terça-feira, 14 de março de 2023

O MATERIAL E O INTERESSE


                Grande seria aquele pensar que obtivesse em si mesmo a justificativa de ser meramente algo do animismo, de uma vertente em que a história de amor entre dois seres não fosse algo que infelizmente hoje não passa de algo como a história de uma pequena lagarta – que vi hoje, porventura – pendurada por uma teia, presa, a ponto de se ver enrolada pela aranha, que uma de pequeno porte certamente não possuiria veneno, mas justamente aquela premiação de presa, mais venenosa, aliás, repleta de veneno... Não que eu não tivesse visto o primeiro filme de horror, sem os efeitos do segundo, chamado “A Mosca”, onde uma teletransportadora molecular da ficção do futuro erra e na máquina onde se teletransportava o cientista entra uma mosca, e a fusão se dá. E o que antes era cabeça de homem continuou, agora do tamanho do inseto, e o corpinho, bem não lembro bem, eu era muito criança, mas me lembro que fiquei impressionado quando aquela aranha gigante se aproximava do serzinho e ele gritava bem baixinho no bosque da casa do cientista: “socorro, socorro, soccor...!” Assim terminava o filme, depois fizeram uma versão contemporânea com os truques e as maquilagens modernas, mas perdeu a graça, o homem grande fica transformado no inseto, e gruda nas paredes, se desfaz em gosmas, é meio risível, eu não sou mais criança para crer em letárgicas maquilagens dos filmes contemporâneos de 3D ou de super heróis. Passamos a pensar, para se fazer um filme não é fácil, todo em 3D, como o Avatar, da Pixar, são equipes, e o custo chega a ser estratosférico, inferindo um valor que de per si retorna, pois a imaginação concreta do roteirista se torna concreta depois da consecução do software, depois da construção do caracter, da cenografia, de renderizar, através de mainframes toda a produção, de trabalharem os melhores desenhistas daquela questão, daquela década, de se utilizarem as melhores máquinas, de se ter toda uma história de construção da indústria da imaginação, da ilusão, onde o retorno chega a ser o esteio hoje de grande parte do faturamento da grande nação dos EUA, principalmente agora na indústria dos games, os chamados multiplayers, onde se conhecem pessoas de todo o planeta e se criam verdadeiras comunidades sem fronteiras e multidimensionais, obviamente dentro das três dimensões, onde a quarta continua a ser a limitante, portanto ainda ilusória questão imaginativa, mesmo quando significa a confecção comunicacional entre os players de transcrição de rotinas de programação e seus significados mais amplos, posto aí na verdade a imaginação vira concretude mais uma vez, e o significado da ação perfuma outras questões que podem passar pelo viés de outros avatares... Você recebe ou cria um tipo de login encriptado, entra no game, participa, por vezes é treinado para isso em ambientes de metaverso, infere não saber de nada, mas no viés da tecnologia pode ser até quase analfabeto, e quando sabe estar participando dessa magnitude tecnológica, crê estar participando de um tipo de gênese bíblica, ou mesmo do seu apocalipse, garantindo, no viés de que essa parafernália não falha, pois vem dos países mais poderosos do planeta, seu lugar no céu, vejam, bastando colocar parte dos seus dividendos, se porventura você é uma startup dessa natureza, na sacola da Igreja, tecendo daí a sua parte espiritual e, vejam de novo, basta ler apenas a Bíblia, e atacar quem lê o Corão, por exemplo, porque você admira aquele avatar do game da Guerra no Oriente Médio, onde você é um shooter de alto nível, e foi treinado para tal, afora a academia que você treina para ter ou ser um guerreiro efetivamente, quando a terceira guerra mundial eclodir, conforme lhe ensinaram em todos esses levels, desde que era menino e jogava Atari ou Nintendo, ou mesmo ofuscado pelo futuro que agora lhe prometem como infalível, e basta de ideogramas chinos ou de Guerra do Vietname, pois agora nós, que você nem sabe qual será ou é a sua pátria, nós venceremos o mal, jogaremos mais bombas nos orientais, que de médio oriente, ou oriente por inteiro, esses chinos ou japas já estão nos incomodando, e essa guerra comercial, já me falaram algo a respeito... Sim, tô dentro! Dentro de que, não sei, me falam de sacos negros, mas não sei nada a respeito, sei que o rambo ganhou todas e que Chuck norris não falhava nunca, e disso me lembro, ele lutava e era forte, e rambo era muito bom e eu fiz todas as lutas de contato e até mesmo o Jiu Jitsu que me ensinaram, sou invencível, sou até mesmo um grande e inteligente agente internacional de contra espionagem e vou lutar contra tudo o que é vermelho, como um touro que não gosta daquele pano, só que desta vez o toreador não tem das espadas, e Kung Fu, basta, esses chineses querem lutar ensinando a paz, isso não é bom, isso é ridículo, eles merecem um vibrador que a minha amante comprou e me ajudou a usar e eu, como homem sei que o prazer anal é incrível, eu posso ser uma grande massa muscular, mas o meu orifício anal é cheio daqueles prazeres que os segredos dos Rosa Cruzes me ensinaram certa vez, quando me falaram algo a respeito, que o grande lance é fazer por trás, e creiam-me, é coisa divina quando a mulher me insere um dedo no ânus meu quando fazemos o sexo, e ela rega meu nariz e meu ânus de melhor champanhe, e eu sou dono de uma startup, e ela diz que eu sou um bom agente, e que sua agência é boa, que é a CIA, e eu acredito porque – pior, pasmem – ela me mostrou que era verdade, e eu quase gozei na sua boca, como tantas vezes ela me engoliu por inteiro, e me disse que isso era se encontrar com Deus, que Deus é amor, não importa como se goza, mas gozar por vezes é isso, torturando um dia, se Deus permitirá pegar a maldade de jeito, pois assim se faz, ela me disse, me disse que tudo é riqueza, e que Deus não pode ser concebido dentro da esfera do que chamam de comunismo, que seja, acabaremos com todos eles, ela me disse, mas ela voltou para a Califórnia, depois que descobriu que tinha que voltar, que descobriram sua organização e prenderam uma pá de gente, pois é, será que batem em minha porta agora, sei lá o que me espera, Deus me acuda, quero e desejo mudar, até que admito aceitar essa porra que chamam de Democracia, que deus me ajude...

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