segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

A CRÍTICA SEM CRITICISMO

 

           Na vida de um ser, seja humano, seja outro, estaremos sendo extremamente hipócritas se a crítica não alcance o verdadeiro significado de um estar-se navegando sobre um espectro de uma realidade que seja a Verdade em si, sem subterfúgios… Por vezes, o raciocínio lógico fere a si mesmo na contradição de uma frieza que reside mesmo em caracteres que sejam alicerçados por uma imutável criação, uma cristalizada educação, que não permite nenhuma mudança substancial, engessando o próprio ser, assim se falando do humano. Não adianta sermos empedernidos com relação a tudo ou todos os pontos de vista, posto ninguém, a não ser a Verdade Suprema, é o único fator de sobrevivência saudável de uma opinião que jamais se torna uma fraude, em que a deusa História revela a nós com o tempo. Cristalizar a repetida verborragia dentro de um criticismo sem crítica cabal não refere a ninguém o que seja ao mínimo aproveitável dentro do contexto do processo de uma civilização que reja o próprio e correto coexistir, ou seja, existir dentro de uma sociedade, instituição ou organização. Isso demandaria a etapa posterior do ultimato dentro de um aspecto individual totalitário, hermético e dogmático, o que nada tem a ver com a mente aberta, ou com a abertura mesma em relação à existência.
          Esse pressuposto existencial se chama ferrugem, como se a engrenagem urgentemente precisasse de óleo, e este vai pouco a pouco faltando da prateleira. Em uma relação que dependa de uma questão que seja de ordem quase política, as gentes entram em certas galerias sem a forma que demande compreensão ou que outras ordens possam advir da onda circunscrita a uma geometria de simplicidade reativa! Não, o que se dite na memória seja em meio a circunstâncias quase quiméricas, reações previsíveis, ou faltas na progressão de uma luz que reside em um túnel absurdo e surreal. Faltantes ou não, os paradigmas que invertem uma posição ou outra revelam em si outros absurdos, que pipocam vez ou outra em pensamentos vãos e crus como uma semente mal germinada.
           O mundo passa por transformações cabais, e saber desse mote nos traz uma referência que sua não muito a flores, mas transcendem ao faltante petróleo em sua monta de piora em valores ao povo que sofre com carestias pregressas por total falta de planejamento e contendas de ordem geopolítica. Nada disso diria respeito ao que se chama equilíbrio necessário e a intenção primeira de cada qual no processo de vida. Cada um de nós trabalha no sentido de mostrar por vezes uma ignorância latente em seus próprios modais, quando ignora que as forças que irrompem da Natureza nos fazem crer que não há saídas para certas tragédias, quando a boa vontade por vezes é rara em pessoas que gerenciam suas vidas com propósitos sem muita equivalência, na medida de egoísmos renitentes. Independentemente de características próprias, a vertente que resguarda nossas retaguardas espirituais seja de tal modo particular e própria que nos revele sempre uma esperança de que caminhemos pela luz, mesmo em panoramas cáusticos como o que o mundo passa por esses truncados e turbulentos tempos.
           Seria muito afirmar – talvez – que tentamos eximir uma expressão, um pensamento, um apanhado filosófico, quando este retrata por vezes fielmente o que ocorre em um contexto mundial… A retração ao novo vem com reflexos que não nos adiantam muito em uma temática abordada, e todos os problemas que enfrentamos não vogam muito nas vezes em que temos a vida em certos falsetes, ou verdadeiras farsas embaladas para “bons propósitos”. Esse obrigar-se a tentar mudar totalmente um comportamento que se torna mais rebuscado reflete algum tipo de coação reflexa e tirana do ponto de vista do direito cidadão a que todos devem possuir, seja em qualquer sociedade em torno do mundo!



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