Haveria de se dizer muito dos
tempos atuais, mas por vezes o sufocamento existencial é imenso, e a gente vira
refém de certas faces emblemáticas, signos que não queremos aceitar como a
única saída, sementes que sabemos serem outras partes que não sejam as de
imposição, já que o nosso caráter tem sido forjado dinamicamente, de modo em
que um diálogo possa não ser apenas um acerto, mas uma forma de protestarmos
saudavelmente quando não estamos contentes com algo. Revisitar certas
modalidades ou sistemas alternos, quase no saudosismo de que algo que não dera
certo agora tem uma eficácia comprovada e renitente, não perfaz com a
dignificação da libertação real da experiência humana mais concreta. Essa
questão de pensarmos o indivíduo, as pessoas, as escolhas, as diferenças mais
cabais, não inferem que não sejamos unidos em uma causa comum, irretocavelmente
humana. Nada do que seria palpável na vida de um artista compulsoriamente seja
factível que ele se rompa para virar um soldado, mas o viés disso é que ele
treina como para ser um, indefectivelmente uma peça, onde a questão está em que
nem tudo o que faz é para si, e no mais das vezes estará a serviço de
agremiações ou interesses de cunho do Poder... Alguns gestos curiosos no meio
da turba serão vistos sempre como manifestações saudáveis, porquanto não há leituras
novas no gibi do mundo algo mudo e contemporâneo, mas a ponta que respira por
vezes se traduz naquilo que nos está escravizando, que é a doutrina do
behaviorismo, ou comportamentalismo, onde os deslizes considerados impróprios
rebentam mais tarde em ódio ou totalitarismo bruto, massa de manobra, ou caos e
anarquia. O total rebenta, em parte ao impotente modal de não se ter aceitado,
e essa modalidade inconsciente está tão francamente arraigada no imo dos homens
e mulheres, que eles voltam a insistir na demência coletiva, tão fartamente
alicerçada por conteúdos programáticos, ou scripts devidamente ensaiados,
no cinema pobre, como em um verso isolado que não faça sentido!
Isso de uma forma caótica, animalesca
quando em um tipo de coletivo de manada de búfalos furiosos ressente de frustrações
onde certas ambições ou premiações abraçam não apenas os ofícios da soldadesca
contra o viés democrático, que nunca vai deixar de ter a sua feição fascista,
até o “ofício” de um para militar ou de um miliciano, ambos contratados para a
ação assaz violenta, por vezes de níveis mais altos, e com parâmetros ou
requintes de planejamentos complexos, e de ingerência externa, com inteligências
paradoxalmente já utilizadas em velhos modais, apenas com atualizações de cunho
tecnológico, já implementada a questão dos recursos: depois de décadas de
investimento, gigantescos. A velha e já imantada e inacessível questão da
relativização da liberdade, sendo que um grande edifício corporativo tem seus
escalões, e a empresa moderna sabe melhor dos seus gargalos eletrônicos... Um
faxineiro terceirizado fica como peça de descarte muito mais suscetível do que
o CEO, mas relativiza-se incluso essa questão, pois depois de uma fusion or
acquisition muita coisa muda na estrutura e, a grosso modo, a política pôde ter
sido blindada ou aberta!
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