segunda-feira, 9 de setembro de 2024

CONFORME UM ANDAMENTO DE UM DOMINGO


       Na esfera de um dia, estava andando, meio a esmo, mas saberia onde chegar, o restaurante ficava na ponta, como sempre, só o mar tomava como que um perfil distinto, como sempre, mutável em cada instante… As ostras, como algo que alimentasse um pouco, um tipo de ração diária, não era caro, era o suficiente, e me esperavam aqueles que estariam por ali, com suas idiossincrasias, suas opiniões, os passeios, as gentes, os cãezinhos, a visão da praia das Palmeiras, e o Café que estaria antes, na passagem, ou seja, a via gastronômica como algo concreto, um dia de domingo distinto. Em outras voltas, de idas e vindas, quiçá um café nos uruguaios, mas não, não seria tão bom, deveria evitar café, não que não pudesse, o álcool, isso já não fazia mais parte da minha existência, posto o cigarro eu agora já evitava sobremodo, e isso não seria mais mera questão pontual na minha vida, mas condição inequívoca de minha recuperação e afirmação como homem de mais brios, pois possuía ainda esse bom orgulho que é bom o homem ter. Algo de erros profundos, no entanto, nós vivenciamos muitas vezes, e isso diz respeito a uma questão de vivência diária por estar afeito a conflitos, mas sempre os há, a gente não sabe direito como fazer por vezes para se portar com coisas que não sabemos como nos impor perante nós mesmos, mesmo que as dúvidas perante uma luta incessante em nos afirmarmos e a nossas ideias sobre o mundo, a nossa maneira de ser e nossos sonhos a respeito de mundos melhores nos desarmem em nossas convicções profundas.

       Quando de volta ao lar, a uma reunião importante online, refeito depois de rever os meus iguais, perante um viés de recuperação até mesmo do meu estado anímico, saí em seguida para me exercitar, girar as pernas, e vi que um gavião estava sendo hostil com dois pássaros desprotegidos, nisso de terem seu céu, mas o espaço que queriam na cumeeira, o gavião ia e os tirava, e queria na verdade comer algo da calçada, e eu vendo e cri, na minha crença algo absurda nas coisas naturais, algo como espelhamento sereno: aí vem… Dito, as formas dos circunstantes, as ruas tomavam outras cores, as pessoas, qual em estranho jogo de GO tomavam suas posições, e a estratégia tomava conta de outros perfis, no café havia um pequeno agente que sabia que a máfia estaria mais presente, mas encontrei justamente um lacaio vindo na direção, fui para a outra ponta, tergiversei, encontrei uma moça com aquela lascívia da luxúria traidora, qual serpente com seu olhar de engodo, saí fora dessa estranha isca loura, parti ao café, e estava postado o agente da maldade, pronto para o embate, a mando do patrãozinho, não saberia se o tráfico estaria presente, desse modo, mas algo aconteceria quiçá, mas evitaria, mas o suspeito estaria ali, cobra criada, para tentar algo, a mando da criaturinha do mal, contratada para talvez fornir o estoque com coisas de substratos…

       O gavião estaria, naquele domingo, presente na pele de um falcão, e eu haveria comentado com outros que se fora águia seria eu uma serpente a dar o bote, posto a águia por vezes não vê que a serpente que come possui em seu viés a outra serpente que dá cobertura à primeira, investindo com um bote mortal, posto na África, mesmo sabendo que há lobos em pele de cordeiro, por vezes as serpentes são mais sábias. Não que não gostassem, mas a simples situação onde em um lugar que se diz civilizado um guerreiro inimigo se posta já com a intenção dolosa, há que se saber que jamais um outro que seja da força há que se redimir e recuar, e dos passos do agente do tráfico se saiba quais serão seus movimentos e qual será a exata hora de desvendar os caminhos que levam ao comércio e a atitudes, onde na verdade a mesma força se torne algo mais substancial para sacar do caminho os levianos agentes que insuflariam a maldade contra aqueles que sói participarem de algo maior do que o simples voo daquele falcão, onde os outros pássaros pudessem navegar pelo seu céu, posto a Natureza é assim, temos os predadores, mas na Natureza Humana possuímos leis para que a predação não ocorra, já que a lei dos mais fortes de quaisquer natureza, seja da máfia ou outra organização, não devem imperar em qualquer esfera ou sítio de nossa sociedade.

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