quinta-feira, 14 de julho de 2022

PERDÃO

 

Não que não fosse, irmãos de fé
No que nem sempre os nossos representantes
Sabem um sermão tão forte
E que, no entanto, as autoridades sabem do juízo humano
A um parecer que não seja de noite, e que o ego não nos infle
Por estarmos na inflexão cristã na porta de uma passagem
Que a alguns parece rota, mas se crispa de tentares
E de vulgares violentos, de máfias que se armam
Possuindo em si a maldade ratificada pela liberdade de obtenção.

Se o andamento de uma fé prega a violência contra os ditos infieis
E satanizam cidadãos de bem que apenas estão querendo o amor
Atenção para esses atos que nos revelam dentro de uma sacristia
O nada esvaziado do mesmo amor, de um amor missionário
Onde os índios eram protegidos para não ser escravizados!

Destes pobres que somos, em corpo e espírito, no Espírito Santo
Que nos aflorem causas que remetam a perfídia que evitamos
Nas vertentes mais sinceras da própria Luz e Verdade do Cristo…

Nas alfombras de rotas esquinas, por vezes esbarramos com bestas
Que se dizem prontas para escolher conflitos e guerras
Quiçá por motivação de escolhas pueris em nome de um país
Que, no entanto, apenas revela a jurisdição da mordacidade funesta!

Não sejamos nós os juízes de tais contendas de pedras lascadas
Posto que, em cada lasca de seus atenuantes, a lei pede a passagem
Que para nela se obtenha ao menos a referência da Carta Magna nacional.

E por sempre, que não evitemos apenas o descaso de um cadinho de cristal
Quando na liturgia finalmente o poeta possa respirar mais aliviado no templo
Onde a música tem o som sacro do perdão!


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