lição da vida
Se torna necessária e
premente
Ao menos para se compreender o numeral.
quarta-feira, 15 de setembro de 2021
O EMPREENDIMENTO HUMANO
Tantas são as palavras de caráter quase
emergencial
Que, ao empreendermos o universo da poética,
Não
nos esqueçamos de uma trilogia das forças criativas
Que são a
serenidade espiritual, a tolerância com os erros
E a profícua
peculiaridade da vertente inumerável do calor humano!
Um
nobre sentimento em toda a sua amplitude,
Uma faixa que não
encubra os sentimentos
Quando – por merecimento – por vezes
não nos cause
A decepção tamanha de nossos passíveis
erros
Nas questões mais lógicas do bem portar-se.
Essas
questões que trazem inquietudes em nossas vidas
Porquanto rezam
um louvor à existência,
Denotam o paradigma que nos traz a
sobriedade
Como fator inerente às coisas que acaloram nossos
colos
De forma tal ao que se sinta aflorar a
sinceridade!
Empreender humanismo às gentes seja ao menos
um ato
Da compreensão de resiliência que atravesse um fato ou
outro
Mesmo quando confundimos o flamular de uma bandeira com
passos na rua
Porquanto que se saiba que na verdade seu
proprietário não seja sempre
O dono de suas lindas cores, o
que ocorre com a mais variada presença…
Quiçá
soubéssemos que as bandeiras são como recortes e flâmulas,
São
luzes que se ouvem, são estrelas a mais agregadas, são por
vezes
Algo tontas quando o vento as sacode, e mais trigueiras
quando
Descansam mais tempo fora dos mastros que as libertam
De
seu cansaço em estranho diálogo: estrondoso, crepitante!
Desse
porém de uma batalha de 24 horas na sobriedade
Vem um sentir
solene, solerte e nada insosso
Quando realocamos nossos
calcanhares firmes em nossa vereda
E pensamos nada saber mesmo
quando sabemos ser limitante
O mesmo irmão que deixamos cair
embriagado sobre a avenida.
Resta saber de nossa caminhada
ao longo das mesmas contendas
Em que por vezes inocentemente
caímos de chofre
Quando – ao menor sinal de descontentamento
– vemos mais uma luz
Em um túnel soberbamente longo, posta
ser apenas uma luz lateral
Que nos dá o apoio necessário a que
pensemos ser uma luz real.
Não, que o túnel na noite é
escuro como as escamas do tatu de metal
Que quando o constrói
relega as coisas no contentamento
De mais empreitadas regidas a
um vinho avinagrado
Ou uma cachaça de plástico que não nos
nega o fogo
Mas renega a lucidez de estarmos com a coragem a
tiracolos.
Medram alguns medos que não são palpáveis,
medram pedras no caminho
Que não parecem totalmente enlutadas
pela razão, mas que retiram do chumbo
Um farto material de
inibições correntes e que caminha por disparos
De alcances
relativos, mas com a proficiência dronática
Em que o
neologismo sirva para sabermos lidar com o poder…
Mas
que os grandes ou colossais empreendimentos humanos
São tão
grandes ou tão pequenos que a sua distância é quase
oceânica
Quanto a saber que na verdade o oceânico é
volumétrico
E não uma mera gradação de régua, ou
dimensionamento bidimensional
Como na técnica de uma mensuração
de um gráfico corrente e institucionalizado.
Nessa escala
da incompreensão de medições equivocadas pertençamos
À
estabilização de moedas que não nos confrontem com outras muito
fortes
Em que a fragilização da economia se reflete na
obsolescência de recursos
Que deveriam ser aproveitados em
lugares comuns mais arejados
E que, por mais que desejemos, não
requisitamos meios para tanto!
domingo, 12 de setembro de 2021
O SERVIÇO EM DEVOÇÃO
Em uma boa e coerente plataforma espiritual
acontece um fenômeno que permite, na prática, o trabalho
irmanado com a devoção, sem ausentar o diálogo entre objetos
físicos e o animismo da função criativa, mesmo que o trabalho seja
o mero componente do martelo da obra, ou a proficiência da
engenharia, ou mesmo a dedicação da medicina… Mas aqui se refere
a questão dos trabalhos onde as necessidades fundamentais não são
atendidas, com ganhos não correspondentes ao esforço e a
concentração de renda agigantada nas mãos de homens cuja vida não
corresponde a uma imagem da realidade que cambiasse a caminhos
outros.
Parece-nos que a vertente da religiosidade requer a
disciplina da lembrança, como um transe onde se plasma a matéria
pensando com o foco no espírito. Isso em sânscrito se chama
Samadhi. Esse modo contemplativo dentro do escopo da memória,
para aqueles que não a possuam mais razoavelmente consertemos com o
santo nome: Krsna, apenas isso, lembrar desse nome e pronto. Pode-se
pensar no maha mantra sempre, sabendo sempre que uma vida em
sacrifício é um tipo de luta conosco mesmos para que a situação
material melhore, e isso também é um busca em devoção, quando o
propósito remonte a justiça social como goal (em bom inglês)
ou simplesmente: meta. O diálogo citado acima compreende que, mesmo
que uma vida sacrificada seja injusta, partir para a criminalidade
pode tornar a vida muito pior, na questão da ordem merecidamente
àqueles que são honestos. Essa é uma das razões transformadoras
da realidade de nossos irmãos de pátria, e só assim realmente que
as coisas mudam. No entanto, sufocar o trabalho com arrochos
salariais de toda a ordem, e que isso faça os homens seguirem se
aproximando da mentira e da farsa, esse continente quase abstrato, mas que
compreende uma face apenas significa a dissenção dos valores corrompidos.
terça-feira, 7 de setembro de 2021
A LÓGICA DAS INTEMPÉRIES
Cedo é o tempo de uma
catástrofe
Quando inibimos o próprio rumor
De termos
afogado de furores as nossas casas
Com as possibilidades do
naufrágio…
Tarde é o tempo que não queremos
Nos
alicerces de nossa pouca compreensão
A saber, que nunca
esqueceremos um perfil
De gentes da parafernália da maldade
Que
transudam ódios pelos poros.
Em uma verdade recorrente
É
escorreito o modo de se sentir
Aplainado na consciência
Daquilo
que sequer sabemos
Na luta e lida diárias de como
proceder.
Uma pílula ao menos seja um conforto
Que
nos carregue a certa normalidade
Ao que nos ensine a medicina
das alturas
Nas correntezas de uma hecatombe quase merecida!
No
selvático merecimento de uma ocasião
Verteremos as verdades em
panos quentes
Que nos auxiliem nas dores e concussões
Que
porventura perdemos pelos rincões das ruas.
Em uma pátria
resfolegante, os erros não são nossos
E, no entanto,
claudicamos com os nossos óbices
Que vertemos na não ação do
nada, no nada a se dizer
Nem quando compactuamos com o não
diálogo.
Nos inumeráveis dias de nossas existências
Não
podemos pactuar com uma existência falsificada
Dentro de um
parâmetro sutil e encomendado
Com o que não percebemos sequer
nos mundos sutis..
E,
quando o cabo do teclado começa a fraquejar
E temos, por um
enquanto, a guardar a força técnica
Vemos a própria vertente
de alguns recursos
Como a última alternativa lógica de um
feriadão.
Com a companhia de um Rock, vertemos a
viagem
De uma modalidade algo lúcida de boa música
Relembrando
que já fomos algo rebeldes
E que agora, perto da velhice, nos
resta um certo descanso.
Mas muitos anos nos esperam na
vanguarda
E outros pivetes nos acobertam na retaguarda
Quando,
plenos flancos nos acobertam nas esquinas
De nossos passos
ligeiros pelos amanheceres das ruas.
E, quando isso
acontece, acontecem vários pressupostos
Naquilo de se
diferenciar medidas parecidas com outras
Peremptórias na flauta
de Tull, nas paradas militares
Que – se não houveram – fora
apenas a manifestação
Das modalidades dos canhões que fizeram
uma festa!
Nos albores da democracia subsistimos
sempre
Apesar de alguns agentes suspeitos
Tentarem realocar
as mentes arejadas para um outro lado...
Que
não pertencem ao pertencido, loucos por uma chuva
Que não
chega em boa hora, posto dissolve a multidão.
E, posto
que o cabo do meu teclado não alcance o significado
Passo o
sapato onde não devo, e declaro finalmente que a intempérie
Dos
nossos tempos pode significar
Um clarividente termo em que a
tecnologia se torna complexa!
sábado, 4 de setembro de 2021
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
MELHOR DO QUE A ENCOMENDA
Um patriarcado fecha as fronteiras da
libertação
E outro, matriarcado liberta as sanhas das
Dianas…
Um meio termo nas ilhargas de um potro
Falaria
melhor ao tempo eterno que não urge
Porquanto apenas sedimentos
de amálgamas rubros
Na ciência que não cansa, no caibro que
não quebra!
Imensa região, grande o território,
universo das plagas
Endurecem um ser que não sabe afirmar o
sonho das lagoas
Tão fluidas como seu líquido de ternuras da
terra
Que os peixes e as serpentes entontecem no seu
bem-estar…
Como a selva de nossos sentimentos, rígida
em seu madeiro
E suave nas suas folhas, nos insetos
multicoloridos
E, nas bordas, uma intempérie de lembranças
Que
verte no coração de uma formiga o caminhar renitente.
Nesse
mesmo coração de colonização de um formigueiro
Frente à
plataforma do coletivo, frente a uma inserção imagética
Do
que representa a força da Natureza quando colocamos em xeque
A
existência mesma do homem, sequer comparado ao salto do
gafanhoto.
Tanta é a musculatura indelével de uma
pantera
Que o sonho de ultrapassarmos as fronteiras do
inconcebível
Nos revela a
fragilidade humana que perpassa uma sequer onda.
Tantas
são as encarnações do Supremo Senhor Krsna
Como as
incontáveis ondas nos oceanos, que uma já basta
Para salvar os
Universos manifestos e imanifestos:
Aqueles existentes na
perspiração de Deus
E trilhões de outros ainda não
criados!!
Se há um ser que cria, se há um tipo de
Gênese, convenhamos,
Nada se compara a criação última e
primeira, ao que temos
Ou aquilo que sequer a raça humana
imaginaria com seus sentidos
Que são imperfeitos frente a
magnificência do Altíssimo
Que, no entanto, ainda mantém os
inferiores Patalalokas.
Nesse caudal de místicas
fronteiras, vemos a ciência da auto-realização
Como algo
totalmente inevitável àqueles que viram a verdade
Manifesta em
todos os seres, nos átomos e nas rochas
Pois, em cada grão de
areia do mundo e das Terras outras
Reside o conhecimento que o
mahamantra deduz sabermos
De uma amplidão tamanha que nossos
sentidos
Jamais saberão discernir em sua totalidade,
Posto
nos Puranas Imaculados temos estudo pela frente
Onde nem todos
os Shastras do mundo revelam todos
Os segredos daquilo que é
inconcebível
Mesmo aos grandes Semideuses dos planetas
celestiais!!!