sábado, 11 de março de 2023

POESIA DA AURORA


Posto no viés do nascente, um sol na vidraça de um vizinho de frente
Ao que se diria, um dia a mais, outro que por vezes desconhecemos
No exato instante em que o futuro não seria menos do que uma via
Onde o encontro de um planejar perpasse mais o afeto do que o projetar...

Mas que o pensamento possa, sim, tecer seus projetares, visto parte concreta
Do que seria mais uma linha que cá está, estando a mais em cada palavra
Consubstanciada por outra que, concludente, encerra uma estrofe semântica!

A aurora sempre é, sempre está presente, mesmo nos maiores ardis da noite passada
Visto ter sido a não anunciada sequer em qualquer repente, visto o jogo não tenha sido on
Ou os players não se tenham trabalhado muito no entreter-se da ante véspera...

Assim, o dia, que ao poeta já vem uma formiga que lhe tece companhia, e já não está só!

Assim segue um dia, e os pássaros que são reais no poste cantam livres as canções do improviso
Onde a Natureza tece uma alfombra de searas que só traduzem os sons da manhã
Quando os que trinam pelos céus mostram que por vezes ser humano é limitante.

Os carros não compreendem que teriam sido ligados mais tarde em auroras que não há
Porquanto em noite passada o alvoroço era grande, e os dos hormônios em suas invectivas
Procuram na noite a clássica performance da drogadição e do álcool, por vezes na social...

Não, que a poesia vê galhos que secaram no início do término de mais um verão
E agora passa o primeiro carro da manhã, um vizinho camarada que se vê
Que na noite anterior corrigira o dia com trabalho como todos os que se mesclam com o bem.

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