Há que nos
resguardarmos, ou sentir que a aproximação da plutocracia não seja
um modo de Estado, mas reflexo das tentativas incansáveis do
nazi-fascismo tomar o poder? Travestido de outros cenários,
obviamente, com outros atores, com outros modos de atuação… As
indústrias belicistas querem as contendas, e esse é o mote que dá
suportes às guerras de ocupação, os golpes de estado, as invasões,
a coação de liberdades, o tráfico de armas, drogas e seres
humanos, e é aí que reside a intenção da produção gigantesca de
armamentos que alimentam a morte, os crimes, a desestabilização de
democracias em países emergentes, com a conivência hipócrita de
suas mídias em seu controle sistemático. Mesmo porque, tratando-se
de governos autocráticos, é de se saber que, enquanto engordou os
cofres do governo dos EUA, o crescimento do nazismo na década de
trinta recebeu o apoio do mesmo país este. As máquinas parecem que
sempre orbitam em seus próprios ou outros eixos. Tristes por vezes
são os fatos, e dura é a mesma constatação de história que se
sucede com o profundo tom oxidado com que se dá ao reverso as moedas
dos lucros. Ou seja, infelizmente constatamos que para o lucro
explica-se tudo, inclusive motivos religiosos para lutas inglórias,
a remontar o freio na mandíbula de um animal de tração… Raros
são os líderes como Obama, que ainda conseguiram diálogos
pontuais, no entanto importantes, pois a era Bush mostrou o que é o
fundamentalismo em um país tão carente de uma democracia mais
abrangente, como é o caso dos EUA, com vários presidentes
assassinados, em virtude de suas posições. O diálogo e a abertura
dos EUA com Cuba mostra uma nobreza de caráter digna de bons
estadistas, inegavelmente. Esperamos que isso gere mais luzes sobre
todas as relações internacionais e que ajude a preservar
democracias com mais justiça social e equanimidade entre os povos,
dentro de propostas progressistas e coerentes, apesar de erros
cometidos, como no caso do Brasil.
Existirão melhores luzes
no pensamento das sociedades quando suas populações encontrarem
grandeza em ricos fatos históricos, beleza na arte e seu diálogo
com o velho e o novo, fundamentos em seus laços étnicos e raízes
culturais, justiça na igualdade de oportunidades e direitos, e a
consciência de que a ganância não deve ser a mola do mundo. Jamais
pensemos que o mundo se move bem através desse neoliberalismo que já
dá sinais trágicos de gestão, senão cômicos, pois tudo parece um
grande teatro em que as barbaridades acontecem a olhos vistos e
televistos, vivenciados, testemunhados, em que a triste realidade
deles se participa, se é possível o absurdo dessa ordenação de
sintaxe… A tecnologia da informação é anterior à Mesopotâmia,
já existente nos dinossauros, no cantar de uma cigarra, nas
profundezas do moto contínuo em se viver dos peixes abissais. É uma
simples razão, e o fracasso da nossa espécie aventa possibilidades
em códigos bíblicos, no correr do esclarecimento de fatalidades
apocalípticas que já eram pregadas no florescer da renascença
italiana, apenas estas com a diferença de luzes mais soberanas, mais
capazes, mais gigantescas do que a facilidade de sermos apologistas
do fim do mundo. Há necessidade de elucidar alguns fatos, e estes
são sumariamente claros, simples e pontuais, dentro do espectro da
grandeza assustadora e tentacular de suas fáceis divulgações. A
ponto de grupos gigantescos terem aceitado as bombas de fósforo como
sinais justificados. Enquanto se alicerçam essas doutrinas de
antemão fracassadas, enquanto países como a Índia remontam seus
milênios de história, como pátria espiritual de muitos povos
incluso no Ocidente, e a China desponta como um país com o maior
potencial de energias limpas do planeta, já revisitada a sua
situação de grande poluidora mundial.
A quem não percebeu
ainda, parece que algo nos observa de longe e de perto, como planares
ao fundo e pixels ao lado… As armas são como utensílios
domésticos, a palavra treinamento assume diversas famas nas fotos, e
grupos e mais grupos tem dentro de si apenas subordinados a outros,
igualmente, incluso um pouco menos ou mais, subordinados. O
hambúrguer não é de fácil digestão, mas de execução
febrilmente ágil. A poesia não reside mais no coração de uma
poesia outra, que não seja desaprender o idioma para se expressar
nos zaps. O lado positivo disso tudo é que o diário de um escritor
seria nos tempos de hoje uma salada tão imensa que nem Borges daria
conta… Torna-se divertido o cenário desse grande teatro: batem na
sua porta – enquanto espectador que seja -, clicando em uma
mensagem e recebendo-a em uma velocidade imediata, de qualquer lado
do mundo… Nem que para isso tenhamos que entrar em outra exibição,
bloqueando nossa própria lucidez. E no entanto nos alimentamos com
as favas plantadas de outros, todos esses camponeses que nos
alimentam e merecem todo o nosso respeito por terem ainda um amor
maior à terra do que querer viver neste nosso mundo tão complexo
aos olhos não apenas do leigo como de uma pessoa com mais
maturidade. Maravilhosos são os países produtores de alimentos, que
fornecem os grãos, frutas e legumes par o coração de nosso ser,
pois o fato que remontaria uma linha mais antiga e serena como esta
reside em um grão de milho na semeadura, na tulha, na vida...
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