Posto pois é, quantas contradições, quantos pensamentos e fantasias
Nas cabeças que encantam por si e seus personagens, não encontrar em um homem
O simples fato de ser não um ícone de algo, mas meramente algo de ter um
significado
De querer existir sendo o que não fora, não se formara, se tornara quase algo,
Um predicativo antes do sujeito, não a pressuposição de um revolucionário
Posto embarcar quase na mesma história do não ser sendo algo do mesmo tom...
Caros, o caminho mais perto da insanidade é parar no manicômio sendo algo que
não fora
Quando esperam que se cure do que não se quer e não se pretende sequer ser
A não ser se libertar de todas as denominações, nem mesmo à teoria da
reencarnação
Que desmonta o que não se sabe, posto nunca vi fantasmas na minha vida
E se hoje me chamam de che, talvez houvesse um significado qualquer, mas do
aprofundar
Não pretendo jamais que me chamem de algo parecido, posso ser soldado, se
queiram
Mas, creiam-me, o que me impulsiona é o sentido de justiça que a mim não sei se
coloca.
A poesia conceito chave não é anátema, não possuo sequer o significado maior,
do que um ser
Que paire comigo ao meu lado, à espera de que eu possua outro meio, outra vida
que seja
Dentro do escopo da vida que a tenho, e mal sei se ainda sei amar uma mulher,
pois não creio
Que elas existam realmente dentro da libertação necessária, incluso de romper
amarras
De terem que acreditar que encontram homens que já foram e fizeram parte da
história
E, quem sabe, foram realmente esses homens reais, ou apenas projeções de
iconografias extintas?
A tarefa a que me proponho é viver minha vida, e se luto pela minha existência
É para concluir de fato que as minha obras citadas sejam de valia, qual sejam,
de preferir
Que algo um pouco maior faça a diferença na transformação do seio social
A saber, que infiram significados, mas a bem dizer, a negra fala mais algo ao
meu coração!
Quero estar ao lado daquela que não tem o pão, creiam-me, ou que possua o
coração do trabalho
Em trabalhar duro, a fortaleza que não possuo e jamais possuí, com minhas
pernas
De um alabastro que não construo jamais, posto nas minhas estrelas a vida não
pontua
Como a esfera da imanente forma de ser humilde perante aquelas que são
vitimadas
Pela exclusão própria do preconceito, aquelas que urgem por carinho sincero,
Aquelas que não querem um ícone, mas se contentam com um abraço fraterno
Ou o som de um violão que carinhosamente um homem lhes possa dar...
Não, que a princípio baste um beijo, em silêncio, isso é uma questão quase de
ordem
Posto não querer muito, apesar de sequer ter beijado uma mulher que amasse
Nas veredas em que mais tarde me dei conta que o sexo era apenas o cumprir o
dever.
Não possuo a querência dos aflitos, não possuo a derradeira escolha, possuo meu
quarto
E as letras com quem faço amor na tessitura cálida de um teclado de ponta
Quando me transfiro com meus sonhos para a latitude da vida em ser,
simplesmente
E hoje descanso, farto de sono, a perscrutar o escuro de minha noite
Quando espero pelo nada em ser, a manhã seguinte, quem dera, tocar a vida,
Depois de perceber que lançadas as sementes, infelizmente o entendimento
Não houve da maior parte em frutificar deveras, posto o equívoco
Senti na face da ignorância, mesmo na técnica, na ilustração, mesmo que seja a
ilusão bruta
Em que nos metemos, aí sim falo em Deus, que o seja, por um causal de não merecimento
Que a mim me faleça a ordem, a saber, que deus me guarde e proteja, posto ser
eu apenas mais um!
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