terça-feira, 11 de janeiro de 2022

O VIÉS DO TROCADILHO

 

Quando um si mesmo se encontra com um outro
O andar do andor se mescla na vida vital do ser
Que, em detrimento de qualquer maestria
Não temos por que discernir a anestésica questão
De conjugar o consorte com a esposa, que seja,
Algo do erro que não confirma e nem comanda
A um que não esteja sempre do ardor de uma lide
Que resolva as contendas lá de um continente
Que bem pode ser com relação a uma ilha distante
Ou mesmo os oceanos continentais em sua espessura
Que por vezes não verga nas artimanhas da verdade
Que segue na clausura de cada qual que se permita
Um dia que seja na dimensão da vida qualquer que seja…

As letras são maravilhosas em seus signos, em suas veias,
Que a permanência da semântica não esteja oculta
Por vitrais com o chumbo a isolar os vidros coloridos
Qual rede de encontros formais dentro da equivalência
Em que despejamos a esperança de visualizar ao menos
A tentativa santificada de um santo, o viés de mais letras
Conjuminadas com a reunião de palavras nos dias
Mais tenros de nossas vidas no sobretudo que nos seja
Algo de vivermos mais na vida que não seja muito
Nas plataformas que urgem estarmos sem nos dar tanto
A que não vigiamos o restante de mais um que seja no ter-se
Quando não se tenha mais uma crença que padeça a versão
Que não nos sinta mais sozinho no outro viés do outro
De uma modalidade esquentada e aquecida pelo inverno
Quando sentimos o verão no calado calor de mais rotinas!

A ver, que não esteja o próprio dentro do significar
Mas, que não se diga um oposto que seja tão próximo
Onde não encontramos a posição mais silenciosa
Em que a existência seja a relação mais próxima
Da proximidade mesma, qual parreira e sua mão que colhe
Nas vindimas do Eu que quer aquilo que o Ego quase negue
Mas, na conjunção esta, aditiva, seria melhor um and
Quando andamos pelas uniões de rivalidades
Em uma espécie de game board que revela
Quem sabe, mais um Sherlock esquecido na algibeira do processo!

Assim que sejamos, hora neutros, hora convexos, outrora na concavidade
De uma calota polar que não ensombre muito a própria sombra do ser
A se reiterar que sejamos, ao menos, no ser ou não ser
E que saiba a questão própria do benestare de estar no idioma
Que a poesia desconhece, mas que signifique ao menos uma tentativa
Nas paráfrases neurolinguais a parecer, neste neo neologismo
Que a vida não encontre mais sinapses do que as suficientes
Quando a vereda nos reencontre mais vezes do que outrora
Saberíamos a sapiência melhorada de retocar a pintura surreal.



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