Quanto à matéria e a
realidade, são questões cruciais para nos apercebermos que nem tudo que se faz
tem cunho anímico, posto tudo na verdade que fazemos é material, quando
estabelecemos uma tarefa qualquer, um trabalho de operário em uma fábrica,
quando lavamos a cozinha, quando damos uma mamadeira ao nenê, quando se ingere
uma garrafa de algo, quando se compra um presente, ou quando caminhamos, pura e
simplesmente. Isso é latitude material sempre, a princípio, no exemplo cabal de
uma topada na pedra, por mais que estejamos sob o efeito ilusório de uma
substância psicoativa, que tem na verdade a faculdade para nos desativar da
realidade, a pedra da topada é aquela que estava no mesmo lugar, e a dor se dá
do mesmo modo, quiçá nos apercebemos que a reação ao acidente desse pequeno
vulto é a questão da relativa modalidade do comportamento... Por vezes o lúdico
vem na forma de encenar ou repetir a cena, de recriar para amigos algo de
disfarçar um possível erro, quando no coletivo, ou, quando solitariamente, um
palavrão em sussurros, ou simplesmente um ai. Na realidade, quando o cenário é
mais diversificado, por vezes o lúdico é algo tão divertido que se torna a
motivação mais concreta, a bem dizer por exemplo de se encontrar alguém em um
tipo de metaverso, na forma de um avatar, qual seja, quando encontramos alguém
que não víamos há muito falando de avatar, que Cristo era um avatar, não
sabemos que por inferência, se estamos sóbrios e lúcidos, as armadilhas ou
ciladas são elucidadas mais claramente, mas reiterando, a ilusão e o lúdico se
confundem de tal modo que por vezes o que antes parecia uma brincadeira de
criança, pode ser a materialização ou conflagração de conflito que porventura
tenha por motivação concreta o comércio de substância algo mais moderna,
química, que tenha por questão e jogo, manifestar-se no subconsciente dos
jovens, principalmente, com o objetivo em fazê-los embarcar na ilusão do
lúdico, em alterar seu comportamento, em se saber no pertencimento de algo,
como no caso da maconha, que tanto tem seguidores ao redor do mundo, e
efetivamente tem levado muitos a problemas mentais, por associações com álcool
ou outras substâncias, no que se perceba que abre a comunicação do
pertencimento da ilicitude como plataforma de rebeldia e fuga da percepção da
realidade mais imediata.
O brincar-se com a loucura
é algo de retórica irônica, e encontra referência em grandes bastiões da
música, nas artes em geral, em eras onde a juventude como um todo tinha em seus
ícones culturais justamente a contra cultura, seus movimentos oscilantes,
culminando progressivamente em preocupações de ordem de rebeldia em excesso, em
questionamentos de ordem familiar, em inadaptabilidade no trabalho, em
estigmatização e, na terminação mais trágica, na dissociação psíquica, por
vezes continuamente, mesmo depois de compulsoriamente tendo que tratar-se com
remédios controlados, cronicizando algo que geneticamente haveria de se
apresentar, felizmente para quem possui esses sinais, pois pode se recuperar
quando devidamente controlado, ao contrário daqueles que continuam a consumir,
e por vezes se envolver em modalidades criminais, onde certamente há situações
sem retorno, no caso de violência, assassinatos, estupros, e outras mazelas que
as drogas e a drogadição como um todo revelam em seu universo sinistro e
assustador. O que antes era lúdico e ilusório transmuta-se em realidade crua,
em um encontro em que aqueles que inocentemente fazem uso não sabem ou sequer
vivenciam a malícia e a profissionalização criminosa, dos cabeças e chefes que
são responsáveis pelo comércio, onde por vezes o comando é dado por poucos,
dentro de cartéis que são influentes em contextos de nações e continentes.
Por vezes o lúdico brinca
com o Poder. A ilusão de que se está agindo como subversão da democracia, por
exemplo, também traz à tona modalidades que são mais sutis, pois esses
elementos igualmente nocivos às sociedades tramam coisas que passam as ser
levadas em consideração como trabalho, mais no mais das vezes, também possuem
relação com drogas e armas, no sentido de encontrar arcabouços ilegais para
manifestar seus laboriosos processos, e empresas surgem, em essência, com
finalidades dúbias, onde investigações mais apuradas verificarão que é nessas
de cunho tecnológico que existem as semânticas dos códigos de programação
usurpadores da bondade, da lei e da ordem dentro do pressuposto democrático, dentro
de todo um contexto... A princípio, as linhas investigativas mais rigorosas
devem encontrar a relação entre as redes, o tráfico e as armas, e a ingerência
estrutural de todos os dados e informações relevantes, mesmo quando buscará em
banco de dados de sistemas considerados de segurança o viés supressor de
liberdades futuras, e as relações de modalidade em se dirimir dúvidas a
respeito da história dos elementos envolvidos, com as questões da supressão
orquestral de liberdades e a intenção malévola de encontrar recursos com a
estratégia ilícita, seja traficando órgãos, drogas, armas ou tentando
arregimentar forças com o sentido de subverter a ordem e insuflar o caos. Esse
trabalho preventivo é tarefa diuturna, pois não se muda uma modalidade de ferramenta
sem antes descobrir suas alimentações e retroatividades.
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