quinta-feira, 8 de julho de 2021

PEQUENA HISTÓRIA FRANCHADA

 

           Uma história qualquer merece um destaque que não se reverta em falsa especulação, ou uma simples artimanha imaginativa, como vemos em produções de entretenimento por vezes gigantescas. Por enquanto não se sabe ao menos em que proporção esses fatores nos alteram, como se sabe – sim – que um concerto de música erudita merece um respeito maior por não ser imaginativo, porém conclusivo, pois recebe da história uma peça musical obra de um músico que sabe a sintaxe, por vezes como quase ninguém, da música e suas nuances extraordinárias!
            Seria bom se soubéssemos dos registros em toda a sua particularidade, seu modo, sua personalidade, coisa que – em toda sua extensão – revela à civilização as marcas de fatos incontestáveis dentro da única Verdade necessária e evidenciada pelas circunstâncias. Essa Verdade excessivamente pragmática, de teoria redonda e exata, disto que precisamos para viver dentro do escopo de dificuldades por vezes grandes por demais. Como quando abandonamos um hábito crucial, de décadas ou de quase toda a vida: não salutar como sempre devemos ter, mas que, quando dispensado causa diversos óbices em nossas existências, como uma aparente suspensão de nossos direitos, estes que a Constituição nos traz já escritos desde 1988… Pois sim, uma constituição do Brasil, nossos próprios processos civilizatórios, nem que para tornar a nossa vida mais sólida não rompamos com os vergalhões de nossas colunas, já “suficientemente” oxidados em certas partes.
           Esta parte algo avariada são os erros de registro aparente que deixamos a serem esclarecidos em nossas vanguardas, em nossas retaguardas. Assim como o próprio registro do dia a dia de quem sofre com uma carestia internacional, mas não se importa pois está focado em algo que sublima problemas de certas ordens duras e complexas, a vida de todos os seres navega independentemente dessas carestias, de qualquer modo. Tentemos conhecer o “outro” como uma parte de nós mesmos, desde já, pois alguma partícula orgânica temos em comunhão com o todo, e essa parte pode ser o Espírito Santo, presente em todos os seres do planeta!
           É a partir de um instante que nos traz insights de nós mesmos, que fornecemos ao que vira vento na proa de uma embarcação o mar silencioso que atravessa os lugares mais remotos da imensidão e que redime um mau pensamento no sentido que perfaz culturalmente as regiões mais obtusas dos seres pensantes que somos, justo porque não temos a certeza de sermos superiores, de um tempo para cá. Posto estarmos envenenando de tal forma a Natureza que parece que nossos esforços em mantê-la coerentemente sempre vão bater de frente com as diretrizes e projetos de espoliação, exploração e destruição dos nossos patrimônios mais importantes, com a fauna e a flora do mundo: igualmente as águas e seus mananciais… Pensando sinceramente, dá a impressão de que as grandes potências mundiais estão mais preocupadas com a exploração de riquezas nos países do terceiro mundo do que preservar todo o “mundo”.
          Nesse viés, algo de corte transversal em nosso intelecto, estaremos a pensar que será melhor elucidar a Verdade supracitada do que pensarmos que tudo investe contra nós de modo a sentirmos as causas de um sofrimento, mas verazmente não nos apercebemos que muito do que sofremos vem da relação predatória que temos com a Natureza, e milhares são os homens que vivem e desfrutam de sua devastação: incontinente, inglória e egotista. A partir do momento em que formos realmente duros com relação a essa leviandade, passamos a agir de acordo com a vida. Será através de uma consciência majorada que estabelecemos padrões melhores de aceitação de um resgate de todos os nossos patrimônios, sejam eles naturais ou históricos, já que estamos ingressando no novo milênio.


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