sábado, 31 de julho de 2021
TRAMAS DO DESTINO
Quem dera sufocar vozes que se altercam com o
infinito,
Quem dera calar a voz da poesia que por vezes tira um
tempo
Para amadurecer mais e mais na folha branca do leito
digital
A um porém de recrudescer quaisquer reprimendas
ocas
Naquilo que jamais será dogmático a ponto de defender
doutrinas!
Emborca-se um vaso de antúrios negros, na
terra de antemão
Que se revela uma tinta pétrea, revela-se uma
contramão
Na tessitura dos velcros que empunham certas
armas
Como a caneta, o pincel e as letras…
A poesia
não morre, fica em um estagnar-se
Em águas mornas e férteis
de húmus
Como em caudalosos rios, e o que antes era a
ausência
Não reduz e nem reitera, e se antes houvera morto o
poeta
Este ressurge com mais força nos vaticínios das
esferas.
Olhamos para frente e vemos pedras tais
Que
nem tudo onde olhamos é frontal
Reduz-se o tempo atemporal
Para
que sejamos mais e mais formas concretas.
Do que se pede a
alguém reptílico
Qual um lobo esfaimado que acredita ser uma
jaula
Onde um escritor repousa sobre feridas
Não seria
mais do que a profusão dantes anunciada.
Exilados somos
de um consenso insípido
Onde o espaço não mostra mais tanta
vitalidade
Onde – quaisquer que sejam os homens –
Referem
a certo Deus que não nega a exclusão.
Esses deuses de
gravata e neons, essa parafernália
Sem um sentido divino, essas
pessoas rotundas
E brancas como um leite sem proteínas.
Dita
a noite a sua própria trama, convém ao dia
Ser mais um nas
contendas de um grande conflito
Onde o desrespeito a certos
cânones anunciados
Apenas faz iluminar as ordens
Franciscanas!
De monges seremos mais e mais monges
Quais
dos claustros observaremos mais escrituras
Que nos revelam do
Vaticano em pontífice
De um pontificar mais nobre do que um
crente
Que, em sua credulidade acaba por esquecer de
Pedro.
Pétrea luz verte dos inocentes de espírito
Quando
se encontra com a Verdade dita e feita
Não no afã de se
conseguir ignorar as religiões.
sexta-feira, 23 de julho de 2021
A VERTENTE DOS ALIENADOS
Posto havermos de saber que muitas
vezes a enfermidade qualquer de um ser
Deixa, quando humano
aquele, porventura a nescidade de outros
Que se jactam por serem
sãos na particular atitude de um alienado…
E, por vezes,
a normalidade de um outro revela-se genial em se supondo
Que
saiba a conexão direta com o planeta, mesmo se tal paciente é
medicado
Com remédios que o tornam mais lento, ou com a
esperança que o enobrece!
Gigantes são os nobres de
caráter que, mesmo investidos de algum poder
Restam
em sua humildade a tergiversação reiterada do próprio caráter.
As
pessoas possuem coisas que aparentemente não reiteram óbices,
Desde
que um astronauta diletante vá ao espaço e, somenos de
importância
Acabam por claudicar o pensamento de que não
existe mais boa vida na Terra.
Por certa feita, nosso
globo não tem fim em sua esfericidade
Assim como em um bom
programa de computação gráfica
Podemos criar uma esfera de
diâmetro de um mícron
Onde uma personagem viaje ad eternum
por ela
Na velocidade de 0,000003 nanos por hora.
Se
isso é factível ou não, resta saber que na matemática
Torna-se
possível medir o tamanho da atma, ou alma,
Em uma
dimensão vetorial e escalar muito menor
Que a ponta de um fio
de cabelo, conforme explicitado no Gita.
Tudo isso pode
ser explicado pelo universo da Física
Pela amplitude da
matemática e pelo conceito do tempo!
E alguns acharão
tudo isso uma especulação sem tamanho mas,
Quando o ser é um
vírus o paradoxo acontece, e a negação
Daquele vem a ser a
contenda de um pequeno proto ser
Contra a empáfia daqueles
patifes que pensam estar no controle…
E, à menor linha
de um chiste a respeito de magnífica ciência
Os alienados
acabam por saber que – ao terem condições para isso –
Quando
necessitam de um bom hospital creem acreditar finalmente
Na
ciência ampla de um espectro gigantesco como é a medicina.
quinta-feira, 22 de julho de 2021
quarta-feira, 21 de julho de 2021
UM MUNDO E SEUS SEGREDOS
Este mundo em que vivemos parece-nos por vezes desafiante… Por exemplo: se temos ou somos o espírito, ou se a matéria cabe em si na dialética ou no frasal corriqueiro. Quais sejam, a se pensar nos artifícios dos homens, a matemática, a física ou as biológicas, disciplinas que fazem parte do nosso arcabouço em que estimamos conhecer cada vez mais, pois a ciência é matéria do infinito! A política por um acaso tece linhas tênues como uma teia, justo ser sensível e ao mesmo tempo bruta, visto ser quase nunca inocência e quase sempre a malícia, no desenvolver-se pela anti lógica por vezes e por outras uma farsa dessa mesma ciência.
Agora,
quando temos pela frente os mistérios de uma religião, ou mesmo a
vida em outros seres, o comunismo espiritual aclara nossos
questionamentos, posto será neste mesmo mundo que se dissipam as
dúvidas, baseando-nos em escrituras reveladas, em que todos os seres
do planeta tenham os mesmos direitos a habitá-lo. Esse passa a não
ser mais um questionamento e de modo algum deva ser levado a qualquer
debate, pois já é condição sine qua non para que nos
entendamos em nossa existência e na participação de outros seres
em nossa vida, visto que por enquanto não possuímos ainda essa
qualificação, posto termos matado tantos bois, entre outros
animais, quando saciamos nossos desejos da carne. Não precisamos
disso, haja vista nos grãos e nos legumes e folhas podemos encontrar
a totalidade de suprir nossa fome de maneira não violenta… Em
virtude de certas condições humanas por vezes continuamos a
consumir os produtos de origem animal, mas a Índia revela ser a
pátria da espiritualidade por suprimir esse consumo por ordem
religiosa, nada mais do que isso. Esse é um segredo revelado a quem
quiser ver a Verdade sobremaneira fática e derradeira sobre um bem
portar-se e um bom proceder.
Outros segredos podem ser
enumerados sem a religião, como a filosofia, os sonhos e ideais, a
ideologia, o livre pensar, a dicotomia, a expressão da arte,
encabeçadas todas essas questões pela Democracia e um socialismo
livre de amarras, não apenas em sua estrutura como em sua
hierarquia. Esse ponto de vista deve ser soberano, não apenas na
ausência de entraves burocráticos como na reparação dos erros sob
o ponto de vista errático, sob o perfil mal trabalhado. Os homens
devem se apresentar, revelando ao que vêm e para onde estão indo,
como em uma serra nos apresentamos com nossos motores, naquilo de se
pensar de onde viemos e para onde seguimos. Redundante seríamos a
responder a uma máxima que todos os que têm problemas maiores em
suas vidas não saibam responder a que vêm e para onde vão… Essas
são nossas perguntas capitais, e nessas vezes não obtemos total
resposta, mas revelamos uma fé imorredoura quando sabemos das coisas
espirituais. O espírito sobrevive, é eterno, coadjuvante de nossos
intrincados dias, não se dobra, não se corta, não se queima, é
imutável e presente como entidade viva no coração do devoto. Esse
é o segredo essencial, de fato, tudo o que imaginamos em uma esfera
que determina nosso pensar. Voltando a falar do espírito, este é o
nosso norte, é a confecção máxima da própria matéria, o
ensolarado refúgio da bem-aventurança...
terça-feira, 20 de julho de 2021
A EMENDA E O ENCAIXE
Emendamos o encaixe de nossas próprias
peças
Quando o que queremos é subtrair diferenças
Neste
moto-contínuo sem tirar nem por
Na vital querência dos saberes
em andamento!
O encaixe resta, inteligente, macho e fêmea
dos dizeres
Qual peça que não falha, qual dito que não queremos
Mas que
na emenda nos dite a regra do se fechar
A peça que queremos
ver completa, a mais, fechada…
Uma via a mais: solapada
no distanciamento,
Regrada a mais não poder, distanciada no em
si e por si,
Regulada no entroncamento das cauções
indeléveis
Revela um não encaixe, uma não protuberância da
peça.
A saber que convenhamos que as peças sejam
azeitadas
No furor da certidão premente, no que o próprio
teclado
Possa faltar emperrando as teclas, obscurecendo a
forma
De uma poesia que se pretende ainda forte e
sinérgica…
De se fazer emergir das teclas um ditado nu
e cru
Emergirão outras palavras ressoando como planos
Dentro
de renitentes palácios, como fronteiras inóspitas
Onde
guarnecemos de furor os nossos vaticínios.
A saber que
quando cremos em nossa situação
Soletraremos as sílabas de
nossos sonhos ao relento
No imaginar sereno de nossas vezes sem
faltas
Ou no refulgir maravilhoso de nossos pensamentos.
Ao
pensar em um átimo de segundo,
Ao desatar um nó que seja, no
descompasso,
Veremos um mundo se encaixar solene
Quando
somos aqueles que fazem falta!
domingo, 18 de julho de 2021
PALAVRAS CRUZADAS
Uma palavra que seja longilínea ou forte o
suficiente
Quem dera, fosse o amálgama adstringente que repara
o erro
Quando de tal estanca sangramentos qual pedra hume
No
ato de fazer a barba, no descuido generoso da lâmina!
Não,
que não se saiba como se ferir, como em uma batalha
O soldado
não possa ser levado a cabo na derrota de uma missão
Em que,
derrotados os oficiais, sobre um general no comando!
Nada
em que se fiar, pois isso é derradeiro pensamento
Dito no que
não se possa confiar, posto a linha de comando
Possa enaltecer
um verso e versejar uma estrofe…
Assim que se demande
tempo, o tempo que nos suceda
Gigantesco como o infinito,
redundante como a prática
De
sabermos lidar com o inóspito, de talharmos a veia
Como que não
nos suceda na prática forma de viver
O diamante que mantemos
escondido sob o olhar.
No platô da indiferença,
alcançamos as veias da soberba
Quando se aquilata a forma
continental de nossos dias
No propriamente de se consumar certas
atitudes
Quando, de certa forma, erigimos quase uma
montanha!
Em uma verdade concreta, a se dizer: A
Verdade
Reside no lombo de um cavalo a se dizer que
jamais
Poderá vencer a empáfia dos culpados
Quem diria, a
serem responsabilizados pela carestia.
O que vem do mundo
vem do escrete máximo
De um time que joga para ganhar na
justeza e na fidelidade
A um caráter exemplar que relembra a
força septuagenária
Ao longo de uma vida que investiu toda a
sua força na honestidade.
Nesse ínterim da dupla face da
moeda, reiteremos
Ao conforto de uma candidatura exemplar
Quando
requeiramos a presença dura e crua
Na expressão da força algo
capital…
Na esfera das ilusões perdidas devemos voltar
a ler Balzac!
sábado, 17 de julho de 2021
quarta-feira, 14 de julho de 2021
O LAÇO E O NÓ
Desmembramos verdades mal anunciadas em todos os seus vértices, qual um paradigma de conexões variadas onde não sabemos o que ata-nos como nós, e o que é o laço que nos engana, na mesma maneira dos antigos povos da humanidade. A mesma onda que encerra em sua arrebentação um amálgama que não retroceda com o tempo e vista de memórias a própria encomenda das estações e do clima! Isso, de qualquer modo a querência de sermos seres particulares: partículas no infinito… Afora isso é redundância termos nossas vozes sufocadas por outros amálgamas das circunstâncias. A questão não é o reducionismo nem a especiação como desculpa dos erros das humanidades. Tudo vai mais além do que isso, no que relembremos que as guerras abrem outras feridas e, na tentativa de uma paz liberal, vemos a Natureza ser maltratada como deve ter sido quase todo o tempo. A extração das riquezas segue uma cartilha voraz, com investimentos que compactuam com os lucros e a ganância. A partir desse ponto podemos partir de um pressuposto que não nos nuble a consciência, e façamos a coisa certa, como ferro, ouro ou qualquer mineral. E da extração vegetal tenhamos a atenção redobrada para fazer da selva um porto seguro de uma colheita inteligente e respeitosa à mesma Natureza supracitada. Nessa questão crucial estabelecer um idílio com os outros seres, sejam de quaisquer reinos, é de vital importância para não retrocedermos nos retoques necessários e profundamente úteis para que, em nossas rotinas, saibamos como nos portar frente a frente com obstáculos que impedem algumas nossas atitudes boas e afins.
Entrementes, resguardemos a nossa coragem para agir em consonância com a galhardia daqueles que se entontecem ao menor vestígio de uma lógica pura e simples na aquisição de algo que realmente nos relembre uma ponte que seja, uma ordem ordeira, uma paz essencial. Mesmo no signo da luta, a paz que recrudesce um bom controlo de uma questão de dormirmos um sono algo mais garantido, de uma vertente que nos mostre a Verdade em si e por si, nem que para isso, dentro da paz interior, tivermos que demonstrar toda a nossa luta por melhores caminhos, sem compulsoriamente termos que demonstrar mais coragem do que o estritamente cabal. Desconhecemos o mesmo limite de uma coragem que não nos abata no falso pensar, pois o arrimo de uma estreiteza de pensamento não significa que estamos aptos ou convenientemente sitos em uma segurança ou confiança exemplar. Nesse simples requisito nos vem à memória o demorado parecer em que a justiça nos conceda a glória da imparcialidade, ou que nos venham as memórias da hora em que esperamos a mesma e justa glória.
A partir do momento
em que esperamos os sinais da boa conduta, podemos quitar com a
responsabilidade de outras partes, no que se diz, do bem portar-se. É
isso que nos torna importantes, à revelia de qualquer mal estar de
outras partes, no propósito de exemplarmente nos darmos bem com
todos os nossos pares, na vertente de que nem um nó assoberba o
nosso espírito e que nem um laço esteja no solo para fisgar
inocentes… Estaremos de rompante sem a soberba dos angustiados,
pois não pode ser através desse sentimento que podemos atravessar o
oceano material, pondo nossa fé à prova, nem que a sustentemos
durante todas as décadas difíceis de nossas vidas.
A cada
dificuldade parece que temos nós a desatar, e a cada empecilho, por
vezes o laço se nos prende, assim de se prever que nem tudo é fácil
na emancipação de um quebra-cabeça que nos mostre o lado das
respostas, e nem todo o dadinho joga na sorte, posto na vértebra
conjunta de um organismo sólido estão as nossas reservas e as
nossas forças.
Por essas razões estancamos a vazão de
nossos temperamentos e reiteramos a importância da boa lógica, pois
será através dessa assertiva que denominamos a própria palavra
ação! Sobre algum impasse que nos sobrescreva, temos uma premissa
incontestável que significa a própria luz do Sol, em seu
participativo modo de clareza e certeza assim como a Lua, em seus
laivos de grandeza a apontar na noite a imensidão das marés…
Assim posto a frequente mão do poeta deixa resvalar palavras
ou letras mal colocadas, mas a própria mão, em sua culpabilidade
conserta a frase e a deixa livre para qualquer interpretação, mesmo
que uma ou outra tragam inequívocas estações ou posições
duvidosas… Esse definitivamente é o território da arte, não
reverte nem reverbera o que é inequívoco.
segunda-feira, 12 de julho de 2021
O CENTRO E AS LATERAIS
Governe-se o paradigma de se encontrar no
centro
Um vai que toma um vai que dá, dependendo de lados
Algo
de paralelismos, uma frente sem frente, uma retaguarda
Bem mais
cansada do que os istmos de pedra que nos resguardam…
Uma vez alcançada a
graça de participarmos de articulações
Que vêm de um caudal
rumoroso e até um saber de ceticismos
Alcançaremos melhores
fatias de poder até que nos tragam os frutos.
A voz que
nos alcança septuagenária, será sempre uma voz...
Que voa mais alto do
que se reiterássemos um soletrar
Do que seriam outras vozes a
erradicar uma fagulha em uma pedra
Tal o risco do isqueiro
quando parte a acender o gás.
De tanto o fogo que nos
alimente no fogareiro, seja de gás ou álcool,
Mas que tenhamos
fogo este mesmo que aqueça e reverbere
O montante do alimento
que nos é por direito de merecimento!
Dessa veia e desse
combustível nos cresça o petróleo para todas as gentes
Que
sabem que a riqueza de uns poucos pode tornar a ser de muitos,
No
que baste a conclusão compulsória de sabermos onde reside
A
gigantesca fatia que pertence ao povo de uma nação.
A
faca que corta dos dois lados é de soberba ímpar
Posto do fio
de afiar seja sempre o viés e o contrapé
No que diste de uma
linguagem quase cotidiana
A sentirmos que o saber do fio é que
acumula…
Que não possamos saber do fio da meada,
Quando
sembramos o alfaiate de tesoura afiada
Nos vértices
silenciosos do quase nada
A saber, quando atalhamos algo que
este seja curto.
Se no princípio era um verbo, no
finalmente seremos predicados?
Não se pede seguidores
poéticos do juízo final
Nisto de pensarem que o apocalipse vem
em um corcel
Ou nas bandas de um inferninho que seja
claudicante
Antes de tonificar as veias de nossa mãe Terra.
A
terra nos suplanta tudo e todos, nos faz virar notívagos
Para
assistir o espetáculo das estrelas ou, sobremodo,
Enfeixar
vertentes lunares pelo simples quesito de ver mais luz!
Essa
luz que vem de Roma, vem de um anúncio de república,
Vem de
uma dimensão trilateral, de um acerto inequívoco
Ou de uma
mensuração onde os centristas levam o leme
Quando o que se
espera de uma embarcação é que ela leve
Ao destino nem que se
tenha que quebrar várias vezes a rota.
domingo, 11 de julho de 2021
A DIMENSÃO DA LINGUAGEM
O que comporta essa água represada, que verte por vezes seca, em outras, abrange áreas imensas, qual não seja: a comunicação? Uma página de outros tempos, um detalhe semântico, a complexa e simples paradoxal contextualização, a moda de se falar um nada de que comparado, a linguística que se perde na análise sem a crítica, no ferramental por vezes duro em que encontramos apenas o significado de uma questão mais importante e necessária que outras... Se a vertente é falarmos ou escutarmos, estaremos substituindo por vezes nas leituras da dimensão de um quadrado a letra que não diz tudo, ao que um neurologista recomendaria um quadrado livro que é mais amplo, pois não raras vezes abraça as vozes mesmas do tempo!
São os tempos de uma gramática que a possuímos, um dizer a outro de bons tempos idos, e que outros surjam para anunciar boas novidades, e que um otimismo floresça, pois não será através de um rancor algo sem superfície que dataremos a vida com farnéis de dramas anunciados. Não, porque o tragicômico já faz da sua mostra em revelar um magistral teatro de fantoches antes da apresentação final das marionetes. Nada está em jogo, pois tudo é um jogo, quiçá um jogo que quer subjugar ao sub judice...
Posta a linguagem das cores, a semântica delas, vemos por agora então, que o vejamos, um cidadão queniano com uma roupa colorida, enquanto um red neck veste o preto das suas malhas, talvez com um tom de cinza que reitera a moda sem Benetton. Vistam-se as cores do mundo, e que estas aconteçam, a bem dizer, que algumas já sofrem demasiado, e o que era branco, sem amálgama, hoje é negro, mulato e índio! E é mescla, não da brancura europeia, mas, mudando de assunto, até chegarmos no azul da ilha teremos percorrido o verde das colinas e montanhas: através de um asfalto quente, de uma caminhada em tipos e tipos de veredas, quiçá por barcos que costeiem a marinha maravilhosa, quem sabe ou saberia que dentro de um ônibus haverá poetas que amem o mar. Nesse caleidoscópio não houve qualquer cristal metafórico, mas apenas o intencional de dizer a riqueza que podemos fazer alçar voo para outros céus sob as asas da compreensão humana... Nesse panorama de cores variadas haveria em outros tempos, em uma praça, dentro de um estúdio, em um centro cultural ou museu, artistas em busca de uma linguagem que não fosse apenas a que aparece, mas algo intimista ao extremo, uma necessidade, um reflexo de suas impressões, a consubstanciação do plasmar a matéria concretizando o subjetivo ou a vertente do realismo. Supõe-se que sejamos não tão primatas, e que o capitalismo não desande ao selvático preceder de se evitar a sensatez, pois é através da sensibilidade do homem e da mulher, de quaisquer gêneros, e de todas as cores do mundo que se obtém uma plataforma de compreensão semântica mais profunda em relação às linguagens deste tão conexo mundo contemporâneo.
sexta-feira, 9 de julho de 2021
quinta-feira, 8 de julho de 2021
PEQUENA HISTÓRIA FRANCHADA
Uma história qualquer
merece um destaque que não se reverta em falsa especulação, ou uma
simples artimanha imaginativa, como vemos em produções de
entretenimento por vezes gigantescas. Por enquanto não se sabe ao
menos em que proporção esses fatores nos alteram, como se sabe –
sim – que um concerto de música erudita merece um respeito maior
por não ser imaginativo, porém conclusivo, pois recebe da história
uma peça musical obra de um músico que sabe a sintaxe, por vezes
como quase ninguém, da música e suas nuances
extraordinárias!
Seria bom se soubéssemos dos registros em
toda a sua particularidade, seu modo, sua personalidade, coisa que –
em toda sua extensão – revela à civilização as marcas de fatos
incontestáveis dentro da única Verdade necessária e evidenciada
pelas circunstâncias. Essa Verdade excessivamente pragmática, de
teoria redonda e exata, disto que precisamos para viver dentro do
escopo de dificuldades por vezes grandes por demais. Como quando
abandonamos um hábito crucial, de décadas ou de quase toda a vida:
não salutar como sempre devemos ter, mas que, quando dispensado
causa diversos óbices em nossas existências, como uma aparente
suspensão de nossos direitos, estes que a Constituição nos traz já
escritos desde 1988… Pois sim, uma constituição do Brasil, nossos
próprios processos civilizatórios, nem que para tornar a nossa vida
mais sólida não rompamos com os vergalhões de nossas colunas, já
“suficientemente” oxidados em certas partes.
Esta parte algo
avariada são os erros de registro aparente que deixamos a serem
esclarecidos em nossas vanguardas, em nossas retaguardas. Assim como
o próprio registro do dia a dia de quem sofre com uma carestia
internacional, mas não se importa pois está focado em algo que
sublima problemas de certas ordens duras e complexas, a vida de todos
os seres navega independentemente dessas carestias, de qualquer modo.
Tentemos conhecer o “outro” como uma parte de nós mesmos, desde
já, pois alguma partícula orgânica temos em comunhão com o todo,
e essa parte pode ser o Espírito Santo, presente em todos os seres
do planeta!
É a partir de um instante que nos traz insights
de nós mesmos, que fornecemos ao que vira vento na proa de uma
embarcação o mar silencioso que atravessa os lugares mais remotos
da imensidão e que redime um mau pensamento no sentido que perfaz
culturalmente as regiões mais obtusas dos seres pensantes que somos,
justo porque não temos a certeza de sermos superiores, de um tempo
para cá. Posto estarmos envenenando de tal forma a Natureza que
parece que nossos esforços em mantê-la coerentemente sempre vão bater de frente com as diretrizes e projetos de espoliação,
exploração e destruição dos nossos patrimônios mais importantes,
com a fauna e a flora do mundo: igualmente as águas e seus
mananciais… Pensando sinceramente, dá a impressão de que as
grandes potências mundiais estão mais preocupadas com a exploração
de riquezas nos países do terceiro mundo do que preservar todo o
“mundo”.
Nesse viés, algo de corte transversal em nosso
intelecto, estaremos a pensar que será melhor elucidar a Verdade
supracitada do que pensarmos que tudo investe contra nós de modo a
sentirmos as causas de um sofrimento, mas verazmente não nos
apercebemos que muito do que sofremos vem da relação predatória
que temos com a Natureza, e milhares são os homens que vivem e
desfrutam de sua devastação: incontinente, inglória e egotista. A
partir do momento em que formos realmente duros com relação a essa
leviandade, passamos a agir de acordo com a vida. Será através de
uma consciência majorada que estabelecemos padrões melhores de
aceitação de um resgate de todos os nossos patrimônios, sejam eles
naturais ou históricos, já que estamos ingressando no novo milênio.
domingo, 4 de julho de 2021
UMA POESIA INFUNDADA
Sequer
será uma poesia infundada quanto menos espera dos acertos
Ou
dos erros eventuais que possam acometer algum discurso,
Mesmo
que este esteja acometido dos piores óbices
Que reiterem a
mesma plataforma dos excluídos.
Não, que não nos
requeiram uma frase maior
Além daquelas que requeiramos no
convívio
Algo silencioso nas plataformas do sentir
Ao que
– convenhamos – não será um acordo
O que esperamos dos
façanhudos de litígios…
Estes todos os homens e suas
consortes
Que nublam a visão equiparante na vez
E na voz
de um ente maior que seja o tom
Mas que na vinha de um mesmo
acorde
Não nos ressintamos do viés da poesia!
As
vezes de nenhum descarte que seja a vez
De nada o que
acrescentar na palavra proferida
Que, na verdade, consola o
litigado de viés profundo
Sem sabermos exatamente onde
depositar a esperança!
Ao sabermos o que vamos encontrar
na veia poética
Não se funda uma estrutura maior do que a
simples compreensão
Naquilo que esperamos faça-nos sentido ao
menos
Do que uma fundação equivocada, onde caibros não
encontrem função.
Datiloscópica é a função de todas
as equações ligeiras,
Quando, por motivação algo de manias
equivocadas
As sociedades vergam seus ferros e seu concreto
Em
estranhas tensões onde a latitude dos sentidos vibra.
Na
mensuração de uma plataforma de um ideário
Pode ser que se
entenda melhor o ser de cada qual
Quanto o ser de um ser
coletivo, a se perceber,
Encaminha um significado em uma própria
semântica.
De uma poesia sem fundamento muito cabal
Se
extrai um novelo difícil de resolver
Mas que, em cada linha da
dissolução
Encontra-se a métrica e o rumo certo para a
solução
De um enigma de certa forma dogmático
Mas que
aponta para um ermo necessário
Onde a nossa solidão se
encontra com nossa razão!
sábado, 3 de julho de 2021
DAS FRENTES QUE NOS ENCERRAM NO TUDO
Requeiram projetos na
pantaneira ordem do querer
Na medida em que ensombrecemos sonhos
do quilate
Do bom proceder no sentido de estarmos cientes
Que
o que justamente nos nubla é a infestação
Da má comunicação,
dos poderes que versam
Sobre as frentes que nos encerram em uma
totalidade!
Essa totalidade de nossas frentes, que nos
levem adiante,
Que não torçam sob os nossos narizes a
inquietude
De outras plagas que não sustenham tanto a
Verdade
Que é única e singular, assim como as alfombras do
tempo…
Em um lugar qualquer do espaço-tempo, navegamos.
Por
uma sombra do que seria o codinome da ciência
Ao nos referirmos
no presente desta Era, que seja,
Uma simples vírgula que se
torna presente nesta energia!
Assim, de simples vírgulas
e energias procedemos em agir
Conforme o tempo que nos encerra
no quinhão que nos dite
Com qual modal teremos que tratar, o do
intolerante
Ou o milagre da tolerância aumentada, no que o
sucesso vença.
Conformarmos um exercício com outro
imediato
É como descobrirmos a pólvora com uma coluna
Algo
não tão sólida como o tempo que a tudo constrói
E a tudo
destrói na façanha de um semideus qualquer!
Que Indra
não perceba que tiram seu poderes de antemão
Quando o que
queremos é que Shiva não tome ódio pela humanidade
Ao ponto
de dissolver a manifestação cósmica no término de um tempo
Que
seja maior do que a manifestação da divindade…
E que
este semideus saiba bem o que fazer quando chegada a hora,
O
minuto e o segundo propícios à devastação.
E
que, a qualquer instante, possa ser feita a faxina no planeta
Quando
mal esperamos que esta se passe sem ao menos sabermos antes!
Disto
não saberemos jamais, pois de dentro da poesia a Verdade
Não
apresenta um vaticínio tão premente que seja um espelho
Algo
circunflexo que espalhe a realidade por todos os rincões do mundo.
quinta-feira, 1 de julho de 2021
A TEORIA DA PRÁTICA
A prática da recordação é salutar
em cada passo consciente que damos
Rumo ao caminho do meio, rumo
ao equilíbrio na ponte de tronco
Ao que no trono nos demos ao
trabalho de ao menos deixar a intoxicação
Sistêmica não nos
pegar, pois se o tanto do cigarro, que seja, fizer
diferenças,
Largá-lo é tarefa de titãs, posto merecidamente
precisamos ao menos saber
Que as doenças não pedem licença e
a cremalheira agradece em nossos dentes!
Em que não nos
encabeçamos dentro de uma plataforma nua do saber
Ao menos
saibamos que em cada dente da engrenagem está um poder
Dentro
da premissa da coletividade, no agir do progresso, no agir
Da
ciência e no agir da paz, esta que tantos querem para prosseguir
Nas
imensas variantes do que é mais exato do que supúnhamos…
A
suposição pura e simples não abraça nem teoricamente o que
esperar
De uma ciência prática, algo que possamos tocar em sua
concretude,
Das vertentes algo ilusórias do que pode e do que
não se pode
Auferir um resultado fervoroso da ocasião que nos
mande
Sabermos mais do que podemos, e podermos mais do que
saber!
Que não se saiba mais do que o suficiente, eis a
prédica da prática
E do sabermos mais depende da questão
conformista ou não
De uma algibeira onde carregamos o farnel de
outra jornada
Onde o quilate de uma sílaba torna tudo mais
facilitado…
Da prática muitas vezes a teoria foge, e
vice e versa
Quando do imaginário concreto da prática vive em
outro lado
A reminiscência de outro território onde se
navegava a letra
E a filosofia pontuava a pontuação máxima da
subscrição.
Inscritos estão os que fazem da prática um
espelhamento sereno
Do que esperamos sejam ações de primeira
grandeza onde
Não submetamos uma vírgula ao andamento
processual
Nas vertentes de nossas gloriosas vidas, no não
retirarmo-nos.
Se na verdade reside um módulo teórico,
ou uma atitude qualquer
Vejamos no entardecer de nossa longitude
o fazer mais e melhor
Do que aquilo que pensávamos ser mais do
que o suficiente
Seja o quinhão suficiente para todas as
escalas do pensamento humano
Que resguarde a Verdade em seu
total e único aspecto
Mesmos sabendo por nós mesmos que a
ignorância por vezes é facilitadora...