sexta-feira, 10 de março de 2023

A DANÇA DOS RÉPTEIS

 

Nem que Dante descrevesse o Primeiro Canto da Divina Comédia
Seria tão sucinto como o que descrevesse os dias da atualidade
Onde o Inferno passa por coisas que o próprio Diabo se inibe
Tamanha a crueldade da justiça de Deus que instrumentaliza
Aqueles que, justamente, a eles cabem a punição quase cirúrgica
No que seria um arremedo feliz ao sabermos que muitos só aprendem
Sob o jargão da dureza, e antes o que era fogo, hoje é teaser...

Talvez a quimera religião renascer em cristo não soubera das suas
Quando esteve envolvida em um crime que foi processo internacional
E as origens da ganância em nome de Deus só pode pegar mesmo os ignorantes...

Aprendam que não se apreende o divino com as armas, não se apreende as drogas
Com o divino, a não ser que a ira se torne a ferramenta mais sóbria e exata
Quando de certas noites os répteis se apresentam, e infelizmente para aqueles
Que creem que são fortinhos, inchados de bombas e esteroides
E, na verdade, o que fazem é tentar dissuadir os bons e humanos seres
Com a pretensa força, carregando em suas camisas o símbolo de um império de fracasso.

Não é achincalhar com o processo, é apenas apontar a história, e que aceitem as coisas
Mesmo que, a fim de se ter uma carreira de sucesso em um país de sonho
Ninguém impede de se sonhar, mas nem sempre se é do primeiro do ranking!

Os grandes interesses é que se sobrepõem sobre a face das humanidades
E tentam garfar com seus tentáculos o vale tudo que impõe àqueles que caminham
Uma outra tentativa simples e no entanto impossível de frear o carrilhão da história...

E, com essa certeza na mente, na verdade as coisas acontecem pelo viés da justiça
E, inexplicavelmente, o calcanhar de Aquiles dessa tentativa derradeira de dominação
Encontra na vertente inegavelmente nociva das drogas o operativo de antes, agora: fracasso!

E, por isso, as criaturas emergem, aquelas que perderam filhos para as drogas, aquelas
Que sabem que certas outras são tão perversas que não possuem mais sequer identidade
Senão a ausência de códigos quando sequer tem a ousadia de pertencer a uma inteligência
Que já perdeu para os milhares de dispositivos que tomaram a dianteira e que, agora,
Mergulham dentro dos smarts com a proficiência dos répteis tão pequenos quanto os nanos.

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