quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

FALSO EGO

 

          Estamos fadados a nos sentirmos superiores se temos o controle, ou algum poder que passe mais do que se trama em nossa consciência de um modo de ignorância? Tudo aquilo que nos envolve fartamente na natureza das coisas, uma coisificação social, transformando-nos em objetos de descarte, ou mesmo com validade estendida, também tem a ver com o falso ego, pois este vincula nossa vida fortemente à natureza material. Apesar de muitos não quererem se envolver, buscam em seu próprio hedonismo as relações casuais, como em um descarte de fruição do prazer, no que acaba por envolver em outras tramas alguns requisitos do poder. Obviamente, a Natureza possui sua própria lógica, que transcende as prerrogativas de antecipação de controle, pois apenas imitamos, e nossos scripts, sejam quais forem, incluso os de ordem viral, serão sempre mais atrasados do que uma lufada de vento e seus resultados, seja no oceano, nas folhas e infinitas combinações, ou mesmo no voo de um inseto, para não falar dos pássaros e seus arabescos maravilhosos no céu, que deram origem às conquistas da ciência da aviação… A pretensão de que possamos nos igualar em uma simples lufada do tempo já é uma demonstração ignorante e de falso ego. Essa questão merece ser levada verticalmente, de sua origem às suas ramagens, dentro de uma multiplicação da ideia, como um tronco ou uma coluna que permanece inalterada no espectar silencioso e sincrônico com a ciência em se tornar mais lúcido. As únicas forças que compreendem a natureza dentro desse propósito e que podem repetir algo de catástrofe são os artefatos bélicos, utilizados na destruição, pois parece que conseguimos imitar nossos próprios movimentos através de estratégias ou recursos militares, fazendo das guerras tudo o que destrói, como no exemplo da explosão atômica, que gera uma lufada sinistra de radiação que pode dar volta ao mundo, obscurecendo o propósito da existência do planeta.
         O falso ego é termos uma relação com a natureza material de apego extremo, como se fosse a única realidade, mas que se traduz em ilusão. Muitos trabalham arduamente para desfrutarem cada vez mais de algo que não seja substantivo, pois a vida espiritual é na verdade a realidade mais necessária e imperativa dentro do escopo de nossa existência…

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