domingo, 4 de julho de 2021

UMA POESIA INFUNDADA


Sequer será uma poesia infundada quanto menos espera dos acertos
Ou dos erros eventuais que possam acometer algum discurso,
Mesmo que este esteja acometido dos piores óbices
Que reiterem a mesma plataforma dos excluídos.

Não, que não nos requeiram uma frase maior
Além daquelas que requeiramos no convívio
Algo silencioso nas plataformas do sentir
Ao que – convenhamos – não será um acordo
O que esperamos dos façanhudos de litígios…

Estes todos os homens e suas consortes
Que nublam a visão equiparante na vez
E na voz de um ente maior que seja o tom
Mas que na vinha de um mesmo acorde
Não nos ressintamos do viés da poesia!

As vezes de nenhum descarte que seja a vez
De nada o que acrescentar na palavra proferida
Que, na verdade, consola o litigado de viés profundo
Sem sabermos exatamente onde depositar a esperança!

Ao sabermos o que vamos encontrar na veia poética
Não se funda uma estrutura maior do que a simples compreensão
Naquilo que esperamos faça-nos sentido ao menos
Do que uma fundação equivocada, onde caibros não encontrem função.

Datiloscópica é a função de todas as equações ligeiras,
Quando, por motivação algo de manias equivocadas
As sociedades vergam seus ferros e seu concreto
Em estranhas tensões onde a latitude dos sentidos vibra.

Na mensuração de uma plataforma de um ideário
Pode ser que se entenda melhor o ser de cada qual
Quanto o ser de um ser coletivo, a se perceber,
Encaminha um significado em uma própria semântica.

De uma poesia sem fundamento muito cabal
Se extrai um novelo difícil de resolver
Mas que, em cada linha da dissolução
Encontra-se a métrica e o rumo certo para a solução
De um enigma de certa forma dogmático
Mas que aponta para um ermo necessário
Onde a nossa solidão se encontra com nossa razão!


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