Por vezes questionamos a
normalidade, mas obviamente há situações onde o ser humano enfrenta limitações
decorrentes de males mentais, que podem ter sido ou estar sendo causados por
associações com substâncias tóxicas, lícitas ou ilícitas, possuir transtornos,
psicoses, autismo, e uma variedade de comorbidades de natureza mental, que
muitas vezes podem ser extremamente aparentes, e em outras, estar em
convivência com outros de forma “quase” sustentáveis. Quando se cita esse caso é
na questão de que a doença, como qualquer outra, quando no aspecto de cronicidade,
há que estar controlada. No caso do alcoolismo, por exemplo, doença mental diagnosticada
pela OMS, o controle mais indicado é a pessoa buscar ajuda em grupos de apoio,
e o exemplo mais cabal são os AA, Alcoólicos Anônimos, que vêm a dar um suporte
importante para a manutenção da sobriedade de seus membros. No caso dos
transtornos psíquicos, com ou sem origem na adição de drogas, geralmente
tenta-se a busca dos psicoterapeutas, e depois, se houver necessidade, o
controle da doença com a medicação, que manterá a pessoa em níveis de
convivência satisfatória, na maior parte das situações, ou quando se está em
vias de urgência, a intervenção do internamento hospitalar se faz necessária.
Todas essas doenças ou males são factíveis do tratamento através da
psiquiatria, que possui a competência mais ampla para tratar tanto os
pacientes que vêm tanto do álcool e das drogas, quanto das doenças mentais como
os transtornos e psicoses, e há outras síndromes que por vezes precisam do
tratamento neurológico, quando o cérebro é orgânica e diretamente afetado, por
algum acidente, ou por derrames, ou algo dessa natureza, para dar um exemplo
leigo de quem entende por algo do assunto, hoje portador de uma enfermidade
psíquica, e recuperando do alcoolismo.
No
entanto, o que também é salutar salientar é que nem todo modal que recupera
esses pacientes por vezes consegue obter os resultados ideais, e que novas
frentes de terapia são fontes inesgotáveis da compreensão dos problemas dessa
ordem, e por ventura há muitos voluntários que já passaram por quadros graves
de doenças ou experiências por vezes dramáticas, ou terapeutas já aposentados,
ou gente que dá suporte em outros campos, ou seja, pode haver verdadeiras
equipes que se somem à questão da recuperação mental e, pasmem, até mesmo
governos que primem por sociedades mais justas onde o bem estar mental, a vida
da não violência e o caminho da paz entre os seres, o respeito ao meio
ambiente e a comunhão tanto religiosa quanto ao nosso entorno sejam, ou façam
parte do esteio de seus princípios e questões de ordem, como até mesmo partidos
que assim pratiquem essa ideia. Obviamente, a questão política dessa ordem
passa pela questão das chamadas políticas públicas, e a questão vira segmento do
setor da saúde, mas poderia ser algo de prática onde a saúde fosse o foco quase
principal, pois saúde mental significa exercer mais sabiamente todas as
atividades do ser humano, incluso as administrativas e executivas.
Criar um
tipo de força tarefa no sentido de estimular toda e qualquer iniciativa que,
independente da ideologização pura e simples, seja ou faça parte de ações
concretas que estimulem e deem incentivo, não apenas econômico e fiscal, mas de
educação desde seu início, evitaria que muitos andarilhos que trafegam sem
esperança pelas ruas, sofram a segregação por serem pobres e inadaptados, ou
que sofram, aí sim, o espelhamento de uma doença coletiva no seio social de uma
sociedade que se diz limpa: o preconceito racial, desmontando a teoria de que o
escopo das nações estão livres de certas comorbidades estruturantes em suas
antigas e históricas formulações, o que gera a origem de certas brutalidades
que, quando as presenciamos, nos conformamos que façam parte do status da
engrenagem sistêmica e de seu modus operandi...
Não há
porque crermos que estamos praticando a nossa boa ação dando um prato de comida
a um negro em uma instituição de caridade, mesmo que isso faça parte de
nosso pequeno e no entanto necessário exército de boa vontade... Mas, repetimos, a ação de um lado dar uma comida a alguém e atitude de xingar a empregada de
negra, ofender alguém por sua raça, ou acreditar que um suspeito passa pelo viés
antes por ter uma aparência qualquer, é revidar evidências que por vezes estarão mais presentes
justamente naquele “capo” que está ao nosso lado, vestindo paletó e gravata, e
bebendo de sua safra com uma mulher "respeitável" ao seu lado, "alheio", aparentemente, de quaisquer suspeitas, posto branco e rico, mas justamente por vezes é esse homem quem
está enriquecendo às custas de plêiades de infelizes que servem aos seus
desmandos, como subjacentes coadjuvantes das máfias que suam flores de chumbo e iniquidade por todos os
lugares da Terra, principalmente onde tais fatos ocorrem quando as populações são quase determinantemente de maioria negra pobre e, infelizmente, discriminada. Se alguém souber um pouco de lógica investigativa, inferirá que
é mais fácil encontrar um contêiner com drogas sendo enviado de Bali ao Brasil, em um exemplo cabal, do que
meio quilo de heroína da favela do Alemão à Turquia de Erdogan...
Em
síntese, a recuperação passa por esse viés do preconceito e suas evidências, e
é por essa razão que muitas das questões que originam a doença mental no mundo
são causadas pelas drogas e suas organizações, e os tratamentos passam
obviamente por questões mais prementes e as origens dos males possuem raízes mais
profundas do que obviamente só as questões de saúde, pois muitas vezes um homem
alcoolizado agride brutalmente um familiar ou um estranho, causando danos que
dão nos ares da segurança: outro viés, outro setor envolvido nas doenças de
cunho mental, que porventura merece a atenção tão plena quanto o setor da saúde
e da educação.
Sob esse tripé, digamos que se constrói um mundo mais digno e de esperança em que o caminho da paz supracitado seja apenas a adequação da ação e da prática daqueles que estão diretamente envolvidos como agentes de saúde, e etc, como a sociedade civil como um todo... E, no caso de tráficos de ordem internacional, a força nacional deve estar em vigília permanente para identificar continuamente as ameaças territoriais e reprimir e defender nossas fronteiras para que esse acometimento não se concretize como um lado da realidade que só possui valor no crime, e não aquele da honestidade e do trabalho. A inteligência vira um fator altamente valioso para elucidar essas modalidades criminosas, mas obviamente - por questões de estratégia - há que ter caráter nacional, ou seja, restrita à pátria como um todo e bem integrada.
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