A se seguir em jornadas que imantamos
quiçá com uma sombra pungente
Não por ausência da luz, mas por
proteção de olhares que nos perscrutam
A que soubéssemos mais de nossa vereda,
ou que o olhar não nos alcance!
Desse olhar sóbrio e louco de fantasias
quiméricas, a uma ilusão pertencida
Qual veste que nos sobra em panos rotos
quando o fato é ignorar o tempo.
Teríamos tempo algum, se dele fossemos
mais um pouco do que não agimos
Quando a serpentina voz que nos chama
pode ser apenas um capítulo a mais!
Afora os descuidos do mesmo manancial do
nosso tempo igualmente roto
Acima as responsabilidades que tenhamos
nascido para tantas darmos
Ao não saber em quantos portos teremos
que amarrar os barcos
Se um gesto pode ser suficiente a que
nos traiamos ao imaginar um beijo...
Pele crua, que nos sobre, calcária como
um crocodilo ausente de chama,
Algo seca, ausente igualmente do Eros que dialoga com Tanatos
Nas versões mais presentes do que sequer
sabemos depois de minutos.
Não vertamos nossa tristeza em um papel
de alcachofras, em cada pétala
Ungida com o óleo de um olival de
Espanha, em que Franco
Desmontava as pétalas de outras
tentativas na outra face do mundo.
Quem dera fossemos irmãos, e não apenas
um grupo consonante a nada
Que não seja o apanágio numérico, ou
apenas mais uma vértebra caída
No solo de uma enfermidade que se mostra
grande na periferia dos ricos.
Ambiental mensagem: leve-nos, como o
meio que temos mais não o possuímos,
Posto de permissões apenas, ao que temos
que pensar ao menos algo simples
Naquilo a que façamos parte sempre: em
que não façamos o nada produtivo!
A conviver com os espaços, saibamos que
a única libertação crucial
É darmos a luz ao espírito e cuidados redobrados
aos nossos templos,
Pois sem essa prerrogativa não
encontraremos nossas colunas em nosso corpo.
Assim vertemos os mesmos sais daquilo
que Gaya nos permita que sejamos
Um só corpo e um só espírito, no
contrito veio que nos assombre muito
Por residir no que pensamos enquanto
seres libertários no planeta!
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