sábado, 25 de fevereiro de 2023

NECESSIDADE E LIBERDADE

 

         No planeta Terra, em termos de agrupamentos humanos, que não são obviamente os únicos, há uma conceituação quase de costura argumentativa, que dá o sinal de quase toda a explicação da razão dos regimes nos países, que se chama a palavra liberdade. A democracia passa a ser condição para isso, ponto pacífico, que concordemos inicialmente com essa premissa. No entanto, há uma outra palavra que define um ponto quiçá fundamental igualmente na existência das entidades nacionais no planeta, repetindo, em se tratando de formações humanas, que seria a necessidade. Algumas nações democráticas, por exemplo, o são, mas sentem uma necessidade atávica de paz, como o Congo, os países mais pobres latino americanos e, em casos de extrema urgência habilitadora, nações como os EUA que, enquanto país mais rico do mundo, enfrenta necessidades amplas de recriar aparatos de segurança interna que garantam menores índices de violência urbana, tráfico de drogas, sequestro, máfias, estupros, e outras mazelas, o que nos torna meio parecidos como um todo. Já nações como a China, sem enfrentar problemas maiores de criminalidade tão explosiva, posto controlada por uma superestrutura partidária, ainda carece de mais liberdade em muitos aspectos, e todos, com relação às super potências, carecem de poder respeitar as riquezas das nações em desenvolvimento, e não envolvimentos maiores em guerras quentes ou frias que só entorpecem mais e mais o cotidiano das existências já tão populosas em nosso mundo… No viés mais concreto da palavra, carecemos todos de mais humanismo, e tudo o que podemos fazer pelo próximo em termos de bondade, que seja feito pelo próximo em termos supranacionais, em termos territoriais, onde um simples jogo de GO e sua lógica de supressão das liberdades, não vire mais uma estratégia onde habilidosamente se tenta ensinar um raciocínio abstrato de guerras de porcelana, pois quem começa acaba perdendo suas peças iniciais, ou em seus meandros, o que dará no mesmo nó, na mesma introdução à perda recorrente, avançando o humano por encima da Natureza já esgotada, conferindo o horror de acompanharmos uma espécie que tenta, no exemplo claro do Brasil, resolver as questões do garimpo ilegal, enquanto organizações pagas e externas atacam nossas forças, obviamente querendo manietar nossa paz e transformar nosso país em um palco de guerras, um novo Vietname.
           No entanto, com o viés tecnológico de substrato global, há possibilidades bem concretas de se mudar o panorama dramático que vivemos em nossos países. É como se unisse-nos em um mesmo código, onde as verdadeiras fronteiras seriam as culturais, fronteiras que se mesclassem, que fossem motivo dessa mesma comunhão, onde na verdade a geopolítica e as superestruturas de dominação arcaicas dessem espaço para um tipo de espiritualidade que florescesse, aí sim, com a participação tão importante de todas as espécies do planeta, em especial atenção à fauna em processos de extinção e a flora que está sendo exaurida por engenhosas minhocas de serras de metal, tão nocivas quanto as piores pragas em nossas lavouras. Algumas máquinas estão se comportando como grande insetos predadores, e sobre essa realidade sistêmica é que precisamos da ingerência da inteligência de sistemas internacional para freiar esse processo, antes que se dê a quebra inversa dos mesmos sistemas atuantes no colapso da Natureza e na extinção paulatina dos valores humanos, onde o que restará na nossa própria existência serão os copuladores, movidos pelas drogas, crime, álcool, riquezas exorbitantes, relações de poder e outras modalidades mafiosas, de micro, pequeno, médio, grande e de oligopolicamente gigantescas formas, onde as grandes taturanas de metal, as carochas cuspidoras de fogo e, paulatinamente, os palitos atômicos podem vir a ser moeda corrente na finalização de bolsões reais de humanos, justamente nos locais onde a concentração do bom senso exista de fato, o que conferirá um prejuízo sem precedentes na história e ressurgimento de uma tirania sem factualidade prévia, transformando-nos em criaturas sem alma, em autômatos, gérmens de nossas ou de outrem, próprias programações mentais ou de máquina.
A aproximação com o Oriente se torna uma necessidade, pois nesses povos está, no seu próprio viés industrialista civilizatório, a similaridade com povos ancestrais amazônicos, por exemplo, na verdadeira comunhão contemplativa da Natureza e o antagonismo do egoísmo excessivo na questão do hedonismo, do prazer e do resultado acima de tudo. A solução imediata seria ao menos o cessar fogo em duas guerras: a guerra quente da Rússia versus Ucrânia e a guerra fria EUA versus China. No Brasil, os trabalhos de repressão necessária aos mandantes criminais e os exemplos daqueles lugares e cidades que já dão o seu exemplo de harmonização de questões como a segurança pública e a perseguição ao tráfico de armas, crianças, mulheres, dinheiro, drogas, e etc. Se, em pequenas frações exemplares de nosso país a coisa está dando certo, que se repita, como em uma doutrina de luz, as mesmas iniciativas, e que a supracitada comunhão seja efetiva para redimir e recriar a esperança, a fé e a espiritualidade, tirando-a da crucifixão iminente. Que sejam muitos os homens como Jesus, e que sejam muitas as mulheres como Maria, Verônica e Isabel, ao menos nesse exemplo religioso que fale mais alto no espírito dos povos correlatos e com destinação à bondade mais afeita e transformadora no seio das sociedades do planeta como um todo!

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