Quem dera sufocar vozes que se altercam com o
infinito,
Quem dera calar a voz da poesia que por vezes tira um
tempo
Para amadurecer mais e mais na folha branca do leito
digital
A um porém de recrudescer quaisquer reprimendas
ocas
Naquilo que jamais será dogmático a ponto de defender
doutrinas!
Emborca-se um vaso de antúrios negros, na
terra de antemão
Que se revela uma tinta pétrea, revela-se uma
contramão
Na tessitura dos velcros que empunham certas
armas
Como a caneta, o pincel e as letras…
A poesia
não morre, fica em um estagnar-se
Em águas mornas e férteis
de húmus
Como em caudalosos rios, e o que antes era a
ausência
Não reduz e nem reitera, e se antes houvera morto o
poeta
Este ressurge com mais força nos vaticínios das
esferas.
Olhamos para frente e vemos pedras tais
Que
nem tudo onde olhamos é frontal
Reduz-se o tempo atemporal
Para
que sejamos mais e mais formas concretas.
Do que se pede a
alguém reptílico
Qual um lobo esfaimado que acredita ser uma
jaula
Onde um escritor repousa sobre feridas
Não seria
mais do que a profusão dantes anunciada.
Exilados somos
de um consenso insípido
Onde o espaço não mostra mais tanta
vitalidade
Onde – quaisquer que sejam os homens –
Referem
a certo Deus que não nega a exclusão.
Esses deuses de
gravata e neons, essa parafernália
Sem um sentido divino, essas
pessoas rotundas
E brancas como um leite sem proteínas.
Dita
a noite a sua própria trama, convém ao dia
Ser mais um nas
contendas de um grande conflito
Onde o desrespeito a certos
cânones anunciados
Apenas faz iluminar as ordens
Franciscanas!
De monges seremos mais e mais monges
Quais
dos claustros observaremos mais escrituras
Que nos revelam do
Vaticano em pontífice
De um pontificar mais nobre do que um
crente
Que, em sua credulidade acaba por esquecer de
Pedro.
Pétrea luz verte dos inocentes de espírito
Quando
se encontra com a Verdade dita e feita
Não no afã de se
conseguir ignorar as religiões.
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