quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

SACRALIDADE

 

Enviemos ao altíssimo modo de ver a vida
Como um respirar que não seja alterno
De outras questões onde a circunflexão
Torna o entendimento popular uma escola
Tão necessária para que a funcionalidade
De uma estrofe não se esgote de significados.

De toda uma parafernália filosófica não somos
Os agentes inevitáveis do que jamais seja
Uma cartilha de caráter, mas que este evite
A mesma corruptela daquele, quando o que se pensa
É que justamente, pensem, o poeta é muito feliz
Dentro de sua penitência pétrea e, no entanto, necessária!

Enquanto o que é de material realmente se unir
Com o espírito dos corpos que são aparentemente
Materiais igualmente, o teor, a qualidade e a semântica
Ver-se-ia em um padrão em que talvez estejamos
Por questões de hierarquias capitais, mas que prossigamos
Posto um bom soldado não abandona seus deveres!

A rotina espartana a que todo o nosso oxigênio alimenta
Nas questões de não contaminarmos de más intenções
A veia mesma do progresso contínuo, pensemos mais
Em que a pacificação de um ser requer a habilidade
De uma vida sóbria e serena, mesmo quando em um combate
Em que por vezes estamos em contenda conosco mesmos!

Algumas obras são necessárias, precisamos pavimentar
Os caminhos para depois sinalizar a Ordem
Que se avizinha na mão de várias vias
E que, por ocasião do destino, remeta ao parecer
De um quinhão de merecimento que verte no ser
O ser que não deixaremos sofrer pela banalidade.

Não possuiremos frases feitas com uma intuição
Que seja de todo apenas um recrudescimento
De uma face ou duas, no que nos reste o merecimento
Que atue dentro de uma conveniência cabal
O ressurgimento da glória de uma promoção
Ou a mesma dita escola que requer atenção redobrada…

A via Ápia está dentro de nossas vidas, como veio
De um caminho antigo, onde bons legionários
Detinham, em se falar de Roma quase anunciada
Uma disciplina férrea, de se esperar que a conquista
Nos tempos de outrora era dura como uma rocha
Que Sísifo tinha que carregar em sua jornada eterna!



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